por 599 milhões compro

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POR 599.(9) MILHÕES (VOSSOS), EU COMPRO |
Para quem não tem qualquer ligação aos Açores, a Sata, ou esta história da privatização da Sata, é uma nota de rodapé, entre as notícias das cheias e as entrevistas do pastor.
Para mim a Sata, tal como o cacilheiro na década de 90, é o transporte que me leva para casa.
Devo confessar o meu espanto com a quantidade de açorianos, residentes nas ilhas, que gritam pelo encerramento da companhia (da parte operacional que faz a ligação ao exterior do arquipélago – Azores Airlines).
Há duas razões para isso. A primeira é nunca ter saído do arquipélago e não ver qualquer necessidade disso. A outra é a de achar que o mercado, por si só, tratará de cobrir os slots da Sata quando esta deixar de voar para Lisboa, Porto, EUA ou Canadá.
Ora, meus amigos, trago novidades. É que o mercado está mais do que aberto há anos e as ligações às ilhas, tirando aquelas que a Sata garante, são miseráveis. Maior parte das companhias mostram interesse apenas em ligações sazonais (Maio a Outubro). No resto do ano há a Sata, TAP, Ryanair e pouco mais.
Tal como na privatização da TAP feita pelo Passos Coelho, também agora aparece um grupo privado que não se importa de nos tirar o fardo de gerir a companhia se nós lhes pagarmos para isso. 600 milhões, mais coisa menos coisa, para limpar o passivo e deixar dinheiro em tesouraria para arrancar com a operação.
O “investidor” privado, do qual faz parte Carlos Tavares, com créditos firmados na praça depois de ter sido corrido da Stellantis, quer receber um crédito nosso para ficar com a empresa. Uma situação idêntica à que aconteceu na TAP com o Neman e o grupo Barraqueiro.
Quando li esta notícia lembrei-me do dia em que, com mais dois colegas, fomos ao banco abrir a conta da nossa empresa e nos informaram que nem a linha de crédito teríamos direito para pagar os primeiros salários (antes de emitirmos sequer faturas), com a justificação de que precisariamos de um ano de contas solidificadas, para sequer podermos pensar nisso.
Imagino que isto seja o dia a dia de qualquer pessoa que se lance nestas coisas das empresas. Já para mega aquisições quando os governos são de direita, o crédito parece ser ilimitado e sem dono aparente. O facto de pagarmos todos, a milionários, para que fiquem com uma companhia pública, parece ser uma excelente ideia. Para os milionários, pelo menos.
A parte mais divertida disto é quando leio que se pode enterrar a Sata e usar a Ryanair. Uma companhia que vive da chantagem contra os aeroportos e que, sempre que os preços não lhes agradam ou os subsídios desaparecem, cancelam rotas do dia para a noite. Queria ver como é que “terminavam a vidinha” com aquela rapaziada das raspadinhas.
Há mais açorianos fora do arquipélago do que lá dentro. Tal como o resto do país, somos uma nação de emigrantes (shiiuuu…não digam ao Ventura) com origens pobres, vindos de um país que não contava para o totobola até o boom do turismo (que já agora, não é a realidade dos Açores).
É por isso difícil perceber como é que as pessoas, de uma maneira geral, desprezam quem nos assegura a ligação com a Diáspora e dentro do território nacional. São a Sata e a TAP que garantem isso, mais ninguém.
Se poderiam ser melhor geridas? Claro que sim. Mas alguém duvida, ainda assim, que a nossa mobilidade, enquanto povo, será pior quando a Sata e a TAP forem privadas?
Apenas por ideologia não conseguirão assimilar que privado algum poderá garantir as ligações deficitárias do serviço público.
Em tempos defendi algo para a TAP que se aplica também à Sata. No Porto diziam que a TAP só servia Lisboa (Rui Moreira foi o impulsionador dessa saloiada) e portanto, podia ser privatizada. O Porto está a 300 km de Lisboa com voos de hora a hora para o hub. Na ilha Terceira ou nas outras mais pequenas, diziam que a Sata só servia São Miguel e os restantes ficavam com as sobras. Em 30 minutos chega-se a quase todo o lado.
A minha sugestão, há anos, era que deixássemos de ser um país de pelintras com manias de grandeza e que, por momentos, deixássemos o bairrismo de lado para usar um pouco o cérebro.
E isso é, obviamente, fundir a TAP com a Sata, criar dois hubs (Lisboa e Ponta Delgada) e distribuir as rotas pelas ligações prioritárias entre os hubs e para a diáspora. O resto vem depois.
Num país tão pequeno mas com a população espalhada por território continental e 11 ilhas, não se pode dar à iniciativa privada a expectativa de garantir a mobilidade e coesão territorial. Muito menos se formos nós, de qualquer maneira, a pagar por isso.
Ainda assim, se o Governo Regional dos Açores não parar este disparate, eu estou disponível para comprar a Azores Airlines bastando, para isso, que me paguem 599 999 999 euros. Julgo que passa a ser a proposta mais atrativa.
Como diria um primo meu, temos que parar com esta mania de comer atum em casa e arrotar camarão na rua. É possível ter serviço público bem gerido e não complicar, ainda mais, a nossa vida. É para isso que servem os impostos. Não é para a banca ou para websummits.
A questão é, contudo, saber, o que sobrará para recuperar depois da passagem dos governos da Spinumviva e do Chega.
POR 599.(9) MILHÕES (VOSSOS), EU COMPRO |
Para quem não tem qualquer ligação aos Açores, a Sata, ou esta história da privatização da Sata, é uma nota de rodapé, entre as notícias das cheias e as entrevistas do pastor.
Para mim a Sata, tal como o cacilheiro na década de 90, é o transporte que me leva para casa.
Devo confessar o meu espanto com a quantidade de açorianos, residentes nas ilhas, que gritam pelo encerramento da companhia (da parte operacional que faz a ligação ao exterior do arquipélago – Azores Airlines).
Há duas razões para isso. A primeira é nunca ter saído do arquipélago e não ver qualquer necessidade disso. A outra é a de achar que o mercado, por si só, tratará de cobrir os slots da Sata quando esta deixar de voar para Lisboa, Porto, EUA ou Canadá.
Ora, meus amigos, trago novidades. É que o mercado está mais do que aberto há anos e as ligações às ilhas, tirando aquelas que a Sata garante, são miseráveis. Maior parte das companhias mostram interesse apenas em ligações sazonais (Maio a Outubro). No resto do ano há a Sata, TAP, Ryanair e pouco mais.
Tal como na privatização da TAP feita pelo Passos Coelho, também agora aparece um grupo privado que não se importa de nos tirar o fardo de gerir a companhia se nós lhes pagarmos para isso. 600 milhões, mais coisa menos coisa, para limpar o passivo e deixar dinheiro em tesouraria para arrancar com a operação.
O “investidor” privado, do qual faz parte Carlos Tavares, com créditos firmados na praça depois de ter sido corrido da Stellantis, quer receber um crédito nosso para ficar com a empresa. Uma situação idêntica à que aconteceu na TAP com o Neman e o grupo Barraqueiro.
Quando li esta notícia lembrei-me do dia em que, com mais dois colegas, fomos ao banco abrir a conta da nossa empresa e nos informaram que nem a linha de crédito teríamos direito para pagar os primeiros salários (antes de emitirmos sequer faturas), com a justificação de que precisariamos de um ano de contas solidificadas, para sequer podermos pensar nisso.
Imagino que isto seja o dia a dia de qualquer pessoa que se lance nestas coisas das empresas. Já para mega aquisições quando os governos são de direita, o crédito parece ser ilimitado e sem dono aparente. O facto de pagarmos todos, a milionários, para que fiquem com uma companhia pública, parece ser uma excelente ideia. Para os milionários, pelo menos.
A parte mais divertida disto é quando leio que se pode enterrar a Sata e usar a Ryanair. Uma companhia que vive da chantagem contra os aeroportos e que, sempre que os preços não lhes agradam ou os subsídios desaparecem, cancelam rotas do dia para a noite. Queria ver como é que “terminavam a vidinha” com aquela rapaziada das raspadinhas.
Há mais açorianos fora do arquipélago do que lá dentro. Tal como o resto do país, somos uma nação de emigrantes (shiiuuu…não digam ao Ventura) com origens pobres, vindos de um país que não contava para o totobola até o boom do turismo (que já agora, não é a realidade dos Açores).
É por isso difícil perceber como é que as pessoas, de uma maneira geral, desprezam quem nos assegura a ligação com a Diáspora e dentro do território nacional. São a Sata e a TAP que garantem isso, mais ninguém.
Se poderiam ser melhor geridas? Claro que sim. Mas alguém duvida, ainda assim, que a nossa mobilidade, enquanto povo, será pior quando a Sata e a TAP forem privadas?
Apenas por ideologia não conseguirão assimilar que privado algum poderá garantir as ligações deficitárias do serviço público.
Em tempos defendi algo para a TAP que se aplica também à Sata. No Porto diziam que a TAP só servia Lisboa (Rui Moreira foi o impulsionador dessa saloiada) e portanto, podia ser privatizada. O Porto está a 300 km de Lisboa com voos de hora a hora para o hub. Na ilha Terceira ou nas outras mais pequenas, diziam que a Sata só servia São Miguel e os restantes ficavam com as sobras. Em 30 minutos chega-se a quase todo o lado.
A minha sugestão, há anos, era que deixássemos de ser um país de pelintras com manias de grandeza e que, por momentos, deixássemos o bairrismo de lado para usar um pouco o cérebro.
E isso é, obviamente, fundir a TAP com a Sata, criar dois hubs (Lisboa e Ponta Delgada) e distribuir as rotas pelas ligações prioritárias entre os hubs e para a diáspora. O resto vem depois.
Num país tão pequeno mas com a população espalhada por território continental e 11 ilhas, não se pode dar à iniciativa privada a expectativa de garantir a mobilidade e coesão territorial. Muito menos se formos nós, de qualquer maneira, a pagar por isso.
Ainda assim, se o Governo Regional dos Açores não parar este disparate, eu estou disponível para comprar a Azores Airlines bastando, para isso, que me paguem 599 999 999 euros. Julgo que passa a ser a proposta mais atrativa.
Como diria um primo meu, temos que parar com esta mania de comer atum em casa e arrotar camarão na rua. É possível ter serviço público bem gerido e não complicar, ainda mais, a nossa vida. É para isso que servem os impostos. Não é para a banca ou para websummits.
A questão é, contudo, saber, o que sobrará para recuperar depois da passagem dos governos da Spinumviva e do Chega.

Diabetes nos Açores acima dos valores nacionais com taxa de 17%

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A taxa de prevalência da diabetes nos Açores está três pontos percentuais acima do valor nacional, que é de 14%, disse ontem à Lusa a diretora do Serviço de Endocrinologia do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada.

Source: Diabetes nos Açores acima dos valores nacionais com taxa de 17%

619. proteção animal por chrys chrystello

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619. proteção animal por chrys chrystello 15.11.2025

A Provedora do Animal nos Açores entende que deve ser proibido o uso de cavalos e bois para tração de charretes e carroças. E coloca também em causa o uso de animais nas festas do Espírito Santo, por causa do sofrimento que lhes é infligido.

Foram declarações de Dagmar Sampaio, dia 14 novembro, numa audição parlamentar, que propõe que “os cavalos deixem de puxar charretes nas rua de Ponta Delgada, alegando que muitos destes animais são sujeitos a práticas que infligem “sofrimento”. “Sejam cavalos para tração de carroças, sejam bois, para a tração de alfaias, julgo que, se não tivermos a ousadia de as proibir, o tempo estará do nosso lado e se encarregará de fazer o que ainda não foram capazes”.

Esta audição foi a propósito de um projeto de decreto regional proposto por Pedro Neves, parlamentar do PAN (partido das Pessoas, Animais e Natureza), que defende a “reconversão de veículos de tração animal”, como as charretes utilizadas em atividades recreativas e turísticas, a pensar no bem-estar animal, mas também na segurança rodoviária.

O PAN alega que “É fundamental promover a reconversão desta atividade, não apenas por razões de empatia e respeito pelos preceitos de bem-estar animal, mas também por questões de segurança rodoviária e proteção social e económica. A proposta pretende abrir caminho a práticas mais éticas e sustentáveis, alinhadas com os valores de uma comunidade que valoriza a dignidade de todos os seres vivos”. “A crueldade contra animais é uma realidade grave e cada vez mais reconhecida como um indicador de risco para outros crimes violentos”. Países como Espanha, França, Itália, Reino Unido e até os Estados Unidos avançaram significativamente nesta matéria. Por exemplo, o FBI, desde 2016, classifica os crimes contra animais como “crimes contra a sociedade”, reforçando a importância de uma legislação mais rigorosa e eficaz.

Já a proponente justifica a medida com a “crescente preocupação com as condições adversas a que os animais estão expostos durante o exercício destas atividades”, muitas vezes “sujeitos a um elevado esforço físico” e, por vezes, até “excessivo”, devido ao peso dos veículos e dos seus ocupantes, da irregularidade das estradas e até da “exposição prolongada a temperaturas elevadas”.

Eu que até concordo com a medida, bem como com a abolição de touradas (elas tradição ou o que quiserem) entendo que a senhora Provedora (bem-intencionada ou ingénua?) não conhece a realidade destas 9 ilhas. Quando fala de “cavalos para tração de carroças” ela ignora que nos meios rurais, na maioria das ilhas eles existem porque os seus donos não têm meios para transportar o leite em carrinhas motorizadas (as carrinhas de vaqueiro como eu lhes chamo), nem o podem transportar às costas. São normalmente pobres e entre os que têm menos meios, daí usarem carroças de tração animal. E devo admitir que nunca vi tantos como agora, em mais de duas décadas na ilha de S. Miguel (zona rural da costa norte). Muitos sabem do aumento da pobreza rural, do envelhecimento da população, da falta de meios de subsistência que obrigam a esse uso de carroças, menos a senhora Provedora. Antes de proibirmos devemos dar meios às pessoas que usam essas carroças, mas a charrete de PDL (e de outros locais nas ilhas) pode ser substituída já! (por uma com motor elétrico não poluente).

Haverá abusos e maus-tratos nalguns casos (afinal os Açores lideram as estatísticas de violência doméstica, se tratam mal os humanos identicamente o farão aos animais), mas pior do que isto são os animais em cativeiro (por exemplo, cães amarrados sem comida, sem “chip” nem vacinas). Tanta coisa que está mal e a senhora Provedora veio falar disto! E as touradas?

 

Açores criam Autoridade de Gestão para Rede de Áreas Marinhas Protegidas

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O Governo dos Açores vai criar um Conselho Consultivo e uma Autoridade de Gestão para gerir a Rede de Áreas Marinhas Protegidas da região (RAMPA) que prevê a proteção de 30% do mar do arquipélago

Source: Açores criam Autoridade de Gestão para Rede de Áreas Marinhas Protegidas

André Craveiro nomeado coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço – jornalacores9.pt

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O técnico superior e licenciado em Relações Internacionais André Craveiro foi nomeado como novo coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço (EMA-Espaço), segundo despacho publicado hoje em Jornal Oficial da região. O novo coordenador daquela estrutura de missão já despenhava, desde 2022, as funções de técnico superior da administração pública regional na […]

Source: André Craveiro nomeado coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço – jornalacores9.pt

Provedora do Animal nos Açores propõe proibição do uso de animais de trabalho – (eu concordo mas com a pobreza que há não têm alternativa…)

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A Provedora do Animal nos Açores, Dagmar Sampaio, defendeu hoje a proibição do uso de cavalos e bois para funções de trabalho no arquipélago, alegando que muitos destes animais são sujeitos a práticas que infligem “sofrimento”. “Sejam cavalos para tração de carroças, sejam bois, para a tração de alfaias, julgo que, se não tivermos a […]

Source: Provedora do Animal nos Açores propõe proibição do uso de animais de trabalho – jornalacores9.pt

Governo dos Açores autoriza início de venda de campos de golfe e empresas Globaleda e SEGMA – jornalacores9.pt

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O Conselho do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) autorizou hoje o início do processo de privatização das empresas SEGMA e Globaleda e dos campos de golfe da Terceira e das Furnas e Batalha, em São Miguel. “O Governo Regional autorizou a EDA – Eletricidade dos Açores e a EDA Renováveis SA a iniciarem os procedimentos para […]

Source: Governo dos Açores autoriza início de venda de campos de golfe e empresas Globaleda e SEGMA – jornalacores9.pt

Foca salta para barco para fugir a ataque de orcas nos EUA. E há vídeo

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Uma foca conseguiu escapar de um ataque de um grupo de orcas ao saltar para um barco em Seattle, nos Estados Unidos. O incidente foi capturado por uma fotógrafa de vida selvagem durante um passeio de observação de baleias.

Source: Foca salta para barco para fugir a ataque de orcas nos EUA. E há vídeo