PATRIMÓNIO DEGRADADO DOS AÇORES STA MARIA  L Magalhães’s album:”Quonset hutedUCIANA Magalhães’s album:”Quonset huted

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Um Povo que não preserva o seu património e não garante a divulgação da sua história é um Povo que não é digno, sequer, desse epiteto. É com muita pena que vejo degradar-se, destruir-se e desmantelar-se o aeroporto de Santa Maria. Quem disse que chapa não é património é, simplesmente, ignorante.

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“O barracão Quonset (em inglês “Quonset hut”), é um tipo de construção provisória que foi muito utilizado pelas forças armadas dos Estados Unidos da América durante a Segunda Guerra Mundial. O Quonset hut foi uma solução arquitetónica e estrutural que serviu de inspiração para múltiplas estruturas, desde armazéns e habitações, e até a estufas. Atualmente é considerado como um dos conceitos arquitetónicos de maior sucesso e como um marco da capacidade criativa dos EUA na década de 40. Em Santa Maria existem algumas destas estruturas que se situam junto ao Aeroporto de Santa Maria, pois este teve um papel muito importante na história da Segunda Guerra Mundial.”
e extraio do meu livro ChrónicAçores volume 2 da editora Calendário de Letras:

cap 3, nº 19….Uma das coisas mais impressionantes e imponentes da ilha é a zona das velhas instalações norte-americanas na zona aeroportuária.

Devido à sua posição estratégica no Atlântico, em 1944, as Forças Aéreas Americanas construíram um aeroporto e uma grande base militar na costa ocidental da ilha pois todos os aviões transatlânticos tinham que fazer uma paragem obrigatória em Santa Maria. Era a primeira presença norte-americana nos Açores, antes da transferência para a base das Lajes. O acordo não pode deixar de ser entendido no contexto da política externa portuguesa, na inflexão de uma “neutralidade colaborante” com os “Aliados”. Foi precedido de um outro, em Agosto de 1943, entre Portugal e o Reino Unido, concedendo autorização para criar nas Lajes uma base naval e aérea durante o período de guerra. Os EUA não ficaram satisfeitos com o teor do acordo luso-britânico de 1943, dado não prever a possibilidade de as forças norte-americanas terem acesso direto à base além de que a “manutenção de unidades americanas em permanência” não era contemplada. Por um lado, continuava a faltar uma escala fundamental no transporte das tropas americanas para a Europa e África; por outro lado, sendo britânico, não assegurava os direitos de longa duração que os americanos pretendiam adquirir. Desde que a base foi desativada, o aeroporto perdeu importância e hoje, serve os voos da SATA, assegurando a ligação diária com S. Miguel e as ocasionais paragens de reabastecimento de voos que atravessem o Atlântico Norte rumo à América, do Norte ou do Sul. Durante os meses de Verão, há a alternativa do serviço (ir)regular de ferry de S. Miguel, duas vezes por semana.

Embora a introdução de aviões com maior autonomia de voo reduzisse o tráfego, este é um dos dois aeroportos mais bem equipados dos Açores. O FIR (controlo de tráfego aéreo da Região de Informação Aérea Oceânica) também se situa aqui e serviu para seguir o lançamento do “Automated Transfer Vehicle (ATV)” europeu para a Estação Espacial Internacional (ISS) para ajudar o reabastecimento dos astronautas em órbita.

Coexiste em Santa Maria um antigo aglomerado urbano, datando do início do povoamento insular com um núcleo moderno, o Bairro do Aeroporto. Mas o povoado antigo foi o primeiro em todo o arquipélago. Possui uma clara originalidade de traçado. O bairro moderno assumiu um caráter urbanístico e arquitetónico inovador. Vila do Porto, com o seu troço mais antigo, a sul, de desenho linear, implantou-se ao longo da elevada crista (uma lomba) junto à costa, no sentido norte-sul, entre dois vales escavados por ribeiras. Apresenta uma estrutura medievo-renascentista, que recorda as vilas de fundação medieval, sem as muralhas.

….

O Bairro do Aeroporto, retomado pela Aeronáutica Portuguesa em 1946, teve uma intervenção de desenho moderno por Keil do Amaral (1950).

As suas placas de sinalização, são idênticas na forma e no “lettering” às do Parque do Monsanto, do mesmo autor. A adaptação da aerogare a uso civil, a habitação do diretor e a fiada de habitações contíguas, estão dentro da estética dos anos 1950. Em termos urbanos, o desenho é bastante simples. Existia uma planta completa no antigo Hotel do Aeroporto em 1980 mas ardeu com o hotel, há anos. Não se lhe conhecem réplicas.

A via de serviço, a poente, liga a aerogare à antiga vila ou diretamente ao porto pela famosa “Estrada da Birmânia”. Outra via destina-se às áreas mais residenciais, a nascente. Todas estão agrupadas em largos quarteirões abertos, muito arborizados e com as edificações afastadas entre si.

De sul para norte, passa-se por uma série de habitações “em lata” – os prefabricados -; uma via transversal de equipamentos – igreja, ginásio, cinema, etc. – com um espaço livre e amplo fronteiro; outra série de habitações metálicas, até ao extremo norte do conjunto, onde fica o Hotel, entretanto reconstruído, e o Clube Asas do Atlântico, para além das habitações mais individualizadas destinadas a dirigentes do aeroporto.

As imagens das casas prefabricadas levam a intuir que, talvez, os norte-americanos gostassem de ver preservadas estas relíquias da 2ª Guerra. É pena que algumas estejam abandonadas. Grande parte dispunha de jardins e sebes com uma flora de antenas parabólicas de televisão. Que desperdício.

É doloroso ver crimes – como este – de falta de preservação dos ricos e relevantes patrimónios culturais e históricos em que Portugal é pródigo. Na Austrália declaram-se como de interesse nacional, imóveis com menos de cem anos. Em Portugal dá-se um pontapé numa pedra e surgem mais de mil anos de história ao desbarato.

Em Santa Maria há tanta riqueza que podia – devia – ser acarinhada e preservada mas está abandonada ou decadente. Tal como o país. Os poucos que se interessam e cuidam estão quase que limitados às páginas de livros como este. Tal como as pedras que não angariam votos nem eleições, também aqui o património arquitetónico e histórico estão condenados a penar antes que alguém decida esbanjar dinheiro em obras de recuperação que não nada tem a ver com a democracia eleitoral em que se vive. A parte de baixo da rua principal dói pelo mau estado em que se encontra o seu equipamento urbano e residencial. Ali porém se encerram vários capítulos da história da ilha.

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“O barracão Quonset (em inglês “Quonset hut”), é um tipo de construção provisória que foi muito utilizado pelas forças armadas dos Estados Unidos da América durante a Segunda Guerra Mundial. O Quonset hut foi uma solução arquitetónica e estrutural que serviu de inspiração para múltiplas estruturas, desde armazéns e habitações, e até a estufas. Atualmente é considerado como um dos conceitos arquitetónicos de maior sucesso e como um marco da capacidade criativa dos EUA na década de 40. Em Santa Maria existem algumas destas estruturas que se situam junto ao Aeroporto de Santa Maria, pois este teve um papel muito importante na história da Segunda Guerra Mundial.”
e extraio do meu livro ChrónicAçores volume 2 da editora Calendário de Letras:

cap 3, nº 19….Uma das coisas mais impressionantes e imponentes da ilha é a zona das velhas instalações norte-americanas na zona aeroportuária.

Devido à sua posição estratégica no Atlântico, em 1944, as Forças Aéreas Americanas construíram um aeroporto e uma grande base militar na costa ocidental da ilha pois todos os aviões transatlânticos tinham que fazer uma paragem obrigatória em Santa Maria. Era a primeira presença norte-americana nos Açores, antes da transferência para a base das Lajes. O acordo não pode deixar de ser entendido no contexto da política externa portuguesa, na inflexão de uma “neutralidade colaborante” com os “Aliados”. Foi precedido de um outro, em Agosto de 1943, entre Portugal e o Reino Unido, concedendo autorização para criar nas Lajes uma base naval e aérea durante o período de guerra. Os EUA não ficaram satisfeitos com o teor do acordo luso-britânico de 1943, dado não prever a possibilidade de as forças norte-americanas terem acesso direto à base além de que a “manutenção de unidades americanas em permanência” não era contemplada. Por um lado, continuava a faltar uma escala fundamental no transporte das tropas americanas para a Europa e África; por outro lado, sendo britânico, não assegurava os direitos de longa duração que os americanos pretendiam adquirir. Desde que a base foi desativada, o aeroporto perdeu importância e hoje, serve os voos da SATA, assegurando a ligação diária com S. Miguel e as ocasionais paragens de reabastecimento de voos que atravessem o Atlântico Norte rumo à América, do Norte ou do Sul. Durante os meses de Verão, há a alternativa do serviço (ir)regular de ferry de S. Miguel, duas vezes por semana.

Embora a introdução de aviões com maior autonomia de voo reduzisse o tráfego, este é um dos dois aeroportos mais bem equipados dos Açores. O FIR (controlo de tráfego aéreo da Região de Informação Aérea Oceânica) também se situa aqui e serviu para seguir o lançamento do “Automated Transfer Vehicle (ATV)” europeu para a Estação Espacial Internacional (ISS) para ajudar o reabastecimento dos astronautas em órbita.

Coexiste em Santa Maria um antigo aglomerado urbano, datando do início do povoamento insular com um núcleo moderno, o Bairro do Aeroporto. Mas o povoado antigo foi o primeiro em todo o arquipélago. Possui uma clara originalidade de traçado. O bairro moderno assumiu um caráter urbanístico e arquitetónico inovador. Vila do Porto, com o seu troço mais antigo, a sul, de desenho linear, implantou-se ao longo da elevada crista (uma lomba) junto à costa, no sentido norte-sul, entre dois vales escavados por ribeiras. Apresenta uma estrutura medievo-renascentista, que recorda as vilas de fundação medieval, sem as muralhas.

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O Bairro do Aeroporto, retomado pela Aeronáutica Portuguesa em 1946, teve uma intervenção de desenho moderno por Keil do Amaral (1950).

As suas placas de sinalização, são idênticas na forma e no “lettering” às do Parque do Monsanto, do mesmo autor. A adaptação da aerogare a uso civil, a habitação do diretor e a fiada de habitações contíguas, estão dentro da estética dos anos 1950. Em termos urbanos, o desenho é bastante simples. Existia uma planta completa no antigo Hotel do Aeroporto em 1980 mas ardeu com o hotel, há anos. Não se lhe conhecem réplicas.

A via de serviço, a poente, liga a aerogare à antiga vila ou diretamente ao porto pela famosa “Estrada da Birmânia”. Outra via destina-se às áreas mais residenciais, a nascente. Todas estão agrupadas em largos quarteirões abertos, muito arborizados e com as edificações afastadas entre si.

De sul para norte, passa-se por uma série de habitações “em lata” – os prefabricados -; uma via transversal de equipamentos – igreja, ginásio, cinema, etc. – com um espaço livre e amplo fronteiro; outra série de habitações metálicas, até ao extremo norte do conjunto, onde fica o Hotel, entretanto reconstruído, e o Clube Asas do Atlântico, para além das habitações mais individualizadas destinadas a dirigentes do aeroporto.

As imagens das casas prefabricadas levam a intuir que, talvez, os norte-americanos gostassem de ver preservadas estas relíquias da 2ª Guerra. É pena que algumas estejam abandonadas. Grande parte dispunha de jardins e sebes com uma flora de antenas parabólicas de televisão. Que desperdício.

É doloroso ver crimes – como este – de falta de preservação dos ricos e relevantes patrimónios culturais e históricos em que Portugal é pródigo. Na Austrália declaram-se como de interesse nacional, imóveis com menos de cem anos. Em Portugal dá-se um pontapé numa pedra e surgem mais de mil anos de história ao desbarato.

Em Santa Maria há tanta riqueza que podia – devia – ser acarinhada e preservada mas está abandonada ou decadente. Tal como o país. Os poucos que se interessam e cuidam estão quase que limitados às páginas de livros como este. Tal como as pedras que não angariam votos nem eleições, também aqui o património arquitetónico e histórico estão condenados a penar antes que alguém decida esbanjar dinheiro em obras de recuperação que não nada tem a ver com a democracia eleitoral em que se vive. A parte de baixo da rua principal dói pelo mau estado em que se encontra o seu equipamento urbano e residencial. Ali porém se encerram vários capítulos da história da ilha.

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património abandonado dos Açores

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Casa de lavrador do século XVIII?
Está inserida num terreno com muitos alqueires.
Tem um bom Forno todo completo as maçarias em pedra de boa qualidade. Sitio Freguesia de Livramento ilha de São Miguel Açores. Curiosidades: No rés-do-chão foi uma adega

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SALVEM O QUE RESTA DO FORTE DE S JOÃO BAPTISTA

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S.O.S. Forte de São João Baptista – ILHA DE SANTA MARIA

Forte de São João Baptista da Praia Formosa, também denominado como Castelo de São João Baptista ou Castelo da Praia, localiza-se na Praia Formosa, na freguesia da Almagreira, concelho da Vila do Porto, a SSO na ilha de Santa Maria, nos Açores.

Em posição estratégica sobre este trecho da costa da ilha, constituiu-se em um forte destinado à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do Oceano Atlântico.

As recentes campanhas de prospecção arqueológica nele desenvolvidas levantam a possibilidade de constituir-se na mais antiga estrutura de fortificação no arquipélago.

A praia onde se localiza encontra-se referida no mapa dos Açores, de autoria de Luís Teixeira, datado de 1584, com o nome de “Plaia Hermosa”.

The Forte de São Brás do Porto Formoso (Saint Brás’ Fort of Porto Formoso, or Fort of Saint Brás of Porto Formoso), also referred as Castelo do Porto Formoso (Porto Formoso Castle, or Castle of Porto Formoso), Forte do Porto Formoso, (Porto Formoso Fort, or Fort of Porto Formoso), and Forte de Nossa Senhora da Graça (Our Lady of Grace’s Fort, or Fort of Our Lady of Grace), is located in the parish of Porto Formoso, in the municipally and city of Ribeira Grande, the north of São Miguel Island, on the Azores.

In a dominate position over this littoral space, constituting in a fortification intended for defence of this anchorage against the pirate and corsair attacks, once commonly frequent in this Atlantic Ocean region.

The recent archaeological prospecting campaigns developed into the possibility of becoming the oldest fortification structure of the archipelago.

The beach where this fortification structure is located is found on the Azores map, the authorship of Luís Teixeira, dated in 1584, with the name “Plaia Hermosa”.

English translation: Kevin de Ávila

>> VISIONAR VÍDEO: http://youtu.be/4IqmKs8SVV8
>> O Forte nos anos 70 do Séc. passado:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=290370431067816&set=a.197643377007189.35037.197544470350413&type=1&theater

Por: Amigos da Praia “SOS Castelo”
(FF)

RUY BELO (hoje) e o país impossível. POR URBANO BETTENCOURT

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RUY BELO (hoje) e o país impossível.
NA PRAIA – Ruy Belo, Poema do Dia 35.wmv

www.youtube.com

Dito por Nelson Cabral e comentários de JP Simões e Urbano Bettencourt. // Em 2011, durante 4

abastecimento às Flores (esqueceram o Corvo ou é preciso fazer barulho???=

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Paolo Ferrer shared a post to the group: Açores Global.

Resposta rápida após o pedido.
Porque não foi pedido mais cedo ?

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Forças Armadas Portuguesas

Forças Armadas transportam 30 toneladas de bens essenciais para apoio à população da Ilha das Flores

A Marinha e a Força Aérea vão transportar durante o dia de hoje 30 toneladas de bens essenciais, com recurso a um navio e uma aeronave, para apoiar a população da Ilha das Flores, devido às condições meteorológicas e oceanográficas adversas.

O Navio Patrulha Oceânico “Figueira da Foz”, com 51 militares a bordo, largou ontem à noite do Porto da Praia da Vitória, na Ilha Terceira, após embarcar 25 toneladas de bens essenciais (medicamentos, leite, farinha, legumes, gás…), estando previsto chegar à Ilha das Flores hoje à tarde.

A aeronave C-295, com uma tripulação de 5 militares, vai descolar durante a tarde da Ilha Terceira, com 5 toneladas de bens essenciais (víveres) embarcados.

Este apoio conjunto das Forças Armadas, com 56 militares, um navio e uma aeronave, surge na sequência de um pedido do Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas, ao Comando Operacional dos Açores.

o “nosso” hotel da Graciosa muda de mãos

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Pierre Sousa Lima shared a post to the group: Açores Global.

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Carmen Ventura

Antena 1 Açores – Esta manhã.
Precisamente às 10 horas.
O Hotel da Graciosa passa para as mãos da Fundação Inatel.
A Fundação não renovou o contrato de subcessão com a empresa que explora há dez anos a unidade hoteleira graciosense…..ou seja, desde a sua inauguração.
Há 20 trabalhadores com futuro incerto.
O único hotel da ilha, propriedade da empresa pública “Ilhas de Valor”, estava a ser explorado por duas empresas: a “Janela da Natureza ” e a “Remember Açores” que agora fecham portas.

“A chave do Hotel Graciosa muda de mãos. Ao fim de dez anos, passa da empresa “Janela da Natureza” para a Fundação Inatel.

O empresário Carlos Brum contava entregar o hotel até dia 31 de Janeiro, já que há varias reservas confirmadas, inclusive a Gala da Marca Açores, no dia 30.
Mas uma reunião a meio da tarde de ontem entre elementos da Fundação Inatel e o empresário acabou por ditar um desfecho mais rápido do que o esperado.
O Hotel da Graciosa foi inaugurado a 30 de Junho de 2009. O Governo concessionou à Fundação Inatel a sua exploração, que por sua vez assina, a 1 de Julho, o primeiro contrato de subcessão com a empresa de Carlos Brum.
A 31 de Dezembro último terminou a segunda subcessão. Por mail, Carlos Brum foi informado que o contrato não seria renovado.
O empresário não esconde a preocupação… para além das suas duas empresas que fecham portas , há um futuro incerto para 20 trabalhadores.
No mesmo mail, a Fundação Inatel informou Carlos Brum que vai lançar novo procedimento concursal com condições ajustadas ao presente e a que poderá candidatar-se.
Carlos Brum assume não perceber bem esta decisão do INATEL, precisamente depois do vice-presidente do Governo anunciar a intenção de vender os hoteis da Graciosa e das Flores.
Durante dez anos, a exploração do Hotel deu sempre prejuízo, o que segundo Carlos Brum obrigou a que nem o Inatel pagasse ao Governo pela concessão nem a sua empresa pagasse pela subcessão.
Só nas contas de 2019 é que há um lucro de cerca de 40 mil euros.
A Antena 1 Açores chegou à fala com a Fundação Inatel, mas só durante o dia de hoje é que deverão ser dados esclarecimentos.
Já o Governo adianta que a venda dos hotéis da Graciosa e das Flores é uma hipótese sempre em cima da mesa, mas desde que constitua uma mais valia para as ilhas e para a própria empresa “Ilhas de Valor”, que detém o património destas duas unidades hoteleiras.
O Executivo lembra também que o próprio contrato de concessão celebrado entre o Governo e a Fundação Inatel tem uma cláusula que faz suspender esta concessão em caso de existir comprador.
No presente, não há nenhuma proposta concreta de compra de qualquer um dos dois hotéis”. (CV)
https://www.rtp.pt/play/p1246/e449222/jornal-das-8-30