os interesses venceram a ecologia Montijo vai avançar

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Carlos Mendes
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NOVO AEROPORTO DO MONTIJO tem luz verde para avançar.
A Agência Portuguesa do Ambiente emitiu Declaração de Impacte Ambiental (DIA) relativa à nova infraestrutura aeroportuária complementar do Montijo, confirmando a decisão Favorável Condicionada à adopção da Solução 2 do estudo prévio da Extensão Sul da Pista 01/19 e Solução Alternativa do estudo prévio da Ligação rodoviária à A12.
Entretanto, várias associações cívicas e ambientais mostraram-se indignadas com a decisão da Agência Portuguesa do Ambiente.

APA anuncia decisão final sobre impacte ambiental da pista complementar. Ambientalistas vão recorrer da decisão em tribunal.

APA anuncia decisão final sobre impacte ambiental da pista complementar. Ambientalistas vão recorrer da decisão em tribunal.

OSVALDO JOSÉ VIEIRA CABRAL · Vem aí a artilharia pesada da política

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Vem aí a artilharia pesada da política

Desta vez não há desculpas: o PSD-Açores tem um líder eleito por esmagadora maioria, chamou para a sua equipa todas as tendências internas, recuperou a velha guarda, deu um sinal aos mais jovens, traçou as linhas essenciais em que se deve focar e arrumou o machado da táctica impiedosa, em que se tinha tornado o partido, no ataque desbragado contra o principal adversário.
Bolieiro esteve igual a si próprio, para quem segue a sua vida política há muitos anos.
Não galvanizou, não inflamou a plateia, não emitiu os ‘sound bits’ da política costumeira, não gesticulou, não atacou, não levantou a voz, numa só palavra… “foi o Bolieiro”.
É isto que o PSD e os Açores precisam?
Os habitantes do concelho de Ponta Delgada parecem gostar do homem que “não faz ondas” e vive num permanente estado de tranquilidade, equilíbrio e sobriedade na relação com os adversários.
Mas uma coisa é governar uma Câmara Municipal e outra é governar uma região.
E coisa ainda mais diferente é discursar enquanto detentor de um cargo autárquico e outra enquanto opositor e com ambição de destronar o PS do governo.
A postura de Bolieiro pode ser a correcta – a palavra “Confiança” foi bem conseguida para o Congresso -, mas um líder da oposição não pode a vida toda ignorar o principal adversário e não aparecer quando for caso para denunciar os erros da governação.
Alguém vai ter que fazer esse papel de denúncia, de crítica e de vigilância permanente aos erros que o Governo Regional vem cometendo.
O novo presidente do PSD, neste aspecto, prefere outra estratégia.
Escolheu para primeiro Vice-Presidente o rosto que terá esse desempenho.
Pedro Nascimento Cabral é muito mais acutilante e mordaz no discurso e nas apreciações críticas que faz da governação, pelo que estará, certamente, na linha da frente para o combate mais lutador.
Bolieiro vai resguardar-se para aparecer depois como o apaziguador, o homem do diálogo com todos, o bem educado. Lembram-se da “força tranquila” de Miterrand em 1981 e que Soares quis imitar?
O grande risco que Bolieiro vai enfrentar internamente é se não conseguir organizar e solidificar a sua equipa, onde estão representadas todas as tendências internas e gente fiel aos antigos líderes, como Freitas e Gaudêncio.
A equipa de Bolieiro é um “caldo” altamente explosivo se deixar de se focar naquilo que é essencial para o partido e mantiver o jogo preferido destes últimos anos, que é a intriga interna e a distribuição de lugares conforme a clientela e não o mérito.
Aliás, no mesmo dia em que o Congresso decorria no Pico, os militantes confirmavam os sinais de enorme desorientação interna, sinalizando para o público que gostam de ser masoquistas, ao votarem maioritariamente em Rui Rio, o tal que desprezou os votos dos militantes do PSD-Açores, dizendo que não valiam fortuna nenhuma, depois de já ter espezinhado a candidatura de Mota Amaral ao Parlamento Europeu.
Isto diz bem do estado em que se encontra o PSD açoriano internamente.
Neste aspecto deviam aprender com os colegas da Madeira. Por alguma razão são governo há 44 anos e, por cá, estão na oposição há quase 24!
Mais: em dado momento perpassou pelo Congresso uma espécie de mensagem, mais ou menos velada, de que Bolieiro não é para eleger já Presidente do Governo… talvez lá para 2024.
Em matéria de estratégia de motivação e de marketing político, não podia haver pior, mas o masoquismo político que se cultivou naquele partido, nas últimas duas décadas, tem destes deslizes.
Quanto à substância dos discursos, Bolieiro não divagou assim tanto. Escolheu bem os temas, avançou com algumas propostas (umas vagas, outras mais concretas) e avançou com aquele estereotipo das apostas para uma década, que é coisa que não galvaniza ninguém.
Levar um congresso da sociedade a todas as ilhas é uma boa ideia, mas se os sociais-democratas forem os primeiros a desmobilizar, sobretudo por falta de ideias (que é diferente de diagnósticos), não conseguirá recuperar a credibilidade perdida.
Abandonar a presidência da Câmara de Ponta Delgada para se dedicar ao partido é um bom começo e um sinal de desprendimento para o público eleitor, mas a decisão de concorrer sozinho a todos os círculos já parece mais arriscada, por parecer pouco humilde no contexto actual, dispensando o diálogo com outras correntes da oposição.
No cômputo geral, Bolieiro começou bem.
Desta vez não há desculpas.

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GOVERNAR POR CARTA – José Manuel Bolieiro não é político para que o PS se deixe de preocupar.
Os socialistas sabem como foram derrotados na Câmara de Ponta Delgada, mesmo avançando com ‘pesos-pesados’ do seu vasto leque de recursos.
O que vamos assistir nos próximos tempos, em termos de combate político, vai ser interessante e demolidor.
As sondagens que vão chegando às sedes partidárias e as mensagens de desagrado, nas reuniões internas, vão levar o PS a apostar as cartas todas.
O Governo Regional não vai ter descanso, mesmo sem muita obra ou dinheiro para derramar, mas sabe que vai contar com a artilharia pesada que vem de fora: chama-se António Costa.
Não se admirem que o Governo de António Costa, de repente, comece a olhar para os Açores de outra forma, apostando as fichas todas.
Fê-lo antes das eleições na Madeira (com fracos resultados) e prepara-se para o fazer novamente nos Açores.
Vai começar já em Abril, realizando em Ponta Delgada um Conselho de Ministros, de onde sairão as primeiras ajudas ao camarada Vasco.
Não é por acaso que depois da última reunião de Vasco Cordeiro com António Costa e alguns ministros, em Lisboa, vários secretários regionais também já se tenham deslocado à capital, reunindo assiduamente com ministros e secretários de Estado, para preparar o Conselho de Ministros aqui nos Açores.
É uma espécie de rolo compressor que querem trazer para a região dita autónoma.
Há muita coisa pendente com a República que está a desagradar a Vasco Cordeiro, com muita gente aflita face à atitude de alguns ministros, pelo que esperam pelo remedeio na reunião magna do Conselho, que está ser preparada com pinças.
O último descalabro foi a notícia de que o Governo da República abandonou o investimento no gás natural nos Açores, canalizando as verbas para a ferrovia.
A reacção nas hostes locais foi de espanto, porquanto, segundo rezam as mesmas notícias, a decisão já tinha sido tomada em 2016!
Muitos dirigentes socialistas locais ficaram paralisados e a reacção da Secretária dos Transportes (outra vez ela) é de cabo de esquadra: enviou uma carta ao seu homólogo em Lisboa a pedir explicações.
Estão a perceber a gravidade disto?
Governantes do mesmo partido, que já se reuniram várias vezes depois de 2016, onde é suposto haver uma relação aberta entre governos da mesma cor, já nem por telefone conseguem esclarecer este imbróglio.
Agora é por carta!
Rica Autonomia esta. Rico governo que é este. Desprezado pelos ministros de António Costa, que tomem decisões contra a região e nem se dignam informar os seus congéneres camaradas.
E nem pestanejam!
Depois da “Autonomia Subjugada”, evoluímos agora para a “Autonomia por Carta”.
Onde isto já vai, louvado.

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PACTOS – A quase nove meses das eleições regionais, em que os partidos vão estar envolvidos num combate eleitoral permanente, Vasco Cordeiro lembrou-se de propor um pacto para mais uma reforma, desta vez a do Poder Local.
Como é que um partido ou um governo, que não consegue há mais de três anos fazer uma reforma da Autonomia, que há mais de seis anos diz que quer mudar o sistema eleitoral e não passa do papel, agora vira-se para outra reforma?
É para criar mais uma CEVERA, entretendo vários deputados em comissões e subcomissões intermináveis, com enormes ajudas de custo, sem que se conheçam resultados?
Para quê mais uma reforma, quando se deixa apodrecer uma outra que há muito devia estar concluída?
E que tal um pacto para reformar a SATA? E outro pacto para reformar a pobreza? E uma reforma para investir mais na Educação? E uma outra para travar os desmandos nas empresas públicas e acabar com a trajectória ascendente do endividamento?
Tanta reforma e tanto papel.
É disso mesmo que os cidadãos contribuintes precisam, de cortinas de fumo para desviar as atenções dos problemas que nos afectam.
Deixem o Poder Local em paz e preocupem-se em governar melhor esta região.

Janeiro 2020
Osvaldo Cabral
(Diário dos Açores, Diário Insular, Multimédia RTP-A, Portuguese TImes EUA, LuisoPresse Montreal)

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Lest We Forget: Australia’s brutal treatment of Aboriginal people | Welcome To Country

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Despite attempts by many Australians and even politicians to gloss over the brutal colonisation of Australia, there is no denying the crimes against humanity that continue to take place.

Source: Lest We Forget: Australia’s brutal treatment of Aboriginal people | Welcome To Country

Marcelo prefere que Isabel dos Santos compre a PT e diz que Passos Coelho ter deixado cair golden share é “imperdoável” – Observador…

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Source: Marcelo prefere que Isabel dos Santos compre a PT e diz que Passos Coelho ter deixado cair golden share é “imperdoável” – Observador…

ANTÓNIO BULCÃO 2001, na eleição para a Câmara Municipal da Horta.

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António Bulcão

Sismos e cismas
Fui o cabeça de lista da CDU em 2001, na eleição para a Câmara Municipal da Horta.
Em plena campanha, bati à porta de um pré-fabricado, numa freguesia rural. Atendeu-me uma senhora que me ouviu respeitosamente, recebeu o panfleto da ordem e a seguir me perguntou: “O que é que o senhor tem para me oferecer?”.
Respondi-lhe que não era eu, era a força política pela qual me candidatava, falei de ideias, de projectos, da necessidade de mudança. Ela deixou-me falar e, no fim, lavrou a sentença: “O senhor até parece boa pessoa, mas o PS vai-me dar uma casa…”.
Depois de umas quantas portas a fecharem-se com a mesma resposta, sendo que uma delas até poetizou que “ninguém muda de cavalo a meio do rio”, senti que a luta continuaria mas que não tinha qualquer hipótese.
A reconstrução imposta pelo sismo de 1998, que arrasara grande parte do Faial, estava em curso. O PS, que era governo há dois anos quando a terra tremeu e mandava na Câmara já antes, tinha-se encarregado de espalhar que era ele, PS, que ia dar casas às pessoas.
Não há ideia que possa competir com tal oferta. Uma casa é uma casa, que diabo…
Esta a primeira reflexão que quero aqui deixar. Não se pode falar em democracia nos Açores. A democracia constrói-se e alimenta-se com o confronto de programas políticos, não com o peso na balança de quem oferece mais, sejam empregos, electrodomésticos, favores, rendimentos mínimos ou até, valha-me Deus, casas…
Não quero com isto dizer que o PSD não tenha agido com processos condenáveis, quando foi poder, entre 1976 e 1996. O que me levou a escrever, ao tempo, sobre a ausência de democracia em muitos domínios, nestas ilhas. Basta consultar os jornais do período, e encontrareis lá a minha voz.
Mas, tenho de reconhecer com enorme tristeza: nunca se atingiu antes um tal grau de abuso como aquele a que assistimos actualmente. Nunca esperei que os meus antigos pares, ao lado dos quais lutei para derrubar o PSD, fizessem igual ou pior para manter o poder.
A forma como governos dos dois partidos trataram o sismo de 1980 na Terceira e o de 1998 no Faial, é exemplo ilustrativo do que supra defendi. Vejamos as principais diferenças.
1 – Mota Amaral partiu do princípio de que “o Governo não é para fazer tudo”. Ajudou, de diferentes formas, mas foi a sociedade civil que se mobilizou na tarefa da reconstrução. Carlos César decidiu que o seu Governo é que ia reconstruir, afectando milhões do erário público a tal empreitada.
2 – O governo PSD decidiu ajudar apenas os proprietários dos imóveis danificados ou caídos. O governo PS preferiu presentear não apenas proprietários, mas também arrendatários e, até, comodatários. Enquanto na Terceira os contratos de arrendamento cessaram, por caducidade, no Faial quem era arrendatário viu-se com casa nova e quem tinha casa apenas emprestada também.
Não me alongarei noutras diferenças, como a que separou o GAR do CPR, ou a rapidez de uma e a demora de outra reconstrução.
Mas pergunto-me: qual a razão que levou o PS a não seguir, pura e simplesmente, o modelo de reconstrução terceirense, implementando-o no Faial. Se tinha corrido bem, terá sido apenas para não copiar o que havia feito o PSD? Terá sido por imaginar mais “socialista” a sua decisão reconstrutora?
O PS, para aumentar as suas falanges de apoio, criou uma tremenda injustiça de tratamento entre povos de ilhas diferentes, numa tragédia que era igual.
Rezemos todos para que nenhum sismo da intensidade dos anos de 1980 e 1998 atinja São Miguel. Por razões humanitárias, desde logo. Mas, se tal vier a acontecer, como será a reconstrução da ilha maior? Que modelo seguirá? Se for ainda o PS a governar, que Deus nos valha, se quiser replicar a solução faialense à escala micaelense.
Nem imagino quantos orçamentos regionais seriam precisos para reconstruir a Ilha Verde, sem fazer qualquer obra nas outras oito…
António Bulcão
(publicada hoje no Diário Insular)

TODOS OS POLÍTICOS MENTEM…Passos, Maria Luís, Costa e Cavaco: todos garantiram que não havia custos para contribuintes com resgate do BES – 

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O Governo começou por dizer que a resolução do BES não traria custos para o erário público. E, até esta semana, não dizia o que era óbvio: o banco público CGD poderia vir a enfrentar perdas com uma venda do Novo Banco abaixo da capitalização. – Empresas , Máxima.

Source: Passos, Maria Luís, Costa e Cavaco: todos garantiram que não havia custos para contribuintes com resgate do BES – banca—financas – Jornal de Negócios