Blog

  • fiquei órfão há um ano

    Views: 0

    o pai morreu em 1992, a sogra mais que mãe em 2005, o sogro mais que pai em 2019 e a mãe em 2021…fiquei totalmente órfão há um ano e lembrei-me do filho mais novo nesse triste dia …chamei-lhe cumplicidades

    joao cumplicidades_mpeg1video_50

    Crónica 379 A arte de viver em toda a sela 21.1.21

    Quando além da doença crónica da mulher sou confrontado em poucos dias, com a morte da minha mãe, dois primos e um colega de liceu vitimados pelo bicho apenas resta uma solução como a do Marquês do Pombal “Sepultar os mortos e cuidar dos vivos”. Agradeço a dádiva de ter beneficiado de 97 anos e dez meses de vida de quem me trouxe ao mundo, e que – ironicamente – dizia em tenros anos “ninguém me pediu para ser nascido”, e mais recentemente acrescentava “já que nasci, o melhor é não me queixar enquanto estou vivo”.

    Em tempo de crise, o melhor é lembrar as cumplicidades com o filho mais novo Por isso perdi-me a revisitar fotos de há 24 anos e a sorrir aos momentos felizes que retratavam mesmo que nem todos estejam cá connosco para as recordarmos juntos…

    Não me queixo apenas constato, desabafo e reajo com imagens de momentos de dias felizes com o mais novo, o resto é passado, ele é futuro e eu (entretanto) passei para a linha da frente.

    A isto tudo assisto, ao desabar do mundo, da civilização ocidental, ao avanço da pandemia e do medo; à destruição de vidas e planos e a esta enorme impotência que a todos assola, sem respostas nem soluções para a mortandade, esta e as outras todas que deixaram de ser importantes, sejam elas o cancro ou a fome e guerra.

    Assisto pouco mais do que mudo e calado – enquanto vou digerindo lentamente as vicissitudes da vida e da morte com a minha perspetiva oriental de que a morte não é senão uma fase da vida. Assim como à infância se sucede a juventude e a adolescência, a vida adulta, a madura e a terceira idade, a estas normalmente, segue-se a morte que é um estádio diferente, quando o eu se desliga das vestes terrenas, o corpo. Sem lágrimas, nem culto dos mortos, esse novo estádio pode ser encarado de várias óticas que normalmente são estigma na vida do mundo ocidental.

    Também se não professam aqui crenças de 72 virgens nos céus islâmicos. Aceito-a apenas como uma etapa natural e não um fim, em si. Tanta memória e recordação que borbulharam à tona dos sentimentos, trazendo-me, de volta, à realidade da efémera passagem por esta vida e acreditem, devo sentir-me grato por ter vivido 71 outonos tão ricos e variados como os que passei em Timor, Macau, Bali, Austrália, Bragança e Açores e tantos os sítios que visitei e pelos quais me apaixonei, 26 deles na companhia da minha mulher que sempre me serviu de muralha protetora e catapulta de sonhos concretizados e com a presença deste quarto filho em 24 anos de lutas, desgostos, desilusões, alegrias e vitórias que juntos compartilhamos.

    É isto o ciclo vital e não adianta derramar lágrimas como disse António Gedeão

    olhei-a de um lado,

    do outro e de frente:

    tinha um ar de gota

    muito transparente.

     

    Mandei vir os ácidos,

    as bases e os sais,

    as drogas usadas

    em casos que tais.

     

    Ensaiei a frio,

    experimentei ao lume,

    de todas as vezes

    deu-me o que é costume:

     

    nem sinais de negro,

    nem vestígios de ódio.

    Água (quase tudo)

    e cloreto de sódio.

    Chrys Chrystello, Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713 [Australian Journalists’ Association MEEA]

    Diário dos Açores (desde 2018)

    Diário de Trás-os-Montes (desde 2005)

    Tribuna das Ilhas (desde 2019)

    Jornal LusoPress Québec, Canadá (desde 2020)

     

     

  • voos semanais toronto faro

    Views: 0

    Faro e cidade canadiana de Toronto ligadas por voo semanal até outubro – ANA
    Faro, 19 jan 2022 (Lusa) – A companhia aérea canadiana de baixo custo Air Transat vai operar a partir de hoje um voo semanal entre Toronto e Faro, numa operação que se prolonga até 25 de outubro próximo, anunciou hoje a ANA aeroportos.
    A empresa que gere os aeroportos nacionais destacou a importância desta rota entre Faro e a cidade canadiana ser alargada ao verão, depois de duas décadas em que só houve registo de rotas regulares entre os dois aeroportos no inverno, para o reforço da procura do Algarve por turistas da América do Norte.
    “É a primeira vez que a companhia aérea estende a operação para o Algarve durante o verão”, salientou a ANA-VINCI Aeroportos em comunicado, considerando que esta ligação de longo curso dá “um claro sinal positivo da importância que a região assume” e é fruto do trabalho da empresa aeroportuária “no desenvolvimento e sustentabilidade de rotas” para Portugal.
    A mesma fonte argumentou que o estabelecimento desta rota ao longo dos próximos nove meses foi também o resultado de um “esforço conjunto” entre a companhia aérea canadiana e a empresa que assegura a gestão dos aeroportos em Portugal, contribuindo para ampliar “a conectividade da região” algarvia com a capital da província canadiana de Ontário.
    A ANA realçou ainda que, segundo “os registos dos últimos 20 anos, esta será a primeira vez que a companhia aérea opera em Faro no verão”, aportando “mais 20 movimentos no inverno” e “mais 64 movimentos no verão”.
    “Os passageiros desta rota irão voar na mais recente frota da Air Transat, incluindo o novo avião A321neoLR, que tem o menor impacto ambiental da sua classe, com capacidade para 199 passageiros”, referiu ainda a empresa aeroportuária.
    Citado no comunicado, o diretor comercial da ANA – Aeroportos de Portugal, Francisco Pita, considerou que esta é uma “importante aposta da Air Transat” e que a criação de rotas para Faro “também como destino de verão” representa “novas oportunidades para o desenvolvimento do turismo” no Algarve.
    “Será uma importante diversificação da oferta nas rotas de verão para o Aeroporto de Faro e estamos muito otimistas relativamente ao sucesso desta operação”, acrescentou.
    O diretor de vendas e marketing da companhia aérea canadiana, Joseph Adamo, mostrou-se “entusiasmado” com a retoma das operações em Faro, que permitem expandir o serviço entre o Canadá e Portugal.
    “Esta rota, que agora passa a ser anual, permite aos visitantes canadianos explorar a magnífica região do Algarve, um destino costeiro cada vez mais popular, que tem tanto para oferecer em termos de cultura e paisagens majestosas, e ao mesmo tempo oferece aos passageiros portugueses a oportunidade de descobrir o ‘grande norte branco”, acrescentou aquele responsável, referindo-se àquele paios da América do Norte.
    MHC // MAD
    May be an image of aeroplane and outdoors
    1
    Like

    Comment
    0 comments
  • pobreza nos açores

    Views: 0

    s dados que têm vindo a ser publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dão conta que desde 2018 a Região tem feito “um percurso consistente” de redução, quer da taxa de risco de pobreza, da taxa de privação material, da taxa de privação material severa e da taxa de desigualdade. Na prática, significa que os Açores têm vindo a abandonar os últimos lugares das tabelas nacionais relativamente a estes índices. Por exemplo, dados do INE referentes a 2020 dão conta que a Região deixou de ter a mais elevada taxa de risco de pobreza do país – passando de 31,8% em 2018, para 28,5% em 2019, e para 21,9% em 2020 – e deixou também de ser a Região com uma taxa de privação material severa mais elevada do país, passando também a ser a Região que foi excepção em relação à desigualdade – que aumentou em todas as Regiões do país menos nos Açores.
    Os dados são reforçados por Vasco Cordeiro, líder do Partido Socialista e anterior Presidente do Governo Regional, a propósito da divulgação do relatório “Portugal, Balanço Social 2021”, da autoria dos investigadores Bruno Carvalho, Mariana Esteves e Susana Peralta, do Nova SBE Economics for Policy Knowledge Center. Um relatório que analisa situações de pobreza monetária e outras dimensões como a privação material, as condições de habitação e o acesso à educação e à saúde, e discute a relação entre a pobreza e a situação laboral ou o nível de educação, com base em dados relativos a 2019.
    Vasco Cordeiro salienta que esta redução ao nível do risco de pobreza e das desigualdades assenta sobretudo no facto de a Região ter implementado, a partir de 2018, a Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social e que tem um horizonte temporal de 10 anos – até 2028 – “definida com o apoio de personalidades que fizeram parte de toda uma equipa especialmente qualificada que ajudou a definir e acompanhou os primeiros tempos desta estratégia”.
    No entanto, ressalva, o facto de “sermos a Região do país que fez um percurso de maior redução, são taxas que nos interessa ainda reduzir mais. Não nos podemos dar por satisfeitos com esses dados” e por isso considera essencial “continuar num trajecto ancorado nesta Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, que tem demonstrado esses resultados”, revela. O certo é que continuam a ser números “muito elevados”, quer no contexto nacional quer no contexto europeu, e que não devem deixar ninguém descansado.
    Os Açores passam de primeira para segunda região mais pobre de Portugal e Vasco Cordeiro afirma que “não podemos ficar satisfeitos...”
    CORREIODOSACORES.PT
    Os Açores passam de primeira para segunda região mais pobre de Portugal e Vasco Cordeiro afirma que “não podemos ficar satisfeitos…”
    Os dados que têm vindo a ser publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dão conta que desde 2018 a Região tem feito “um percurso consistente” de redução, quer da taxa de risco de pobreza, da taxa de privação material, da taxa de privação material severa e da taxa de desigu…
    1
    2 comments
    Like

    Comment
    Share
  • Nova estratégia para as regiões ultraperiféricas deve combater despovoamento – Açores 9 Europa

    Views: 0

    O presidente do Governo dos Açores defendeu hoje que a nova estratégia para as regiões ultraperiféricas (RUP) deve visar o combate ao despovoamento das ilhas através da fixação dos jovens,…

    Source: Nova estratégia para as regiões ultraperiféricas deve combater despovoamento – Açores 9 Europa