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  • SARAMAGO EM BRAGANÇA POR F MADRUGA

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    Eh pá, dos pormenores que tu te lembras. Posso acrescentar que o José Saramago veio diretamente de Viseu para Bragança, depois de duas Sessões memoráveis na Livraria Pretexto e no Grão Vasco, promovidas pelo Francisco Almeida, do Sindicato dos Professores. Choveu torrencialmente durante a viagem. Apanhamos o IP2 inacabado e chegamos a Bragança às 22 horas. O Saramago lá foi sendo acalmado pelo Zeferino Coelho. Depositamos as malas na Pousada, uma sande mista e uma cerveja. O Saramago continuava inquieto. Tudo acalmou com a entrada no anfiteatro, completamente cheio de gente ávida de ouvir Saramago e indiferentes ao atraso. Foram 2 horas memoráveis, centenas de livros vendidos e um final apoteótico com a célebre frase do Saramago dirigida aos meus amigos jornalistas: – Então estiveram aqui 2 horas e não tomaram nota de nada? Agora vou dar autógrafos aos meus leitores, no final farei muito gosto em conversar convosco apesar de muito cansado.
    SARAMAGO EM BRAGANÇA |
    TRIBUTO PELO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO
    (depois da publicação deste meu artigo, na imprensa regional e nacional, o Prémio Nobel foi a Bragança, pela mão de Francisco Madruga e da Editora e, com o patrocínio de Dionísio Goncalves, na qualidade de Presidente do IPB, enchendo por completo o Auditório da Escola Superior Agrária, com lotação de 400 pessoas)
    Saramago em Bragança
    Um ou dois dias depois da chegada de José Saramago, a Portugal, depois da atribuição do Prémio Nobel, o próprio em declarações a uma Rádio Nacional e ao ser-lhe perguntado porque é que o programa de iniciativas com a sua presença só contemplava os grandes centros do litoral, disse que não estava previsto, naquela altura a sua deslocação a outros locais, e citou como exemplo Vila Real e Bragança, porque dizia “ainda ninguém o tinha convidado a ir a esses locais”.
    Muita gente ouviu o que acabo de referir, mas, um dia depois, Francisco Madruga, na Conferência de Imprensa que fez, no NERBA, acerca da Festa do Livro, que ali decorreu e como representante da Editora e Distribuidora do escritor, voltou a falar do assunto e lançou o desafio às instituições locais, no sentido de tomarem em mãos o convite que se impõe.
    Desde essa altura já decorreu muito tempo, tempo demais. Até agora, que se saiba, nenhuma instituição aceitou o repto, feito por José Saramago.
    Aproveito esta prosa para daqui voltar a lançar o desafio às instituições locais nomeadamente, Câmara Municipal, Instituto Politécnico de Bragança, Escolas Secundárias da cidade, etc., etc.
    Por favor prestigiem Bragança e brindem os Brigantinos com a visita do nosso Nobel.
    A cultura e todas as manifestações culturais de qualidade são dos melhores investimentos em que se pode e deve apostar.
    Até porque, a atribuição do Prémio Nobel a José Saramago veio enfim confirmar a dimensão universal da sua obra e, ao mesmo tempo, chamar a atenção para a qualidade das literaturas de língua portuguesa.
    O próprio autor de Memorial do Convento, de o Ano da Morte de Ricardo Reis, de Levantados do Chão, generosamente reconheceu que outros escritores seus pares e compatriotas poderiam ter recebido aquele galardão.
    Nos seus dois últimos romances, dos mais significativos que José Saramago escreveu, surge, através de uma alegoria dramática, em Ensaio Sobre a Cegueira, e no cinzento turvo de um arquivo que metaforiza o mundo, em Todos os Nomes, o absurdo do fim do nosso século, em que a árvore do saber cresce desmedidamente e em esplendor, mas a natureza começa a degradar-se e as injustiças sociais, a ignorância do outro atingem, com o capitalismo neoliberal e a divinização do dinheiro, isto é, do mercado, um dos momentos mais baixos da história da humanidade.
    Já havia mil razões para convidar José Saramago a vir a Bragança, onde julgo que nunca esteve como escritor, nem em qualquer evento literário. Depois de receber o Nobel, que nos trouxe tanta alegria, e depois do desafio que ele próprio lançou na Rádio, mais ainda se impõe a urgência de um convite.
    As páginas do Ensaio Sobre a Cegueira que é de facto a cegueira dos que não vêem o mundo a correr param o caos; ou a fabulosa história de amor que “vive” o Sr. José, o mais comum dos homens, o anti-herói por excelência, ao descobrir apaixonadamente, passo a passo, a sua investigação, a figura e a existência da mulher única, da prometida, que afinal já morreu, serão sem dúvida mais mil razões para termos com toda a urgência José Saramago em Bragança.
    No meu último artigo, indignei-me com a pobreza das Comemorações do 50º Aniversário da morte do Abade de Baçal e da tabuleta que se encontra pendurada com cordel na casa onde viveu, trabalhou e morreu Francisco Manuel Alves.
    Concordo plenamente com a afirmação do meu camarada Agostinho Lopes, quando há dias, em Mirandela publicamente dizia “… Se o Abade de Baçal tivesse vivido em Lisboa não estaria a sua obra relegada para segundo plano a nível nacional”.
    As nossas instituições locais terão de sair da timidez e do miserabilismo em que habitualmente se encontram. Só lhe resta um caminho, arrancar sem hesitações para a promoção sistemática de eventos culturais que valorizem, preservem e promovam os nossos valores e vultos culturais.
    José Brinquete
    Bragança, 03 Novembro 1998
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  • TURISMO DOS AÇORES

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    Turismo dos Açores passa pela “excelência” e “não pelo baixo preço”
    O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, reforçou hoje que a estratégia para o turismo da região passa pela “excelência” e pela “qualidade” e “não pelo baixo preço”, nem pela “massificação”.
    Discursando nas Velas, na ilha de São Jorge, o social-democrata que preside ao executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM, realçou que os Açores estão a “potenciar cada vez mais um turismo de excelência”.
    “[Queremos] garantir um turismo de excelência, não só pela capacidade instalada para garantir satisfação à procura, como por potenciar a procura através dos meios de mobilidade para empolgar a oferta em capacidade instalada”, afirmou.
    Contudo, acrescentou, “sempre por nível da excelência, não pelo baixo preço”.
    May be an image of flower, ocean, nature and coast
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  • José Manuel Bolieiro anuncia conjunto de compromissos para com setor agrícola

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    #AÇORES | José Manuel Bolieiro anuncia conjunto de compromissos para com setor agrícola
    AÇORES | José Manuel Bolieiro anuncia conjunto de compromissos para com setor agrícola
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    AÇORES | José Manuel Bolieiro anuncia conjunto de compromissos para com setor agrícola
    <!– wp:paragraph –> O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, anunciou na sexta-feira, na cerimónia de abertura da Feira Agrícola Açores, um conjunto de novos compromissos para
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  • FAIAL DA TERRA PISCINA

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    Inauguração das obras de requalificação da Piscina da Freguesia do Faial da Terra
    José De Mello and 167 others
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