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  • o cavalo em poema

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    Quero que as esporas saibam carícias.
    voa, cavalo, galopa mais,
    para aquele ponto fora do mundo
    p’ra onde tendem as catedrais.
    Quer isto tudo – mas, meus senhores:
    como é possível fazer viagens
    sem um cavalo de várias cores?
    Quero um cavalo de várias cores,
    quero-o depressa, que vou partir.
    Esperam-me prados com tantas flores
    que só cavalos de muitas cores
    podem servir.
    Quero uma sela feita do rasto
    dalguma nuvem que ande no céu.
    Quero-a evasiva, nimbos e cerros,
    sobre os valados sobre os aterros,
    que o mundo é meu.
    (Reinaldo Ferreira)
    May be an image of 1 person, standing and horse
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    • Audrey De Mattos

      Que poema lindo!
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      • 12 h
      • Rui Amado

        Eu gosto muito da poesia do Reinaldo Ferreira. Pesquisa-o. Filho de um jornalista e autor de histórias policiais (seu homónimo, conhecido por Repórter X), nasceu na Catalunha e depois acabou por fixar residência em Moçambique.
  • tgv china laos

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    The China-Laos railway
    A thousand kilometers of iron and steel dragon
    Carrying the dream of the Chinese and Laotian people
    Across mountains, rivers, fields
    +4
    You, Rui Rocha and 9 others
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  • dúvidas existenciais e vacinas

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    Fui vacinada e não, não sei o que contém – nem nesta vacina nem naquelas que recebi em criança, nem em Big Mac ou em cachorros-quentes.
    Também não sei o que está no ibuprofeno ou em qualquer outro medicamento, apenas sei que diminui a minha dor.
    Não conheço todos os ingredientes do meu sabonete, champô ou desodorizante.
    Não conheço os efeitos a longo prazo do uso do telemóvel, não sei se a comida que comi no restaurante foi preparada com as mãos limpas ou se as minhas roupas, cortinas, bebidas desportivas são demasiado perigosas.
    Resumindo…
    Há muitas coisas que eu não sei e nunca saberei.
    Mas uma coisa que sei é que a vida é curta, muito curta, e ainda quero fazer algo mais do que estar apenas ′′locked ′′ na minha casa. Ainda quero abraçar as pessoas sem medo.
    Em criança e em adulta fui vacinada contra a poliomielite e contra muitas outras doenças; os meus pais e eu confiávamos na ciência e nunca tive de sofrer ou transmitir nenhuma das doenças – contra as quais fui vacinada.
    Fui vacinada, não para agradar ao governo, mas sim para
    * Não morrer de Covid-19
    * Para evitar ao máximo a propagação da Covid
    * Para abraçar os meus entes queridos
    * Não ter de fazer testes PCR ou antigénios, ir a um restaurante, ir de férias, e muitas outras coisas para vir….
    * Para viver a minha vida
    * Para manter Covid-19 numa memória antiga
    * Para nos manter seguros 🦠
    Copiei este texto porque ele representa aquilo em que acredito.
    Luis Crespo and 23 others
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