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Durante as décadas de oitenta e noventa as motocultivadoras, localmente designadas por carrinhas foram o principal meio de transporte da ilha do Corvo.

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Durante as décadas de oitenta e noventa as motocultivadoras, localmente designadas por carrinhas foram o principal meio de transporte da ilha do Corvo.
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Prémio Identidade para Carlos e Victor Hugo Marreiros.
“Este prémio corporiza o mais nuclear espírito do IIM, consagrado nas suas vocações e finalidades estatutárias, e contempla aquelas personalidades individuais e colectivas que, nos campos da Cultura em geral, nas Artes, no Pensamento, na Antropologia, nas Ciências Jurídicas e na Educação e Ensino, venham contribuindo relevantemente para a substanciação dos factores da identidade de Macau.”
São, indiscutivelmente, dois grandes talentos de Macau e duas notáveis histórias de sucesso, como inspirados criadores, artistas consumados e profissionais respeitados, com obra de reconhecida qualidade realizada e, ambos, com significativa projecção no exterior, prestigiando Macau, sua terra natal, além-fronteiras.
Além disso, já trabalharam juntos em relevantes projectos culturais que se enquadram perfeitamente no espírito do galardão que lhes foi agora atribuído.
Numa semana muito intensa de Maio passado, que incluiu conferências, serões macaenses e lançamentos de novas edições, e quando o Instituto Internacional de Macau (IIM) também levou a efeito a sua assembleia geral para apreciação e aprovação do relatório anual e das novas linhas de acção e respectivo programa de actividades, foi igualmente convocado o júri do Prémio Identidade, constituído pelo corpo universal dos titulares dos seus órgãos sociais, para se pronunciar sobre as propostas que lhe foram submetidas.
Num total de seis opções consideradas, decidiu o júri conceder “ex-aequo” o referido Prémio, criado em 2002, aos irmãos Carlos Alberto e Victor Hugo dos Santos Marreiros, devendo o mesmo ser-lhes formalmente entregue durante o próximo Encontro das Comunidades Macaenses, marcado para a última semana de Novembro do corrente ano, em sessão cultural organizada pelo IIM e integrada no diversificado programa do Encontro.
Breves notas curriculares
Carlos Alberto dos Santos Marreiros é arquitecto, urbanista, artista plástico e gestor cultural, com formação superior obtida em Macau, Portugal, Alemanha e Suécia.
Além de arquitecto muito conceituado, com cerca de duzentas obras por ele concebidas em Macau, Hong Kong, China, Portugal e Austrália, e de docente universitário e orador em importantes conferências internacionais, desempenhou cargos em organismos públicos e da sociedade civil, entre os quais os de presidente do Instituto Cultural de Macau (1989-1992), director artístico e subdirector da Revista de Cultura do mesmo Instituto, fundador e presidente da Liga dos Amigos da Cultura de Macau, presidente da Associação de Arquitectos de Macau, vice-presidente da Arcasia – Architects Regional Council of Asia e membro da Comissão Eleitoral para a Eleição do Chefe do Executivo da RAEM.
Preside, actualmente, ao Albergue SCM, activo centro de indústrias criativas, sendo igualmente curador da Fundação Macau, membro do Conselho Consultivo da Cultura, do Conselho do Ambiente e do Conselho para as Indústrias Criativas da RAEM e presidente honorário da Associação de Engenharia e Construção de Macau.
Como artista plástico, protagonizou mais de duas dezenas de exposições individuais e participou em mais de cinquenta colectivas em várias partes do mundo, tendo sido o artista escolhido para representar Macau na 55.ª Exposição Internacional de Arte de Veneza, em 2013.
Também se dedica à poesia e ao ensaio, tendo várias obras e numerosos ensaios publicados.
Victor Hugo dos Santos Marreiros é considerado um dos melhores designers desta área geográfica, tendo-se notabilizado no ramo do design gráfico e como artista, com trabalhos de elevado mérito, muitos dos quais reflectindo a identidade cultural de Macau, que contribuiu para valorizar enormemente.
Foi director artístico do Instituto Cultural de Macau, bem como da Revista de Cultura do mesmo Instituto e da TDM – Teledifusão de Macau, além de fundador do Círculo dos Amigos da Cultura, da MARR Design e da Victor Hugo Design e membro da Associação de Design de Macau.
Participou em exposições e eventos culturais realizados em Macau, Portugal, República Popular da China, Hong Kong, Taiwan, Brasil, Japão, Suécia, Singapura, Malásia, Polónia, Alemanha, Ucrânia, Estados Unidos da América, Coreia do Sul, Finlândia, Filipinas e República Checa, tendo sabido exemplarmente dignificar e projectar o nome de Macau em todos esses países e territórios.
Anteriores contemplados
Foi na reunião da assembleia geral do IIM, em 2002, que foi aprovada a criação do “Prémio Identidade”, estabelecendo como propósito do mesmo distinguir entidades que, “pela sua acção, obra e exemplo, contribuam, activa e significativamente, para a identidade de Macau”.
A primeira personalidade distinguida, logo no ano seguinte, foi o monsenhor Manuel Teixeira, sacerdote e historiador e uma das figuras mais relevantes do universo cultural macaense, que deixou definitivamente o nosso convívio com 91 anos de idade, poucos meses antes da data escolhida para o prémio lhe ser entregue.
Seguiram-se o escritor, professor e advogado Henrique de Senna Fernandes (2004);
o comendador Arnaldo de Oliveira Sales (2005), distinta figura pública de Hong Kong e líder da comunidade portuguesa na antiga colónia britânica;
o Prof. Luís de Guimarães Lobato (2006, “ex-aequo”), vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, administrador da Fundação Gulbenkian, fundador da Casa de Macau em Portugal e primeiro presidente da Fundação Casa de Macau;
a Universidade de Macau (2006, “ex-aequo”);
a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (2007);
a Diocese de Macau (2008);
a Santa Casa da Misericórdia de Macau (2009);
a União Macaense Americana (2010), no seu cinquentenário;
dois projectos electrónicos intitulados “Macanese Families” e “Projecto Memória Macaense” (2011, “ex-aequo”), criados na Austrália e no Brasil;
o Club Lusitano de Hong Kong (2012), prestigiada agremiação cultural e social de portugueses do Oriente;
o grupo de teatro “Dóci Papiaçam di Macau” (2013), que tem contribuído para preservar e valorizar o velho crioulo português de Macau;
a Escola Portuguesa de Macau (2014), estabelecimento fundamental para a manutenção do ensino da língua portuguesa e de um sistema de ensino tendo o Português como língua veicular;
o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes (2015), que vem assegurando a formação de base a gerações de crianças de Macau e articulando com a Escola Portuguesa o acesso ao ensino básico em língua portuguesa;
a Casa de Macau em Portugal (2016), por ocasião da comemoração do seu 50.° aniversário;
o Prof. Henrique d’Assumpção (2017), professor universitário macaense residente na Austrália e coordenador do projecto “Macanese Families”;
Frederic (Jim) Silva e Arq.° António Manuel Pacheco Jorge da Silva, persistentes e consequentes preservadores da memória macaense nos Estados Unidos (2018, “ex-aequo”).
Um livro sobre o Prémio
O IIM publicou, em Novembro de 2016, um livro, que integrou a sua colecção “Mosaico”, reunindo toda a informação essencial sobre o Prémio Identidade, compreendendo o respectivo regulamento, um breve historial e apontamentos biográficos sobre cada uma das individualidades e instituições contempladas.
O título é “Valorizar a Identidade – entidades distinguidas com o Prémio Identidade” e é sua autora Alexandra Sofia Rangel, investigadora académica e colaboradora do IIM, que também editou, em 2012, o seu livro “Filhos da Terra: A Comunidade Macaense, Ontem e Hoje”, baseado na tese de mestrado que apresentou e defendeu, com elevada classificação, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Jorge A. H. Rangel.
Jornal Tribuna de Macau, 24 de Junho de 2019.
https://jtm.com.mo/…/premio-identidade-para-carlos-victor-…/
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O mirandês vai sobrevivendo à erosão dos tempos, sendo lecionado nas escolas de Miranda do Douro desde 1986.
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😍
por: Vitor Paiva
A notícia não é exatamente nova, mas o debate ao redor do tema se renova a cada semana: a onda de legalização da maconha em países diversos e estados dos EUA vem revelando não só o imenso negócio que é a cannabis, como os benefícios que seu uso controlado pode trazer. Os artistas sabem há muito tempo, porém, que para a criatividade o uso da maconha pode ser revolucionário – e coloca tempo nisso: há mais de quatro séculos, o maior dramaturgo e um dos maiores escritores em todos os tempos já usava a maconha. Sim, William Shakespeare era um usuário.
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Detalhe de pintura retratando William Shakespeare
A descoberta foi realizada por cientistas sul-africanos, que encontraram resíduos de maconha em cachimbos, supostamente utilizados para o tabaco, escavados dos jardins de Shakespeare. Os cachimbos foram encontrados em 24 fragmentos em Stratford-Upon-Avon, onde o bardo vivia, na Inglaterra. Traços de maconha do início do século XVII foram encontrados em 8 desses fragmentos – 4 deles encontrados nos jardins shakesperianos. A influência da maconha na obra de Shakespeare, porém, pode ser vista para além da evidente imensa criatividade de uma das mais brilhantes mentes da história da literatura. Na Inglaterra elisabetana, a maconha era a segunda planta mais cultivada do país, atrás somente do trigo.
Acima, alguns dos cachimbos encontrados; abaixo, outros cachimbos de Shakespeare
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Em seu célebre Soneto 76, Shakespeare se refere à “invenção de em uma erva notável” – sugerindo que seu ato de escrever pode ter sido turbinado pelo uso da maconha.
A casa onde Shakespeare nasceu e viveu, em Stratford-Upon-Avon
Não é possível comprovar objetivamente que os cachimbos pertenceram de fato ao autor de clássicos como Hamlet, Rei Lear, Macbeth,Romeu & Julieta e tantas outras, e é claro que o uso da maconha de forma alguma é capaz de criar ou mesmo determinar o surgimento de um gênio como tal. Mas a descoberta sugere que, por sobre a genialidade infinita de Shakespeare, a cannabis pode sim ter sido uma influência na mais brilhante escrita da história da humanidade.
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Faleceu o nosso grande amigo Sr. Marco Borges da SMTV
Hoje é dia de luto nos Açores e nas Comunidades açorianas espalhadas pelo mundo com o desaparecimento inesperado e precoce do Sr. Marco Borges, da SMTV, um homem lutador, trabalhador, sonhador e apaixonado pela vida. Mesmo quando se encontrava desiludido com a vida ou com pessoas/instituições que tudo faziam para dificultar o seu trabalho, o Sr. Marco Borges mantinha a dignidade e nunca deixou de sonhar com um projeto televisivo do tamanho da nossa açorianidade. Os seus programas percorreram o mundo em rádios e TVs de língua portuguesa e aí estão no digital, garantindo que a sua tenacidade e coragem nunca serão esquecidas. Da minha parte, um agradecimento público pelo apoio incondicional que este profissional da comunicação me deu nos projetos que desenvolvi como docente da Universidade dos Açores, na preparação da minha candidatura à Presidência da República e no convite que me fez para o programa A Voz dos Açores. Neste Grande Homem sempre encontrei o respeito, o carinho e o apoio tão necessários para nos mantermos de cabeça erguida perante as adversidades e os desafios. Não sei o que será da SMTV sem o Sr. Marco Borges. Espero, porém, que encontrem alguém à altura do seu legado e da sua energia em prol da pluralidade e da liberdade.
À família enlutada e à sua querida – nossa amiga Ana Paula Mendonça – os nossos sentidos pêsames. Força nesta altura tão difícil.
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ENTREVISTA DE NORBERTO ÁVILA À RTP AÇORES
Em 2009, por ocasião da celebração dos seus 50 anos de carreira, Norberto Ávila, em entrevista à RTP-Açores, na Ilha de São Jorge, recorda “os escritos e os lugares que o fizeram crescer enquanto escritor e dramaturgo”.
Assista à entrevista em