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  • RELEMBRAR O BOM AMIGO ARQº MANUEL VICENTE

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    Manuel Vicente (1934-2013): o “arquitecto de Macau”.
    O arquitecto Manuel Machado Vicente morreu em Lisboa, aos 78 anos, vítima de doença.
    Nascido em 1934 (Lisboa) formou-se na Escola de Belas Artes de Lisboa (1962) e começou a trabalhar em Goa.
    Daí seguiu para Macau, onde esteva pela primeira vez até 1966 à frente do Gabiente de Urbanização.
    Prosseguiu depois os estudos nos Estados Unidos, fazendo o mestrado na Universidade da Pensilvânia (1969), ao lado de Louis Khan.
    Na década de 1970, já em Portugal, dedicou-se ao ensino e chefiou o sector de Planos Habitacionais do Fundo de Fomento de Habitação (1973/77).
    No final dessa década regressaria para uma segunda temporada em Macau.
    Datam deste período alguns dos seus mais significativos projectos no território, como são os casos das 3 torres residenciais da Barra (1976) e dos edifícios do bairro social do Fai Chi Kei (1977).
    Na década de 1980 destaca-se a concepção do novo edifício da TDM-Teledifusão de Macau (1986).
    Já na década de 1990 realce para o Posto de Bombeiros do Bairro da Areia Preta (1992), a criação do edifício do World Trade Center (1995) e para o projecto multidisciplinar que liderou no fecho da Baía da Praia Grande (1996).
    Em 1987 recebeu o Prémio AICA/MC (Associação Internacional de Críticos de Arte/Ministério da Cultura), que todos os anos distingue um nome consagrado na área das Artes Visuais e outro na área da Arquitectura.
    Em 1993 recebeu o Prémio da Associação de Arquitectos de Macau e um ano depois foi distinguido com a Medalha de Ouro da ARCASIA (Secção Ásia da União Internacional dos Arquitectos) pelo conjunto Fai Chi Kei.
    Em 1998 foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.
    Em 2005 recebeu pela segunda vez a Medalha de Ouro da ARCASIA (Architects Regional Council Asia), na categoria de melhor espaço público.
    Foi membro da comissão instaladora da Associação de Arquitectos Portugueses (1975-1977) e vice-presidente da Ordem dos Arquitectos (2002-2007).
    Manuel Vicente dedicou também parte da sua vida ao ensino, tendo passado pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e pela Universidade Autónoma.
    Mais recentemente foi o autor, com José Santa-Rita, do projecto de recuperação da Casa dos Bicos, que acolhe actualmente a Fundação José Saramago (Lisboa).
    Comentários dos seus pares em Macau à agência Lusa.
    Arquitecto Carlos Marreiros:
    “Manuel Vicente foi um arquitecto muito criativo, às vezes roçando a genialidade, muito interventivo e muitas vezes polémico também; (…) a sua obra “caracteriza-se por um desenho forte, não era um gesto de arquitectura para desaparecer, mas era um gesto para se impor, era uma arquitectura imponente neste sentido, independentemente da envergadura” da sua intervenção (…)
    “Mesmo em elementos construídos mais pequenos, a sua arquitectura impunha-se” (…)
    “Perco um amigo, perco um mestre e Macau perde alguém que significou a sua paisagem construída, alguém que soube polemizar a arquitectura e alguém que elevou a profissão de arquitecto e a prática da arquitectura não só como um serviço profissional mas como uma disciplina do saber”(…)
    Manuel Vicente “contribuiu cívicamente para promover a profissão e para fazer da arquitectura algo que hoje é respeitado em Macau e também a sua profissão ser reconhecida aqui e além-fronteiras”.
    Arquitecto Rui Leão:
    “Manuel Vicente é uma figura gigante para Macau por toda a arquitectura que ele deixou, maravilhosa, comunicante, alegre, com vontade de perceber a cidade, os outros, a China, nós na China, tudo, isto no meio de grandes revoluções e atribulações do modernismo do século XX, da vida dele, dos amigos, de todos nós e também daqueles que conhecia pelo caminho e no dia-a-dia” (…) tinha um grande carinho por toda a obra que tinha desenhado e deixado em Macau”.
    Conheci Manuel Vicente através de um amigo em comum, também arquitecto, o José Romano.
    Foi a 26 de Maio de 2010 que partilhámos a mesma mesa durante uma conferência sobre “Arquitectura e Urbanismo de Macau 1999-2009” decorreu no Museu do Oriente em Lisboa.
    Tratou-se de um encontro fugaz mas o suficiente para perceber que Manuel Vicente era uma pessoa fora de série…
    Em Macau, terra onde Manuel Vicente viveu em trabalhou mais de 30 anos (ao longo de diversos períodos) já conhecia a sua obra, em especial o edifício da TDM onde trabalhei.
    Em 2011 tb no Museu do Oriente esteve patente a exposição Trama e Emoção.
    Ana Vaz Milheiro, prof. de história de arquitectura (em 2011):
    “Manuel Vicente trouxe uma lufada de ar fresco e contrastava com a moralidade dos anos 1960, que colocava em dúvida” (…)
    “Macau era uma terra disponível, sedenta de construção”.
    Manuel Vicente por ele próprio…
    Entrevista ao “Público” 27-7-201:
    “Não confundo cultura com erudição.
    Há a informação, há a erudição, mas a cultura tem a ver com aquilo que a gente sabe, sem saber que sabe.
    E é isso que se transmite.
    Acho que a cultura portuguesa é mais reconhecida pela comida do que pela língua.
    Se for a Macau ou à Índia, nas mercearias encontra sempre azeite ou bacalhau.
    Esta é a memória que a gente deixou que se transmitisse.
    Esta história da comida é mais essencial do que a herança da língua e isto é que é cultura.
    É uma experiência mais total.”
    Num debate sobre arquitectura que se realizou no Museu do Oriente (2011):
    “Uma grande percentagem dos arquitectos que praticavam em Macau foram para lá porque eu fui, ou porque eu estava lá” (…)
    “Todos os desenhadores foram feitos por mim – e se isto não é uma escola, não sei o que é uma escola. (…)
    “Se alguém olhou para Macau com olhos de ver, com vontade de perceber o que aquilo era, foi através de mim” (…)
    “Se há arquitectura moderna em Macau, a mim se deve” (…)
    Blog Macau Antigo, 10 de Março de 2013.
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  • RU COCA NO PARLAMENTO

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    A cocaína foi detetada nas casas de banho do Palácio de Westminster, próximas aos gabinetes do primeiro ministro, Boris Johnson, e da Ministra do Interior, Priti Patel, ambos do Partido Conservador.
    Encontrados vestígios de cocaína em várias casas de banho do parlamento britânico
    LIFESTYLE.SAPO.PT
    Encontrados vestígios de cocaína em várias casas de banho do parlamento britânico
  • indesejados das inundações em díli, timor OU NAS FILIPINAS OU SEJA ONDE FOR…

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    Floods here bring a particular risk for some households.
    May be an image of outdoors
    Dili, ohin loron, be sae Avo Lafaek mos sai mai hotu.
    John Waddingham and 4 others
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  • john lennon há 41 anos

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    A CAUSA DAS COISAS
    Na manhã de 8 de Dezembro de 1980, John Lennon estava feliz em Nova York, sua casa adoptiva, e olhando para o futuro.
    Depois de cinco anos “recolhido” criando seu filho Sean, ele regravou um álbum e acabara de perceber que seu novo álbum, em colaboração com Yoko, ‘Double Fantasy’, já era um recorde de ouro.
    Nas palavras de seu velho amigo do Liverpool, Gerry Marsden: “John finalmente encontrou a paz”.
    Mas até o final daquele dia, John estaria morto nas mãos de um fã enlouquecido e o mundo choraria.
    Artur Arêde and 3 others
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  • POEMAS DIA DA MÃE para saudosistas do 8 dezembro

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    509. (maria nobody, à maria nini, madalena do pico, 9 ago. 2011

     

    maria nobody

    de todos ninguém

    de alguém

    de um só

    maria nobody

    com body de jovem

    maria só minha

    assim te sonho

    assim te habito

    maria nobody

    de todos ninguém

    maria nobody

    mãe

    amante

    mulher

    minha maria

    maria nobody

    de todos ninguém

    nem sabes a riqueza

    que a gente tem

    maria nobody

    de todos ninguém

    maria só minha

    dos filhos também

    maria nobody

    mais ninguém tem.

     


    583. dia da mãe #2, 5 maio 2013

     

    maria nini de todos mãe

    hoje é o teu dia

    de filhos e filhas

    do marido também

    quem não te sabia

    mãe destas ilhas

    de quem te quer bem

     

    maria nini de todos mãe

    dizem que mãe não tem rima

    é claro que rima tem

    com carinho e amor

    com este poeta também

    com sofrimento e dor

    com beijos e lágrimas

    emoção e alegrias

    mãe é cheia de rimas

    mulher das minhas folias

     

    maria nini de todos mãe

    cheiras a coco

    sabes a morangos

    nascida em lisboa

    casada em sydney

    trabalhas açorianidades

    neste mundo oco

    cheio de djangos

    maria nini de todos mãe

    distribuis felicidades


     

    569. mãe Bi (nos 90 anos da mãe Beatriz), 20 mar 2013 (FALECEU EM 19.1.21)

     

    na leveza de três letras

    se mede a palavra mãe

    não se inventou ainda

    o peso que a palavra tem

     

    certa ou errada mãe

    é sinónimo de amor e sabedoria

    força oculta que nos protege

    anima, perdoa e castiga

    tudo foi escrito já

    nada mais há a dizer

     

    na certeza de três letras

    se soletra a palavra mãe

    não se inventou ainda

    o amor que a palavra tem

     

     

    feliz de nós que assistimos

    às tuas nove décadas

    dezoito lustros e cinco netos

    fica connosco mais um pouco

    para acabares as lições

    que ainda não aprendemos

     

     


     

    582. dia da mãe #1, 5 maio 2013

     

    8 de dezembro é o meu dia da mãe

    mas calendários mudam-nos os políticos

    e mandam que seja hoje

    contrariado, obedeço

    para te dizer, mãe,

    errei quando te dizia

    não pedi para ser nascido

    bem hajas por isso

    valeu a pena ter vivido

     

    em 90 anos assististe a muita dor

    preocupações, canseiras e desgostos

    mas feliz de mim que ainda te dei

    netos, alegrias e vitórias

    livros, colóquios e memórias

     

    fica connosco para partilhares

    mais sonhos que tenho para te dar


     

    647. Dia da mãe fora de prazo, 4 maio 2014

     

    queria escrever um poema à mãe

    neste dia que decretaram ser dia dela

    mas não consigo esquecer o 8 dezembro

    e aliás é dia da mãe todo o santo dia

     

    queria escrever um poema à mãe

    a pedir desculpa pelo que fiz

    pelo que não disse e devia

    pelo que preocupei e não alegrei

    pelo que senti e não disse

     

    queria escrever um poema à mãe

    dizer da saudade dos afagos e ternuras

    sentir o conforto da infância

    viver o futuro que sonhaste

    apagar as tristezas do caminho

    as mágoas, dores e canseiras

     

    queria escrever um poema à mãe

    dizer palavras que nunca disse

    escrever esta partilha de amor

    lembrar os momentos protegidos

    as admoestações benignas

    mas nunca aprendi a dizer

    amo-te mãe

     

     


     

     

  • HIPÁCIA VÍTIMA DA IGREJA CATÓLICA

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    HIPÁCIA DE ALEXANDRIA
    «Hipácia (o nome significa “a maior”) de Alexandria foi uma matemática distinta, especialista em álgebra e mecânica. Nasceu em 370 d.C. e era filha de Teon, um professor da Universidade de Alexandria que era filósofo, astrónomo, matemático e diretor do museu. Hipácia viveu sob o jugo do Império Romano, cuja jurisdição compreendia o Egito e, evidentemente, Alexandria, centro do conhecimento. Mas a sua formação pode dizer-se que era grega, o que a torna ainda mais fascinante. Foi a tradição do racionalismo grego que levou os seus estudos suficientemente longe para que se tornasse aquilo que o seu pai desejava para ela e que ela própria se propunha alcançar: um ser perfeito que combinava em si um corpo e uma mente perfeitamente sãos. Ao que parece, Hipácia era extremamente bela e igualmente talentosa, tendo partido para Atenas, ainda muito jovem, para estudar com Plutarco. Quando regressou a Alexandria, a sua fama ultrapassava as fronteiras do mundo antigo. Era conhecida por conseguir decifrar os mais complicados problemas matemáticos, sendo consultada amiúde pelas mais brilhantes cabeças do mundo.
    Quando lhe perguntavam por que razão não se casava, dizia que já se tinha casado com a verdade. Ensinou na Academia de Alexandria – matemática e astronomia –, mas era também versada em filosofia, religião, poesia e artes. Dominava as artes da oratória e da retórica, que tinham grande importância na aceitação e integração das pessoas na sociedade da época, bem como a História das Religiões. Hipácia escreveu um “Cânone Astronómico”, comentou o trabalho dos seus grandes antecessores, como Ptolomeu, Diofanto, Euclides e Apolónio, e construiu instrumentos científicos como o astrolábio, o planisfério e o hidroscópio. A maior parte da sua obra foi destruída com o desaparecimento da grande Biblioteca e o saque do templo de Serápis, e a sua vida teve um fim trágico que importa conhecer porque serve de ilustração da passagem de um tempo em que se valorizava a cultura e a ciência para outro tempo de obscurantismo e ignorância, regido pela religião.
    Hipácia era pagã e defendia a liberdade do pensamento, facto a que se opunha a crescente ascensão do cristianismo, oficializado em 390 d.C. O recém-nomeado chefe religioso de Alexandria, o bispo Cirilo, dispôs-se a eliminar todos os pagãos assim como os seus monumentos e escritos. Hipácia foi considerada herética e diz-se que foi o próprio Cirilo quem comandou uma turba de cristãos enfurecidos que a atacou à saída da Biblioteca e a massacrou – no ano de 415 d.C.
    O historiador Edward Gibbon faz um relato do que aconteceu: “Num dia fatal, na estação sagrada de Lent, Hipácia foi arrancada da sua carruagem, rasgaram-lhe as roupas e arrastaram-na nua, para a igreja. Lá, foi desumanamente massacrada às mãos de Pedro, o Leitor, e sua horda de fanáticos selvagens. A carne foi esfolada dos seus ossos com ostras afiadas e os seus membros, ainda palpitantes, foram atirados às chamas.»
    Carl Sagan acrescentou: “Há cerca de 2000 anos, emergiu uma civilização científica esplêndida na nossa história; a sua base era em Alexandria. Apesar das grandes hipóteses que tinha para se desenvolver, ela decaiu. A sua última cientista foi uma mulher, considerada pagã. Seu nome era Hipácia. Com uma sociedade conservadora a respeito do trabalho da mulher e do seu papel, com o aumento progressivo do poder da Igreja, formadora de opiniões e conservadora quanto à ciência, e devido a Alexandria estar sob domínio romano, após o assassínio de Hipácia, em 415, a sua biblioteca foi destruída.
    Milhares dos preciosos documentos foram queimados e perdidos para sempre, e com ela todo o progresso científico e filosófico da época.
    O massacre de Hipácia marcou o fim da idade de ouro de Alexandria e representou o toque a finados da liberdade religiosa. Depois da sua morte, muitos cientistas, filósofos e pensadores abandonaram a grande cidade do conhecimento e espalharam-se pela Índia e pela Pérsia, que assim avançaram em termos científicos e culturais, enquanto o Ocidente mergulhava no obscurantismo medieval. É preciso que se diga que os trabalhos dos sábios e das sábias de Alexandria foram preservados pelos árabes, persas, indianos e chineses.»
    Helena Vasconcelos, Humilhação e Glória
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  • Bola de fogo percorre o céu do sul de Portugal a 100 mil km/hora – Mundo – Correio da Manhã

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    Sensores deste projeto assinalaram a passagem da bola de fogo através dos diferentes observatórios astronómicos.

    Source: Bola de fogo percorre o céu do sul de Portugal a 100 mil km/hora – Mundo – Correio da Manhã

  • 【和訳】犬が欲しいジェフリーの一言に、サイモンが動く! | AGT 2018 – YouTube

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    https://www.youtube.com/watch?v=p4xDbe8B3KE

  • World Acrobatics Championship 2021 / Amy Refaeli and Jonathan Friedman MxP from ISR/ Dynamic – YouTube

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  • The Brothers Four – The Green Leaves Of Summer (Tradução) – YouTube

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