Encontraram maconha nos cachimbos usados por William Shakespeare 400 anos atrás | Hypeness – Inovação e criatividade para todos.

Views: 0

A notícia não é exatamente nova, mas o debate ao redor do tema se renova a cada semana: a onda de legalização da maconha em países diversos e estados dos EUA vem revelando não só o imenso negócio que é a cannabis, como os benefícios que seu uso controlado pode trazer. Os artistas sabem há…

Source: Encontraram maconha nos cachimbos usados por William Shakespeare 400 anos atrás | Hypeness – Inovação e criatividade para todos.

ALELUIA POR OSVALDO CABRAL, A LENTIDÃO DO GOVERNO

Views: 0

Aleluia!

Se há pior crítica que se pode dirigir a um governo é a sua lentidão e falta de visão para agir a tempo e antecipar os problemas.
O Governo Regional, mais uma vez, teve que “pegar de empurrão” para acudir à população das Flores.
Desde as vésperas de natal que se sabia da ruptura de mantimentos nos estabelecimentos comerciais da ilha, uma vez que o último barco que ali atracou foi a 13 de Dezembro.
Foi preciso vir um coro de indignações por parte das populações, dos comerciantes, dos partidos e até da comunicação social para o Governo reagir.
O que entrava pelos olhos adentro de qualquer cidadão, a Secretaria dos Transportes levou semanas para perceber.
Ainda no primeiro dia do ano o Presidente da República, exactamente a partir do Corvo, falou dos “Portugáis longínquos”.
Bastaram mais uns dias para se perceber que, de facto, há ilhas que parecem não pertencerem a este país ou a esta região.
Nunca mais aprendem.

Estudos

Os Açores devem ser a região mais rica em encomendar estudos… para que quase tudo fique na mesma.
Os radares meteorológicos a instalar nestas ilhas, uma promessa eleitoral de alguns anos, afinal precisa de mais estudos!
A SATA já encomendou centenas de milhares de euros em estudos, planos de negócios, planos de reestruturação e outras tantas papeladas.
Foi tudo para o lixo.
Agora vai nascer mais um. Não há região e empresas
públicas mais “estudadas” do que as nossas.
O único problema… é que não funcionam.

(Osvaldo Cabral – Diário dos Açores de 12/01/2020)

Image may contain: Osvaldo José Vieira Cabral, smiling, possible text that says 'Editorial Osvaldo Cabral osvaldo.cabral@diariodosacores.p'

WhatsApp vai deixar de funcionar nestes telemóveis em poucos dias – JN

Views: 0

A grande atualização que o WhatsApp está a ultimar, e que deve revolucionar o serviço de mensagens tal como o conhecemos, terá um preço: a aplicação móvel deixará de funcionar em milhões de telemóveis.

Source: WhatsApp vai deixar de funcionar nestes telemóveis em poucos dias – JN

moedas fenícias da ilha do Corvo

Views: 3

Na Ilha do Corvo.
Foram encontradas algumas moedas Fenícias!
Onde foram parar? Alguém sabe? Nos Açores o Patrimônio está a saque? Não deve nem pode haver indiferença das autoridades nem do Governo dos Açores a história dos Açores não é a partir de 1427 ano da descoberta. Ilhas com milhares de anos não veio outras civilizações as mesmas que andaram em toda a Península Ibérica não chegaram a estas nove ilhas? O Doutor Gaspar Frutuoso escreveu « Deixando àparte o que tenho dito dos cartagineses, que conjecturei havarem sido primeiros e antigos descobridores de todas, ou das mais destas ilhas dos Açores» Livro IV Saudades da Terra página nº 5. Vão ler os que têm duvidas pois é um livro escrito em 1550? embora ele tenha nascido em 11 de Abril de 1522 e morreu em 24 de Agosto de 159i passados quatrocentos e sessenta e sete anos.Duvidas?

No photo description available.
Image may contain: ocean, sky, mountain, outdoor, nature and water

Acre já tem catalogado cerca de 300 geoglifos, que são aquelas figuras iguais às Linhas de Nazca

Views: 0

 

 

Acre já tem catalogado cerca de 300 geoglifos, que são aquelas figuras iguais às Linhas de Nazca — NuPArq.

 

Tip: Search for English results only. You can specify your search language in Preferences
https://youtu.be/4xFRrkmVT9g
Você está aqui: Página Inicial Notícias Acre já tem catalogado cerca de 300 geoglifos, que são aquelas figuras iguais às Linhas de Nazca

Acre já tem catalogado cerca de 300 geoglifos, que são aquelas figuras iguais às Linhas de Nazca

Já existem 300 geoglifos catalogados, distribuídos em 150 sítios arqueológicos

Já existem 300 geoglifos catalogados, distribuídos em 150 sítios arqueológicos
Foto: Edison Caetano

O Acre guarda um imenso patrimônio arqueológico da América do Sul, que este ano completa 35 anos de sua descoberta: os geoglifos, que são aquelas figuras no chão de formato variado (geométrico, ser humano ou animais) semelhantes às Linhas de Nazca, no Peru.

A Nazca brasileira foi descoberta em 1977, depois do desmatamento da área onde estão (perto da capital Rio Branco) para a agropecuária. Naquela época, o arqueólogo Ondemar Dias encontrou oito geoglifos circulares, mas o achado não foi largamente divulgado.

Somente quase 30 anos depois, em 2005, as figuras começaram a ser esquadrinhadas de forma mais intensa, com trabalho comandado pelos pesquisadores AlceuRanzi, da Universidade Federal do Acre, e Denise Schaan, do Museu Paraense Emílio Goeldi e da Universidade Federal do Pará. Atualmente, existem cerca de 300 geoglifos catalogados, distribuídos entre 150 sítios arqueológicos.

“Não há relatos históricos sobre os construtores dessas formações”, explica Denise. “Mas, com base no que se sabemos sobre as populações que habitavam aquela região a partir dos séculos 18 e 19, elas podem ter sido feitas pelos povos aruaque, entre 3 mil e mil anos antes do presente.”

Também não se sabe ao certo para quê as figuras serviam. Especula-se que o local onde elas estão fosse ponto de encontro para rituais, festas, feiras e cerimônias religiosas. “Acreditamos que elas têm significado simbólico religioso ou cultural para os povos”, deduz a professora.

Ela também conta que há outros achados nessas regiões, como “fragmentos de vasilhas de cerâmica e vasilhas quase inteiras, decoradas com desenhos de formas geométricas e espirais, além de alguns poucos fragmentos de pedras de amolar e lâminas de machado de pedra”.

O problema é que assim como o desmatamento revelou essa riqueza, a mesma atividade também vem destruindo o que ainda não foi catalogado. “A maior ameaça são as plantações de cana e benfeitorias feitas em fazendas, além das estradas, que já cortaram muitos geoglifos”, alerta Denise.

Para avistar as formações. É preciso estar a mais de 80 metros de altura, num voo de balão ou avião, para ver um geoglifo. A agência de balão EmeAmazônia (www.emeamazonia.com.br) está prestes a inaugurar esse passeio, e o Governo do Acre planeja construir uma torre de observação.

FONTE: http://www.zone.com.br/destinoaventura/n/nazca-brasileira-acre-ja-tem-catalogado-300-geoglifos/31132

ver vídeo

https://encrypted-vtbn3.gstatic.com/video?q=tbn:ANd9GcRiUDkCTpO98hv4QDetc1DhF_JyFvEeRlSH5YqKYEUhgtGhR9O5

 

https://encrypted-vtbn2.gstatic.com/video?q=tbn:ANd9GcS2HWaSqJXhfXJ2XUbqoc6wSnyL3EhtHNI7lVHniZQLugzYCM8X

gruta JERIMALAI EM tIMOR um museu

Views: 0

Jerimalai Cave in East Timor.

timor cave

https://www.donsmaps.com/timorcave.html

from

http://www.theage.com.au/news/national/timor-cave-may-reveal-how-humans-reached-australia/2006/12/21/1166290679167.html

Jerimalai Cave in East Timor

Jerimalai Cave in East Timor is the oldest evidence of occupation by modern humans on the islands that were the stepping stones from South-East Asia to Australia. People lived there more than 42 000 years ago, eating turtles, tuna and giant rats.

From:
http://www.theage.com.au/news/national/timor-cave-may-reveal-how-humans-reached-australia/2006/12/21/1166290679167.html

timor cave
Jerimalai Cave

Deborah Smith

December 22, 2006

An Australian archaeologist has discovered the oldest evidence of occupation by modern humans on the islands that were the stepping stones from South-East Asia to Australia.

A cave site in East Timor where people lived more than 42 000 years ago, eating turtles, tuna and giant rats, was unearthed by Sue O’Connor, head of archaeology and natural history at the Australian National University.


Dr O’Connor also found ancient stone tools and shells used for decoration in the limestone shelter, known as Jerimalai, on the eastern tip of the island.

She said her discovery could help solve the mystery of the route ancient seafarers took to get here from South-East Asia.

It strengthens the view that they made a southern passage, via Timor, rather than travelling northwards via Borneo and Sulawesi, then down through Papua New Guinea. “The antiquity of the Jerimalai shelter makes this site significant at a world level,” said Dr O’Connor, who presented the findings at the annual conference of the Australian Archaeological Association this month.

Sea levels were lower when modern humans set off around the coast from Africa more than 70 000 years ago. People who made it to the large South-East Asian land mass known as Sunda, however, still had to cross deep ocean channels to get to Australia, then joined to Papua New Guinea in a continent called Sahul.

Until now, the age of habitation sites found on the stepping stone islands in between had been much younger than those found in Australia, making it impossible to determine the route taken.

Although the Jerimalai site is at least 42 000 years old, it could be much older, Dr O’Connor said, because this was the detection limit of the radiocarbon dating method used. She said the simple stone tools unearthed in the shelter were similar to those used by the species of hobbit-sized people who lived in a cave on the nearby island of Flores until 12Jerimalai000 years ago.

But she was confident Jerimalai’s inhabitants were modern humans, Homo sapiens, and not small-brained members of Homo floresiensis, because of the evidence for their sophisticated behaviour found in the dig. Fish such as tuna, for example, “could only have been captured in the deeper waters offshore using hooks, and probably also water craft”, she said.

The find, however, raised big questions, such as why modern humans appeared to have bypassed Flores on their way to Timor. One possibility was that the hobbits were able to repel them.

“It is clear that this region warrants a great deal more study,” Dr O’Connor said.

Jerimalai shelter is in East Timor, where Dr Sue O’Connor of ANU has discovered the oldest evidence of occupation by modern humans on the islands that were the stepping stones to Australia.

timor map

Jerimalai Cave in East Timor, and possible migration routes for the initial colonisation of Australia more than 40 000 years ago.

Photo: Sydney Morning Herald December 22-24 2006


The oldest evidence of occupation by modem humans on the islands that were the stepping stones to Australia has been discovered by an Australian archaeologist.

A cave site in East Timor where people lived more than 42 000 years ago – dining on turtles, tuna and giant rats – was unearthed by Sue O’Connor, head of archaeology and natural history at the Australian National University.v She also found ancient stone tools and shells used for decoration in the limestone shelter, known as Jerimalai on the eastern tip of the island.

Associate Professor O’Connor said her discovery could help solve the mystery of the route ancient seafarers took to get here from South-East Asia.

It strengthened the view that they made a southern passage, via Timor, rather than north via Bomeo, Sulawesi and down through Papua New Guinea.

“The antiquity of the Jerimalai shelter makes this site s at a world level,” said Dr O’Connor, who presented the findings at this month’s annual conference of the Australian Archaeological Association.

Sea levels were lower when modem humans set off around the coast from Africa more than 70 000 years ago.

People who made it to the large South-East Asian land mass known as Sunda, however, still had to cross deep ocean channels to get to Australia, which was then joined to Papua New Guinea in a continent called Sahul.

Until now, the age of habitation sites found on the stepping stone islands in between had been much younger than those found in Australia, making it impossible to determine the route taken.

Although the Jerimalai site is at least 42 000 years old, it could be much older, Dr O’Connor said, because this was the detection limit of the radiocarbon datin method used.

She said the simple stone tools unearthed in the shelter were similar to those used by the species of hobbit-sized people that lived in caves on the nearby island of Flores until 12 000 years ago.

But she was confident Jerimalai’s inhabitants were modern humans, Homo sapiens, and not small-brained members of Homo floresiensis, because of the evidence for their sophisticated behaviour found in the dig.

Fish such as tuna could only have been captured in deeper waters offihore using hooks, and probably also water craft she said.

The find raised big questions, such as why modem humans appeared to have bypassed Flores on their way to Timor. One possibility was that the hobbits were able to repel them.

Newer dating techniques have revealed people first arrived in Australia between 50 000 and 60 000 years ago.

Dr O’Connor said these dating techniques needed to be applied to sites in South-East Asia. The Jerimalai area is unusual in having been geologically uplifted, preserving a window into the past.

Deborah Smith

Science Editor


http://www.smh.com.au/news/science/cave-find-a-stepping-stone-back-to-early-man/2006/12/21/1166290677323.html

Cave find a stepping stone back to early man

Deborah Smith Science Editor

December 22, 2006

The oldest evidence of occupation by modern humans on the islands that were the stepping stones to Australia has been discovered by an Australian archaeologist.

A cave site in East Timor where people lived more than 42 000 years ago – dining on turtles, tuna and giant rats – was unearthed by Sue O’Connor, head of archaeology and natural history at the Australian National University.

She also found ancient stone tools and shells used for decoration in the limestone shelter, known as Jerimalai, on the eastern tip of the island.

Associate Professor O’Connor said her discovery could help solve the mystery of the route ancient seafarers took to get here from South-East Asia.

It strengthened the view that they made a southern passage, via Timor, rather than north via Borneo, Sulawesi and down through New Guinea.

“The antiquity of the Jerimalai shelter makes this site significant at a world level,” said Dr O’Connor, who presented the findings at this month’s annual conference of the Australian Archaeological Association.

Sea levels were lower when modern humans set off around the coast from Africa more than 70 000 years ago.

People who made it to the large South-East Asian land mass known as Sunda, however, still had to cross deep ocean channels to get to Australia, which was then joined to New Guinea in a continent called Sahul.

Until now, the age of habitation sites found on the stepping stone islands in between had been much younger than those found in Australia, making it impossible to determine the route taken.

Although the Jerimalai site is at least 42 000 years old, it could be much older, Dr O’Connor said, because this was the detection limit of the radiocarbon dating method used.

She said the simple stone tools unearthed in the shelter were similar to those used by the species of hobbit-sized people that lived in caves on the nearby island of Flores until 12 000 years ago.

But she was confident Jerimalai’s inhabitants were modern humans, Homo sapiens, and not small-brained members of Homo floresiensis, because of the evidence for their sophisticated behaviour found in the dig.

Fish such as tuna could only have been captured in deeper waters offshore using hooks, and probably also water craft, she said.

The find raised big questions, such as why modern humans appeared to have bypassed Flores on their way to Timor. One possibility was that the hobbits were able to repel them.

Newer dating techniques have revealed people first arrived in Australia between 50,000 and 60 000 years ago.

Dr O’Connor said these dating techniques needed to be applied to sites in South-East Asia. The Jerimalai area is unusual in having been geologically lifted, preserving a window into the past.


From:
http://72.14.235.104/search?q=cache:AGJfhtPY72cJ:www.latrobe.edu.au/aaa2006/abstracts.html+Jerimalai&hl=en&gl=au&ct=clnk&cd=3

En route to Sahul: Jerimalai shelter, a 40 000 year-old record of occupation by Homo sapiens in East Timor

Sue O’Connor

Australian National University

This paper reports new finds from Timor, where a habitation site dated to 38,255+/-596 b.p. or > 42,000 calBP provides the earliest evidence for migration by modern sapiens east of the Sunda Shelf into Island Southeast Asia. Until now there has been a major discrepancy between the dates for earliest occupation in Australia and those from island Southeast Asia, with the earliest dated sites from Australia being significantly older than the oldest sites from any of the potential stepping stone islands en route (even relying purely on the radiocarbon chronology).

Although a southern route through the Lesser Sunda islands (including Flores and Timor) has usually been proposed as the most parsimonious for maritime passage to Sahul (the ancient continent that encompassed Australia and New Guinea), the lack of early dated evidence on any of the stepping stone islands of this group has led some authors to propose alternative routes (albeit equally lacking in evidence for early colonization).

Perhaps the greatest recent challenge to the southern route has been posed by the recent finds from Flores, Timor’s eastern neighbour island, where modern humans apparently failed to colonise prior to the Holocene. The new dates and data from Timor redresses this situation, and indicate that the southern route is still the strongest contender for the earliest seafaring passage to Sahul.

With moderns humans firmly ensconced in Australia by this time, it would not previously have been considered necessary to argue the case that a site of this age was the product of modern human behaviour; especially for a site on an island requiring a water crossing to reach it. But the fact that a non-modern hominid was present on Flores until 12 000 years ago changes this.

In the absence of human skeletal remains, the nature of the occupation evidence from Timor is evaluated in order to demonstrate that it is qualitatively different from the assemblage produced by non-moderns from the late Pleistocene context at Liang Bua, as well as for its significance in contributing to our understanding of the types of adaptations made at this early date on route to Sahul.

os buracos do Portugal real que ninguém tapa…

Views: 0

O piso de Ortopedia do Hospital de Portalegre pode ter alguns buracos, mas o mais importante é taparmos os do Novo Banco e consolidarmos o excedente orçamental…

POLIGRAFO.SAPO.PT
Verdadeiro: Confirma-se que a fotografia é verdadeira.
Espalhou-se viralmente nas redes sociais uma fotografia do serviço de Ortopedia do Hospital de Portalegre na qual se pode constatar que o chão se encontra em péssimas condições – “uma verdadeira pista de obstáculos”, ironizam alguns utilizadores do Facebook, que se interrogam como poderá uma …

uma explicação de um habitante das Flores para os que desconhecem a realidade da ilha

Views: 0

Manuela Rabaçal Ponte shared her first post.

Com a devida autorização…
Republico este excelente texto da autoria de Domingos Fontoura Fernandes. Merece bem a leitura!

“A propósito do que se tem passado e dito acerca da carência de produtos frescos na ilha das Flores, do aparente abandono pelas autoridades locais regionais e das opiniões emitidas por pessoas que depois se acobardam e removem o que disseram.

Ló Rego Costa tenho de lhe dar os parabéns pela sua constância. A senhora consegue sempre manter o mesmo ponto de vista e o mesmo tom no seu discurso! Os meus muito sinceros parabéns! Não é fácil ser sempre coerente! Sobretudo quando somos confrontados com tanta informação, com outros pontos de vista, quando a lógica e o bom senso nem sempre são entendidos! Perdoe-me a redundância, mas está de parabéns!
Notoriamente, creio que a sua formação superior e a sua ancestralidade genealógica, o seu berço, dão frutos evidentes que se espelham no seu discurso.
Realmente, quando a sua opinião é lida pelos florentinos, tem frequentemente uma reação menos simpática como resposta, que parece roçar a falta de educação. Mas permita-me a ousadia de lhe oferecer uma lufada de ar fresco para melhor compreensão da visão ocidental do que é viver nas Flores.
A meteorologia não é carinhosa com a ilha das Flores, são mais os dias de ventania e de baixa insolação que os de calmaria e sol. Aliado a isso a orografia e a dimensão da ilha retém humidade com elevados teores de salinidade nada favoráveis a uma produção agrícola de grandes dimensões. Ou seja, e para não haver espaço a qualquer ambiguidade, os agricultores aproveitam os terrenos mais abrigados, que são de pequenas dimensões, para as suas lavouras. Ora isto resulta numa produção que não se revela suficiente para manter todos os habitantes e visitantes ao longo do ano. Por isso, depende-se do abastecimento externo, aliás, à semelhança do que acontece em São Miguel, a sua ilha.
Nas Flores produzem-se, além das vacas, porcos e galinhas, sobretudo poedeiras, que necessitam ser alimentados. Dada a finitude da ilha, além das condições nem sempre favoráveis, não se consegue produzir a totalidade das forragens que os animais; necessitam para se manterem com saúde e dignidade (creio que concorda que vacas, galinhas, porcas, cabras e gado cavalar têm direito a boa alimentação como qualquer outro ser vivo) dependem do fornecimento externo, uma vez mais, como na sua ilha, para se poder produzir carne que se consome na ilha e se exporta.
Os excedentes de animais que são vendidos, dada a finitude, localização e dimensão da ilha, têm de ser escoados por via marítima.
Como bem sabe, creio, por ser uma senhora informada, apesar a ilha das Flores ser das com mais condições adversas em termos de ventos e temporais, isso não significa que os habitantes sejam imunes a intempéries e quando as condições se agravam, há consequências. Tal como na sua ilha, em que as chuvas fazem a desgraça de levantar alcatrão e levam carros, nas Flores os estragos trazem desvantagens e adversidades às populações.
Recordo (mas acredito que sejam dados que serão sobejamente conhecidos por si e pelos seus) que nas Flores se vive num território sem hipermercados de cadeia fornecidos diretamente pelos armazéns das marcas, sem Hospital Central, sem ligações ao mundo exterior várias vezes ao dia, agravado pelo facto de que o aeroporto não está homologado pelas autoridades governamentais e aeroportuárias para receber voos noturnos e por amiudadas vezes por ano haver vários dias consecutivos sem voos devido aos fatores meteorológicos e técnicos da SATA (isso seria outra conversa).
Nas Flores está-se, sensivelmente, a 1900 km de distância do território continental, como sabe. Os florentinos estão, tal como é do seu conhecimento, por vezes, a mais de 24 horas de distância do território continental e a duas horas da sua ilha, após uma ou duas escalas.
A criação de gado bovino não é apanágio próprio da sua ilha, como deve saber, e por todo o território, incluindo as Flores, esta é uma atividade a que muitos cidadãos se dedicam. Creio que também sabe que esta prática é incentivada pelo Governo Regional ao subsidiar a pecuária bovina, sobretudo para o setor leiteiro e de corte, imagem que se tornou dos Açores. Isto redundou num desinvestimento a outros setores da agricultura, mas creio que me entende.
Vive-se nas Flores com pouco serviço clínico, que se resume, sem qualquer menosprezo pelos clínicos, enfermeiros e técnicos de saúde residentes, à Medicina Familiar, em que as especialidade são raras ou inexistentes, em que as instalações são antiquadas e deficientes, em que o desinvestimento dos Governos Regionais e da República tem sido negligente, puramente economicista, sem qualquer visão humanista ou social das populações. Não é apenas um problema das Flores, mas é um problema nas Flores.
Não é possível recorrer a serviços privados à distância de uma curta viagem de automóvel. Os poucos médicos especialistas que se deslocam à ilha fazem-no com uma frequências bastante baixa, quer no serviço público quer no serviço privado.
Os florentinos, isolados do mundo, por muito que as redes sociais permitam ver o que se passa “extra insulae”, sentem-se como filhos de um deus menor, enquanto que outros açorianos se sentem como filhos de um deus maior. Mas creio que me percebe.
Os florentinos lamentam as visões estereotipadas e preconceituosas, que por acaso podem constituir crime, que os outros açorianos têm a tendência a explanar. Como noutras situações, a falta de uma opinião informada, a falta de um real conhecimento das situações e das pessoas, faltas essas com frequência assistidas por uma sensação de se estar num Pedestal de Sapiência, sobretudo de quem não vive a realidade e tem na sua dispensa e frigorífico tudo o que necessita para o seu dia-a-dia, para de quem, sendo pessoa informada e bem-formada se esperaria uma visão mais cristã e caritativa, é motivo para se tecer um rol de comentários que vão cair mal e vão ser alvo de respostas que os receptores poderão ter como agressivas. Mas não tome a peito, afinal não se poderá nivelar por tal bitola.
Espero, pelo menos, ter tido a capacidade de lhe dar motivo para ponderar o porquê de as respostas aos seus comentários lhe parecerem agressivos e mal-educados.
Mas uma coisa lhe garanto, que os florentino não sabem, mas ao que vejo em São Miguel e na Terceira sabem. Rogo-lhe que passem esse saber e expliquem como se cultivam batatas, couves, cebolas e cenouras de forma instantânea, no Inverno e mais ainda como se faz para as culturas de Outono não serem danificadas pelas tempestades e furacões nessa altura.
Já agora, agradeço em nome dos florentinos a sua disponibilidade para ajudar as cantinas das escolas, o centro de saúde e os hotéis e restaurantes a criarem as suas hortas e quintais para se suportarem.
Aproveito, ainda, para lhe dar os parabéns pela excelente horta que a senhora cultiva e trabalha afincadamente para suprir as suas necessidades alimentares.
Já agora, apesar de algum desagrado de outros ilhéus, a ilha das Flores recebe muitos turistas (e isso seria motivo de outras discussões acerca da falta de lugares nos aviões para os residentes pagantes das viagens e não passageiros de reencaminhamento gratuito) que não trazem os víveres de casa quando cá vêm. Tenho em mim que fui esclarecedor.
Como disse no início deste texto, parabenizo-a pela sua coerência nos comentários, mesmo que vácuos de substância.
Votos de um Bom 2020″.

Comments

 

  • 1 reply
  • Avelina Dutra Cota Ahh, já guardei o post, pois não tarda está apagado e você bloqueada, tal como guardei os comentários, tão caridoso e cristãos, que essa “lady” fez aquando do Lorenzo…
  • 1 reply
  • Celina Lopes Tenho o prazer de conhecer todas as ilhas. E este texto descreve muito bem a ilha das Flores. A sua beleza não chega para a alimentar
  • Helena Jose Vivo em São Miguel há quase 8 anos e,infelizmente, não conheço as flores mas sempre tive uma paixão imensa pelos Açores pelo que fico mortificada quando leio e ouço alguém falar da sustentabilidade ou a falta dela nas ilhas,principalmente do grupo ocidSee more
  • Alvaro Hunter-Araujo Pão de Ló à antiga, sem fermento e com o cérebro meio fossilizado.
  • Vera Mónica Correia Se o que aconteceu as Flores tivesse acontecido em São Miguel nem metade do tempo aguentavam! Sou de São Miguel e sei bem como são as coisas por cá. Gente rija realmente é nas ilhas mais pequenas do grupo ocidental. Bastante fustigada pelas intempériesSee more
  • 1 reply
  • Paulo Bettencourt Excelente texto a solidariedade de todas as ilhas tem que estar acima de tudo e todos afinal somos um arquipélago e temos sofrido todos na pele todo o tipo de problemas bem haja para os nossos conterrâneos Florentinos.

 

Write a comment…

Secretário Regional da Educação afirma que metas do ProSucesso serão atingidas – Jornal Açores 9

Views: 0

O Secretário Regional da Educação e Cultura salientou, no Pico, que os Açores apresentam atualmente “provas inequívocas” do combate ao

Source: Secretário Regional da Educação afirma que metas do ProSucesso serão atingidas – Jornal Açores 9

as contestadas obras no Cais das Pipas

Views: 0

EMPREITADA FOI ADJUDICADA ONTEM

Obras no Porto das Pipas vão custar 14 milhões

Rampa RO-RO e aumento do cais previstos na empreitada.

A empreitada de construção da rampa para navios RO-RO e ferry e obras complementares para melhoramento da operacionalidade e do abrigo no Porto das Pipas, em Angra do Heroísmo, foi ontem adjudicada pelaPortos dos Açores.
As obras serão executadas pelo consórcio Sacyr-Somague/Sacur-Neopul, pelo valor de 14 milhões de euros.
No âmbito da empreitada, será efetuado o cais com fundos à cota -8,00 metros (ZH) em mais 62,68 metros, constituindo uma frente acostável de 145,75 metros e a construção de um duque d’alba, no mesmo alinhamento do cais, à distância 34,26 metros (ao eixo) do topo do cais “aumentado”, o que permitirá a operação dos navios de cruzeiro temáticos.
Prevê, ainda, a construção de uma rampa RO-RO na extremidade do atual cais, à cota -5,00 metros (ZH), situado no interior do Porto das Pipas, com 12,50 metros de largura e cota de serviço -5,00 metros (ZH), para operação dos navios ferry.
Estão ainda contempladas a reconstrução do travellitf no exterior (lado Norte) da rampa RO-RO, o prolongamento do manto de proteção ao muro de cortina existente com rotação até à nova cabeça do molhe-cais, o alargamento da plataforma do cais de controlo e receção da marina e rearranjo dos postes de acostagem, de modo a adaptá-los às dimensões das embarcações que atualmente procuram a infraestrutura e ainda a substituição dos cabeços de amarração existentes por novos cabeços de maior capacidade.
O prazo de execução dos trabalhos é de 731 dias (dois anos).
in, Diário Insular, 11 de Janeiro / 2020
Image may contain: ocean, sky, mountain, outdoor, water and nature
Comments
View 1 more comment
  • Jose Antonio Mendonca Muito bem, agora fica a Praia e o seu cais a ver navios passar ao lado, será isto progresso, será boa politica económica, ou pura e simplesmente manobra eleitoral, que sai muito cara aos cidadãos? Para a ilha ficar igual a outra falta uma scut entre Angra e Biscoitos, e gente atrevida para aproveitar as mãos largas do governo neste ano eleitoral. Ao que chegamos, fazer por fazer, esta brincadeira não pára, é que estou farto de pagar impostos.

 

  • João Bizarro Então e vão gastar dinheiro num cais de 145 metros?!! Não seria mais vantajoso construir na Praia da Vitória um terminal de cruzeiro com 300 metros ou mais?
  • 1 reply
  • André Silveira Vão transformar aquilo num cais de cruzeiros à socapa. Vai uma aposta?