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  • sarcopenia – atrofia – e outra trívia

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    *Increase Your Knowledge! DID YOU KNOW*❓
    1)Birds don’t urinate.
    2)Horses and cows sleep while standing up.
    3)The bat is the only mammal that can fly. The leg bones of a bat are so thin that no bat can walk.
    4) Even when a snake has its eyes closed, it can still see through its eyelids.
    5) Despite the white, fluffy appearance of the Polar Bear’s fur, it actually has black skin.
    6) The average housefly only lives for 2 or 3 weeks.
    7) For every human in the world there are one million ants.
    A small amount of alcohol placed on a scorpion will make it go crazy and sting itself to death!
    9) Alligators and sharks can live up to 100 years.
    10) A honeybee has two stomachs- one for honey, one for food.
    11) Elephants weigh less than the tongue of a blue whale. The heart of a blue whale is the size of a car.
    12) Blue whales are the largest creature to ever roam the Earth.
    13) A cockroach can survive for about a week without its head before dying of starvation.
    14) When a dolphin is sick or injured, its cries of distress summon immediate aid from other dolphins, which try to support it to the surface so that it can breathe.
    15) A snail can sleep for 3 years.
    16) The fastest bird, the spine-tailed swift, can fly as fast as 106mph. (Peregrine falcon is actually 174km /hr or 108mph)
    17) A cow gives nearly 200,000 glasses of milk in her lifetime.
    18)The leech has 32 brains.
    19) The average outdoor-only cat has a lifespan of about three years. Indoor-only cats can live for sixteen years and longer.
    20) Sharks are the only animals that never get sick. They are immune to every type of disease including cancer.
    21) A mosquito’s proboscis has 47 sharp edges on its tip to help it cut through skin and even protective layers of clothing.
    22) The human brain has memory space of over 2.5 Million Petabytes which is 2,500,500 Gigabytes
    *Knowledge is key*
    *What is the biological phenomenon that appears in human gradual loss of muscle mass, strength and function when they are growing older?*
    This is known as *Sarcopenia*!
    *Sarcopenia* is a gradual loss of muscle mass, strength and function… the loss of skeletal muscle mass and strength as a result of aging… The situation may be terrible, depends on individual.
    Let’s explore & analyze multiple ways to prevent *sarcopenia* thus:
    1. Develop the habit, if you’re able to stand… just don’t sit, and don’t lie down if you can sit!
    2. Whenever an elderly person falls ill, and get admitted to the hospital, do not ask him/her for more rest, or to lie down, relax and/or not get out of bed… It’s not helpful. Help them take a walk… Except if they lost stamina to do so.
    Lying down for a week causes loss of at least 5% of muscle mass! And unfortunately, the elderly can’t recover the loss muscles!
    Usually, most seniors/elderly who hire assistants loses muscle faster than the active ones!
    3. *Sarcopenia* is more terrifying than osteoporosis!
    With osteoporosis, one just need to be careful not to fall, while sarcopenia not only affects the quality of life but also causes high blood sugar due to insufficient muscle mass!
    4. The fastest loss of muscles (atrophy) is through idleness in muscles of the legs…
    Because when in sitting or lying position, the legs do not move, and the strength of the muscles of the legs are directly affected… This is especially important to pay unto utmost attention!
    Going up and down stairs… walking, running and cycling are all great exercises, and can increase muscle mass!
    For a better quality of life at old age… Move… & don’t waste your muscles!!
    Aging starts from the feet upwards!
    Keep your legs active and strong!!
    ▪️ As we grow older on a daily basis, our feet should always stay active and strong.
    If you don’t move your legs for just 2 weeks, your real leg strength will decrease by 10 years.
    Therefore, *regular exercises such as walking, cycling etc. are very important*.
    The feet are a kind of columns that bear the entire weight of the human body…. So,
    *_Walk every day!_*
    *Aumente os seus conhecimentos! SABIA QUE*
    1)As aves não urinam.
    2)Os cavalos e as vacas dormem de pé.
    3)O morcego é o único mamífero que pode voar. Os ossos das pernas de um morcego são tão finos que nenhum morcego consegue andar.
    4) Mesmo quando uma cobra tem os olhos fechados, consegue ver através das pálpebras.
    5) Apesar da aparência branca e fofa do pelo do urso polar, ele tem, na verdade, pele preta.
    6) Em média, uma mosca doméstica vive apenas 2 ou 3 semanas.
    7) Para cada ser humano no mundo há um milhão de formigas.
    Uma pequena quantidade de álcool colocada num escorpião fá-lo-á enlouquecer e picar-se até à morte!
    9) Os jacarés e os tubarões podem viver até 100 anos.
    10) Uma abelha tem dois estômagos – um para o mel e outro para a comida.
    11) Os elefantes pesam menos do que a língua de uma baleia azul. O coração de uma baleia azul é do tamanho de um carro.
    12) As baleias azuis são a maior criatura que alguma vez percorreu a Terra.
    13) Uma barata pode sobreviver cerca de uma semana sem a cabeça antes de morrer de fome.
    14) Quando um golfinho está doente ou ferido, os seus gritos de socorro pedem a ajuda imediata de outros golfinhos, que tentam apoiá-lo à superfície para que possa respirar.
    15) Um caracol pode dormir durante 3 anos.
    16) A ave mais rápida, o andorinhão-da-cauda-espinhosa, pode voar a uma velocidade de 106 km/h. (O falcão-peregrino voa a 174 km/h ou 108 km/h)
    17) Uma vaca dá quase 200.000 copos de leite durante a sua vida.
    18) A sanguessuga tem 32 cérebros.
    19) O gato médio que vive no exterior tem uma esperança de vida de cerca de três anos. Os gatos de interior podem viver dezasseis anos ou mais.
    20) Os tubarões são os únicos animais que nunca ficam doentes. São imunes a todo o tipo de doenças, incluindo o cancro.
    21) A probóscide de um mosquito tem 47 arestas afiadas na ponta que o ajudam a cortar a pele e até as camadas protectoras da roupa.
    22) O cérebro humano tem um espaço de memória de mais de 2,5 milhões de Petabytes, ou seja, 2.500.500 Gigabytes
    *O conhecimento é fundamental
    *Qual é o fenómeno biológico que se manifesta na perda gradual de massa muscular, de força e de função dos seres humanos quando envelhecem?
    Este fenómeno é conhecido como *Sarcopenia*!
    *A sarcopenia é uma perda gradual de massa muscular, força e função… a perda de massa muscular esquelética e força como resultado do envelhecimento… A situação pode ser terrível, depende do indivíduo.
    Vamos explorar e analisar várias formas de prevenir a *sarcopénia*:
    1. Desenvolva o hábito, se for capaz de ficar de pé… não se sente, e não se deite se puder sentar-se!
    2. Sempre que uma pessoa idosa adoecer e for internada no hospital, não lhe peçam para descansar mais, ou para se deitar, relaxar e/ou não se levantar da cama… Não ajuda nada. Ajude-o a dar um passeio… Exceto se tiver perdido a resistência para o fazer.
    Estar deitado durante uma semana provoca uma perda de pelo menos 5% da massa muscular! E, infelizmente, os idosos não conseguem recuperar os músculos perdidos!
    Normalmente, a maioria dos idosos que contratam assistentes perde músculos mais rapidamente do que os activos!
    3. *A sarcopénia é mais assustadora do que a osteoporose!
    Com a osteoporose, basta ter cuidado para não cair, enquanto a sarcopenia não só afecta a qualidade de vida, como também provoca um aumento do açúcar no sangue devido à massa muscular insuficiente!
    4. A perda mais rápida de músculos (atrofia) é a ociosidade dos músculos das pernas…
    Porque quando se está sentado ou deitado, as pernas não se mexem, e a força dos músculos das pernas é diretamente afetada… É especialmente importante prestar a máxima atenção a este facto!
    Subir e descer escadas… Andar a pé, correr e andar de bicicleta são óptimos exercícios e podem aumentar a massa muscular!
    Para uma melhor qualidade de vida na velhice… Mexa-se… e não desperdice os seus músculos!!
    O envelhecimento começa dos pés para cima!
    Mantenha as suas pernas activas e fortes!!
    À medida que envelhecemos diariamente, os nossos pés devem manter-se sempre activos e fortes.
    Se não mexer as pernas durante apenas 2 semanas, a força real das suas pernas diminuirá 10 anos.
    Por isso, *exercícios regulares como caminhar, andar de bicicleta, etc. são muito importantes*.
    Os pés são uma espécie de colunas que suportam todo o peso do corpo humano…. Portanto,
    *Caminhe todos os dias!
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  • Há 1 ano a minha mulher veio a casa uma última vez

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    fotos 2014 março quinta de crestelo, seia

    internada de 21.12.2023 a 26.1.2024., no HDES PDL, faz hoje um ano que a minha Nini veio a casa pela última vez (e nós não o sabíamos nem suspeitávamos!) julgando-a capaz de muitas mais cavalgadas nesta vida…

     

    dia 15 chegou finalmente a casa, vinda do Hospital só pelas 22.30 (desde as 15.00 que esperava o transporte de ambulância de Bombeiros). Conheceu a cuidadora Magda (cujo filho fora aluno dela) e esteve entretida a falar com ela, apesar de muito cansada pela espera da ambulância, trocando impressões sobre como seriam os próximos tempos, o tipo de apoio a prestar, que cuidados seriam mais necessários na sua presença (de manhã, almoço e ao fim da tarde) e nas suas ausências.

    Depois conseguiu dormir até pelas 03.20, mas começou a piorar sem que a medicação surtisse efeito. A crise era tanto real quanto psicológica, com a respiração sempre a piorar. Momentos de pânico para mim. Chamei a filha, a dormir no andar de cima, na falsa, (a cadela Leoa não saiu da cama dela, onde estava aos seus pés) para vir ajudar.

    Deu-se o máximo de oxigénio da bala (o portátil era insuficiente) e morfina, mas sem resultado nem melhoria visível, cada vez mais agitada e com dificuldades em respirar mas conseguia comunicar.

    Pelas 10.00 da manhã, após horas de aflição, medo e inquietação pela gravidade de nova crise, a viatura de emergência médica levou-a de novo para o Hospital, dizendo que devíamos tê-los chamado mais cedo, mas ela não queria nem deixava, na esperança de estabilizar a respiração e os níveis de saturação do oxigénio.

    Saiu em grave crise, na companhia da filha Bebé, pedindo aos enfermeiros que a não deixassem cair, cheia de medo pelo transporte de regresso ao HDES. Pelas 15.30 a médica disse que estava mais calma, estabilizada, aguardava na urgência a ida para Pneumologia onde iremos vê-la no horário de visitas 18.00-20.00. Deu lá entrada apenas pelas 19.00 estabilizada, muito debilitada.

    Ninguém imagina como a crise desta madrugada a colocou num patamar perigoso, está muito pior do que quando a internei em 22 de dezº… Começa a aceitar a ideia, depois da noite de terror de ontem, que não é possível viver em casa, sem assistência médica e de enfermagem. Admitiu que a cuidadora seria sempre insuficiente no estado atual de saúde, com uma tão grande degenerescência, e tão rápida.

    O sofrimento dela é enorme sem conseguir respirar e o nosso é paralisante, é indescritível, pois estamos em volta dela totalmente impotentes. Obrigado pelas vossas mensagens de apoio, estamos capacitados dos dias que se seguem, quantos mais? Ninguém sabe, mas que não sofra mais. Esta noite entre as 03.15 e as 10.00 quando a ambulância a levou chegamos a temer o pior, ela ainda tem esperança de que vai superar a crise, recuperar forças e regressar.

    Por tudo isto concentremo-nos agora em proporcionar-lhe estes tempos de vida com a menor dor e maior conforto que a doença permita, permitindo curtíssimas visitas de amigos e colegas a partir da próxima semana, em moldes que se irão definir consoante a sua adaptação a esta mudança…obrigado a todos pelas vossas mensagens e apoio.

     

  • ‘A terrible tool’: The problem with BMI

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    A group of Australian and international experts are calling for a major overhaul of obesity diagnosis, saying current methods rely too heavily on BMI.

    Source: ‘A terrible tool’: The problem with BMI

  • fomos glifosatados

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    Açores é a Região do país onde se mais morre por cancro, o Governo Regional dos Açores, resolve tomar medidas para se agravar a situação!
    O artigo do Dr. Faria e Maia, merece leitura atenta, explica-nos e, muito bem, os efeitos do Glifosato!
    Concordo com o último paragrafo e louvo! Finalmente, uma medida tomada pela CMPDL que é unanime e em beneficio de todos!
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  • antiga solução anti-divórcio

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    Na Romênia medieval, foi utilizado um método único para prevenir o divórcio.
    Casais que enfrentavam problemas matrimoniais eram confinados a uma pequena sala na prisão da igreja de Biertan.
    Essa sala continha apenas uma cama, uma cadeira e um prato compartilhado, forçando o casal a enfrentar seus problemas diretamente.
    Eles tinham que compartilhar tudo e depender um do outro por até seis semanas, sem possibilidade de escapar de seus desentendimentos.
    A configuração foi projetada para incentivar a comunicação, o compromisso e a resolução de problemas em um ambiente que não deixava espaço para a evasão.
    Surpreendentemente, esse método se mostrou altamente eficaz.
    Durante um período de 300 anos, no qual essa prática foi implementada, ocorreu apenas um divórcio registrado.
    A abordagem destacou o valor do diálogo e da compreensão mútua, deixando um legado como uma das técnicas de aconselhamento matrimonial mais incomuns e bem-sucedidas da história.
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  • as ilhas conhecidas e desconhecidas dos açores

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    Isabel Pinheiro Magalhaes
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    ILHAS QUE APARECERAM E DESAPARECERAM NOS AÇORES
    O arquipélago dos Açores é muito mais do que as nove ilhas que tão bem conhecemos hoje. A Sabrina e o banco D. João de Castro, por exemplo, foram duas ilhas que apareceram e desapareceram num período de meses. O banco D. João de Castro pode mesmo vir a constituir a décima ilha dos Açores num futuro geológico próximo.
    Percorramos a história geológica do arquipélago dos Açores. Esconde muito mais do que aquilo que, à partida, poderíamos pensar que conhecíamos. Fazia ideia de que sete das ilhas do arquipélago se afundam e que, pelo contrário, as ilhas das Flores e de Santa Maria sofreram, já após a formação, processos de elevação? E que duas ilhas açorianas existiram apenas por escassos meses? Uma delas, o banco D. João de Castro, localizado entre as ilhas Terceira e São Miguel, desapareceu ao fim de meio ano. E a ilha Sabrina, formada numa parte intrínseca de São Miguel, foi desmantelada em três meses. Vejamos o que se sabe hoje das ilhas que apareceram (incluindo as actuais nove) e desapareceram nos Açores.
    Em primeiro lugar, importa dar algum contexto geológico sobre o arquipélago dos Açores tal qual o conhecemos hoje. Encontra-se na fronteira entre três placas litosféricas – da América do Norte, da Eurásia e da Núbia (antes designada por placa africana). Ou seja, está numa zona onde os limites de cada uma das placas contactam com as placas vizinhas. No caso dos Açores, a Crista Média-Atlântica (cadeia montanhosa que corta o Atlântico de alto a baixo e em que há expansão do fundo do oceano) separa a placa da América do Norte (a oeste) das placas da Eurásia e Núbia (a leste). As ilhas das Flores e do Corvo encontram-se na placa da América do Norte, enquanto as restantes se estendem ao longo da fronteira entre as placas da Eurásia (a norte) e da Núbia (a sul).
    “As ilhas do arquipélago dos Açores são o resultado de actividade vulcânica associada à junção tripla entre as placas litosféricas da América do Norte, Eurásia e Núbia”, sintetiza José Madeira, geólogo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que faz parte de uma equipa que investiga os Açores há quase 40 anos.
    “Esta zona de fronteira é difusa, não sendo materializada por uma estrutura vulcano-tectónica bem definida, como é a Crista Média-Atlântica, mas sim por uma série de estruturas tectónicas, vulcânicas e vulcano-tectónicas ao longo de uma faixa que incluiu as ilhas”, acrescenta a geóloga Ana Hipólito, do Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos da Universidade dos Açores. Essa faixa a que Ana Hipólito se refere (o Rifte da Terceira) combina assim a ocorrência de falhas tectónicas (zonas de facturas na crosta onde há movimentação e geração de sismos) e de fenómenos de vulcanismo (zonas onde há formação de nova crosta).
    Ao longo das últimas décadas, muitos estudos se têm centrado na origem e compreensão dos fenómenos por detrás da morfologia da Plataforma dos Açores – uma zona de grande extensão, de forma quase triangular, que engloba todas as ilhas do arquipélago e bancos submarinos situados entre as ilhas e a sul delas. Nesta região, a crosta oceânica apresenta uma espessura anormalmente elevada, pelo que os fundos oceânicos são menos profundos do que o expectável. De forma geral, os fundos da Plataforma dos Açores são delimitados pela curva batimétrica dos dois mil metros, contrastando os quatro mil metros das zonas envolventes.
    As ilhas oceânicas são todas de origem vulcânica, esclarecem tanto José Madeira como Ana Hipólito. Tal como as ilhas dos arquipélagos da Madeira, de Cabo Verde ou das Canárias, os Açores não são assim excepção. “São edifícios formados pelo empilhamento progressivo de produtos vulcânicos sobre o fundo oceânico, até que acabam por ultrapassar a superfície do mar, dando origem a uma ilha”, explica José Madeira. “A maior parte da construção vulcânica encontra-se submersa e corresponde a mais de 90% do volume do edifício vulcânico.”
    Elevações e afundamentos
    A ilha de Santa Maria foi a primeira a ser formada, há aproximadamente seis milhões de anos. A mais recente é a ilha do Pico, com “apenas” 186 mil anos – já a nossa própria espécie, o Homo sapiens, surgida há cerca de 300 mil anos, andava na Terra.
    Mas o processo de formação das ilhas oceânicas é tudo menos linear, podendo haver fases de retrocesso, sublinha Ana Hipólito. “Por exemplo, pode ocorrer a formação de uma ilha, mas que, por ser seguida de um período relativamente longo de interrupção do vulcanismo, acaba por ser erodida pelo mar (processos de abrasão marinha) e torna-se novamente um monte submarino. Se o vulcanismo retomar, há a possibilidade de a construção e o crescimento da ilha continuar.” A estes fenómenos juntam-se as movimentações verticais, tanto de afundamento (subsidência) como de levantamento, e as variações do nível do mar, “que fazem da evolução de ilhas vulcânicas oceânicas um jogo entre a construção (vulcânica) e a destruição”.
    Mais cedo ou mais tarde, o destino expectável para todas as ilhas é o seu afundamento. Isto acontece por duas razões. Primeiro, porque uma ilha vulcânica é um enorme peso depositado em cima do fundo oceânico. Devido a esse peso, o fundo acaba por se afundar, “tal como acontece se colocarmos um objecto pesado em cima de uma cama – que faz uma cova”, compara Ricardo Ramalho, geólogo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e o primeiro autor de um artigo científico de 2017 centrado nos movimentos verticais da ilha de Santa Maria, do qual José Madeira e Ana Hipólito também são autores.
    “A carga resultante da enorme massa transferida para a superfície pela actividade vulcânica faz com que a litosfera oceânica – que não é rígida, mas tem um comportamento elástico – sofra uma deformação, encurvando para baixo sob o peso do edifício vulcânico”, acrescenta José Madeira a propósito desse fenómeno.
    Em segundo lugar, à medida que ocorre o afastamento do fundo oceânico, devido à crosta terrestre nova que nasce na Dorsal Médio-Atlântica, o fundo do oceano arrefece. Ao arrefecer, torna-se mais denso e afunda-se. “É isto que leva a que mais de 90% das ilhas oceânicas, a nível mundial, se afundem lentamente. Na ilha de São Miguel, por exemplo, a taxa de subsidência está entre 0,6 e um milímetro por ano. Nas outras ilhas será ainda menor”, diz Ricardo Ramalho.
    Contudo, a ilha de Santa Maria vem contrariar esta tendência. De há 3,5 milhões de anos para cá, esta ilha passou por um período de elevação, embora não seja possível garantir que isso ainda esteja a acontecer actualmente. Não é o único caso dos Açores, uma vez que também a ilha das Flores teve numa fase inicial, após a formação, movimentos de levantamento. Agora, provavelmente, a ilha das Flores está em subsidência, refere Ricardo Ramalho. De qualquer forma, é um fenómeno especial.
    Como explica José Madeira, a partir do momento em que Santa Maria sofreu um afundamento, devido ao aumento da carga sobre a litosfera, o vulcanismo diminuiu para uma actividade residual e verificaram-se fenómenos de erosão marinha, o que originou, por sua vez, um levantamento progressivo da ilha.
    Este processo de levantamento já se traduziu na elevação de Santa Maria em 200 metros nos últimos três milhões de anos, o equivalente a uma velocidade média de cerca de 0,05 milímetros por ano. Mas essa elevação não pode ser, no entanto, justificada apenas pela remoção de massa do edifício vulcânico. “Pensa-se que resulte da intrusão de produtos magmáticos sob o edifício. Ou seja, a redução da actividade vulcânica resultou do facto de o magma não chegar à superfície (não produzindo, por isso, actividade eruptiva), mas sim estacionar em níveis profundos. É como se se colocassem sucessivas ‘cunhas’ de magma sob o edifício da ilha produzindo o seu levantamento”, acrescenta José Madeira.
    O que leva os cientistas a crer que tanto a ilha de Santa Maria como a das Flores tiveram, em algum momento, uma elevação prende-se precisamente com a presença de sedimentos marinhos e rochas vulcânicas acima do nível do mar com características que indicam a sua formação debaixo de água.
    Quer estejam a sofrer uma subsidência ou um levantamento, a verdade é que o destino de todas as ilhas é apenas um: o desaparecimento. Quer seja por afundamento ou erosão. Embora Santa Maria ainda possa estar a elevar-se, é expectável que também desapareça. Assumindo que deixará um dia de haver actividade vulcânica e que a ilha deixará de estar sujeita a um levantamento, acabará por desaparecer por via da erosão. Mas, mesmo que a ilha continue a elevar-se, esse movimento será de tal forma lento que acabará por não compensar a erosão.
    Sobre a importância de estudar a origem e evolução do arquipélago açoriano, Ana Hipólito sublinha que “toda esta informação deverá ser a base de planos de ordenamento, de acções de mitigação e do estabelecimento de redes de monitorização dos mais variados riscos geológicos a que a região dos Açores está intrinsecamente sujeita.” O geólogo Ricardo Ramalho acrescenta que, em última instância, estes estudos “podem ter consequências para uma melhor compreensão da erosão marinha da costa actual e dos recursos minerais que possa haver.”
    D. João de Castro, Sabrina e Serreta
    Para além das nove ilhas mais perenes dos Açores, tem havido outros fenómenos no arquipélago que despertaram a curiosidade, como o banco D. João de Casto, a ilha Sabrina e o vulcão da Serreta.
    Em Dezembro de 1720, uma erupção formou uma ilha no banco D. João de Castro, entre São Miguel e a Terceira. A erupção foi acompanhada por sismicidade que afectou ambas as ilhas. Nos meses que se seguiram, este ilhéu foi destruído por acção da erosão marinha, havendo registo do seu desaparecimento em Julho de 1721.
    Noventa anos depois da ilha no banco D. João de Castro, uma outra ilha chamou a atenção pela sua efemeridade – a Sabrina. A sua história começou e acabou em 1811, com erupções ao largo da Ponta da Ferraria, na ilha de São Miguel. Em Outubro daquele ano, três meses depois de ter nascido, a ilha sucumbiu à erosão do mar e desapareceu para sempre.
    A erupção tinha tido início no primeiro dia de Fevereiro de 1811, manifestando-se neste primeiro episódio apenas com a emissão de gases à superfície da água. Nos seis meses que precederam a observação daquele fenómeno, uma crise sísmica intensa levou grande parte da população a fugir para Ponta Delgada. A 14 de Junho daquele ano ocorreu nova erupção, mais violenta, caracterizada por fortes explosões com projecção de cinza e blocos de rocha. “Os relatos históricos descrevem estrondos que se assemelhavam a tiros de artilharia pesada. A sismicidade que acompanhou a erupção provocou grande destruição. Desta erupção resultou um cone com cerca de 100 metros de altura e 300 metros de diâmetro”, descreve Ana Hipólito.
    “O aparecimento e desaparecimento destas ilhas não têm grande mistério”, relativiza José Madeira. “Resultaram ambas de erupções submarinas que expeliram lava fragmentada em quantidade suficiente para que a sua acumulação ultrapassasse o nível do mar. Assim que a actividade vulcânica cessou, a pequena dimensão e a pouca resistência à erosão marinha daquele tipo de materiais levaram à rápida destruição da porção emersa dos edifícios vulcânicos, que deixaram de existir como ilhas.”
    Actualmente, o topo da Sabrina encontra-se a 28 metros de profundidade. Já o topo do banco D. João de Castro encontra-se entre os 20 e os 12 metros de profundidade e é considerado hoje como um vulcão activo, referem tanto José Madeira como Ana Hipólito. Isto porque se mantém sismicamente activo e com vulcanismo secundário, através de actividade hidrotermal, especifica Ana Hipólito. “Não há dúvida de que se trata de um vulcão activo e, como tal, com potencial de vir a originar novas erupções no futuro.”
    José Madeira antecipa que é mesmo provável que o banco D. João de Castro volte a ser uma ilha. “É um vulcão activo, que teve erupções num passado recente e terá certamente muitas outras no futuro. É provável que venha a constituir a décima ilha dos Açores num futuro geológico próximo.”
    Já muito perto de nós, a 18 de Dezembro de 1998, pescadores açorianos avisaram as autoridades da existência de colunas de fumo a cerca de dez quilómetros da Ponta da Serreta, no canal entre as ilhas Terceira e São Jorge. Nessa altura, dava-se a primeira erupção vulcânica no Atlântico em 30 anos a ejectar materiais até à superfície. O vulcão submarino da Serreta – modelo eruptivo que não havia sido observado nem descrito na literatura científica – esteve em actividade até Agosto de 2001.
    “A erupção da Serreta foi uma manifestação vulcânica invulgar pela sua profundidade intermédia. Nem foi suficientemente pouco profunda para originar uma manifestação como a da ilha Sabrina, nem foi suficientemente profunda para não haver manifestações à superfície. A profundidade do foco eruptivo rondava os 400 metros e a particularidade principal dessa erupção foi a formação de ‘balões de lava’”, relata José Madeira. “Este tipo de manifestação nunca tinha sido observado em pormenor nos Açores e apenas se conheciam duas outras erupções com estas características noutros pontos do globo – ao largo do Cachorro, no Pico, em 1963; e em 1981 no banco do Mónaco, a sudoeste de São Miguel”, remata. Hoje não há registos que confirmem a ocorrência de qualquer erupção posterior à da Serreta.
    Como todas as ilhas a nível mundial, que nascem, crescem e um dia morrem, os Açores, ainda que tenham as suas particularidades, também não fugirão à regra. Não estaremos é já cá para ver esse futuro. “É o destino provável de todas as ilhas. Um dia irão desaparecer por baixo de água para sempre”, conclui Ricardo Ramalho.
    Cortesia Vitor Espinola