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  • DR FURTADO-LIMA 15 ANOS

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    Santos Narciso is with Eugénia Leal and

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    28 m
    Aníbal Furtado Lima
    Era 9 de Novembro de 2007. Quinze anos se passaram. Para os Açores e para Vila Franca do Campo. Morria nesse dia um dos mais carismáticos médicos dos Açores do Século XX, Aníbal Furtado Lima, que contava 80 anos de idade. Natural de Vila Franca e após os seus estudos, estabeleceu-se como médico-cirurgião em Ponta Delgada e de imediato encetou um caminho de trabalho, esforço, pioneirismo e dedicação à profissão que rapidamente fizeram dele um dos médicos mais procurados e admirados dos Açores.
    Com um espírito de aventura sem igual e quando tal parecia impossível, lança-se na construção de uma clínica privada e em 1966 é inaugurada a Clínica do Bom Jesus, considerada como modelo de um estabelecimento da género em todo o país e na qual Furtado Lima pôs todo o seu empenho e recursos.
    Com o espírito de generosidade que lhe era peculiar, o médico oferece a Clínica, mais tarde, à Diocese e até poder, continuou à frente dos seus destinos. Obra grande, sem dúvida e que marca um ponto alto de solidariedade e de visão de futuro.
    Católico profundo, Furtado Lima assumiu esta condição até às últimas consequências e dele dizia Monsenhor Agostinho Tavares: não foi monge, mas foi um asceta do século XX que a Igreja e o povo dos Açores não podem esquecer. Palavras de elogio e sentidas vieram do Bispo dos Açores,, o já saudoso D. António Braga, que em Roma teve conhecimento da morte do médico e que expressou o pesar e o reconhecimento por toda a obra realizada por Furtado Lima.
    Quando a medicina ainda era encarada como mero sistema de curar doentes, o médico agora falecido andou décadas à frente e aproveitava o consultório para autênticas aulas de prevenção contra as mais diversas doenças. Para ele a alimentação, a frugalidade e a escolha dos alimentos eram uma questão de vida ou de morte e sempre fez com que passasse uma mensagem neste sentido, que muitas vezes não foi compreendida.
    Para além da competência, da argúcia e da brilhante inteligência, Furtado Lima foi um homem de uma simplicidade sem limites, humilde, mas frontal, sereno, mas convicto dos seus ideais de que nunca vergou, mesmo em momentos muito difíceis.
    Os Açores devem recordar não só o médico, mas também um cidadão exemplar, reconhecido a nível do país e condecorado pelo Presidente da República como Grande Oficial da ordem de Mérito.
    Para mim, como jornalista no jornal “Correio dos Açores”, recordo sempre a presença de um amigo, pronto a colaborar e a informar em tudo quanto lhe era solicitado.
    E fique o carinho desta foto que Miguel Maurício publicou no Diário dos Açores, em 2008, no primeiro aniversário da morte de Aníbal Furtado Lima!
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    Most relevant

  • Gal Costa sofreu infarto e não resistiu, diz assessoria

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    SÃO PAULO, 9 NOV (ANSA) – A cantora Gal Costa sofreu um infarto em sua casa na manhã desta quarta-feira (9) e não resistiu, informou a assessoria de imprensa da artista. (ANSA). O post Gal Costa sofreu infarto e não resistiu, diz assessoria apareceu primeiro em ISTOÉ Independente.

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  • maior criminalidade em ponta delgada

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    Diversos
    Nos últimos 15 dias, aconteceram no centro de Ponta Delgada, várias ocorrências que infelizmente já não são tão raras como era costume. Na rua dos Manaias, dois marginais arrombaram o atelier dum cabeleireiro e foram apanhados lá dentro a dormir, pelo responsável, às seis da manhã. Chamada a Polícia, um deles foi apanhado e o outro fugiu para a casa ao lado, antigo clube de Sargentos hoje desativado, de onde escapuliu dois dias depois com ajuda externa que retirou o fecho da porta de ferro ali existente. Cinco dias antes, na Travessa do Passal, um meliante entrou numa residência através dum parque de estacionamento privado ali existente, dirigiu-se ao quarto de cama do ocupante e tirou-lhe as chaves do carro e as calças e fugiu pela porta fora. Felizmente, não conseguiu encontrar a viatura e ficou tudo pelo susto. Há 5 dias, na rua Coronel Chaves, à uma da tarde, usando também o mesmo parque de estacionamento, um ladrão entrou por arrombamento na casa duma octogenária que felizmente não estava em casa, e roubou-lhe todas as joias. Apanhado, recuperaram algumas das peças já destruídas para poder vender o ouro. Hoje, segunda feira, quem passar pela antiga delegação do defunto BCA e não menos defunto Banif, na rua Diário dos Açores, verá no átrio que entesta com a rua, diversos colchões de papelão, trapos e vestígios de urina e outros dejetos menos líquidos, tudo acompanhado por um fedor insuportável. Para não falar de indivíduos com um aspeto pouco recomendável, com aspeto saudável (mas porco) de cerca de 50 anos de idade, que pedem esmola, em tom insolente, rosnando quando se lhes não satisfaz a pretensão, com ameaças veladas. Isto perante a aparente indiferença dos nossos conterrâneos, não só dos que assistem à cena como dos que dela têm conhecimento e jogam na estatística dos não incomodados. Não é possível fazer qualquer coisa para evitar que isto se agrave?
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    • João Resendes

      Esto é a triste realidade em toda a cidade P.Delgada
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    • Edgar Rebelo

      Isto ja’ nao e’ a terra que escolhi para passar o resto da minha vida. E’ triste muito trste.
  • prenda natal “Frente à Cortina de Enganos”, de Norberto Ávila

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    https://www.facebook.com/letraslavadas.editores?__cft__[0]=AZWQU-tLwMMQ3YYde_7NA4JUPlwyWG4Kkc7eJYuoe_ib49XnpGbQsKnIsTva7L2EXrNin4PCODIY728obbR_GrRxtIiwXNERmDhV-mLLzTpaNET7L1MXpov01cD7NjRXKpDAPOxgVirVr0YEM8V1pBxDlBIYa6YzU416sosPr1c3gxEMYPCUzEJJWoaMvb3Via5olNm_xD0Dw09mUrDe9WR8&__tn__=-UC%2CP-R

    Recensão crítica de Santos Narciso ao livro “Frente à Cortina de Enganos”, de Norberto Ávila, na sua coluna “Leituras do Atlântico”, do semanário “Atlântico Expresso” desta semana.
    «Falar de Norberto Ávila, esse grande e multifacetado escritor açoriano, nascido em 1936, em Angra do Heroísmo e há bem poucos meses (Maio de 2022) falecido em Lisboa, é uma tarefa quase impossível para mim, que pouco conheço da sua vasta obra, mas que sempre me encantei pela nobreza da sua pessoa e pela simplicidade do seu trato, no meu caso, na troca de mensagens, a propósito de Literatura e destas “Leituras do Atlântico” que ele seguia nas redes sociais.
    Foi, pois, com redobrado interesse que li o romance “Frente à Cortina de Enganos” editado pelas Letras LAVAdas, com o patrocínio da AICL – Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia, um livro que o autor dedica a Luiz Fagundes Duarte, como testemunho de muita admiração e amizade.
    Cedo me apaixonei por este romance de que já havia lido alguns excertos, nomeadamente no Boletim da Casa dos Açores de Lisboa. De facto, esta obra, de 2003/2004, teve como génese uma comédia do mesmo Norberto Ávila “Fortunato e TV Glória”, escrita em 1995 e estreada no Teatro de Animação de Setúbal em 1998.
    Tê-la agora neste convidativo formato é um apelo a conhecer mais uma faceta literária do grande Norberto Ávila, que nos leva aos mais variados ambientes, da Serra da Estrela a Lisboa, da simplicidade dos queijeiros aos meandros do teatro e das televisões, com sátira e ironia quanto baste, tudo enredado numa bem concebida teia de mistérios e enganos, de passados escondidos e a descobrir, de mágoas e enganos nunca explicados, tudo motivado por uma troca que o leitor por si mesmo terá de descobrir.
    Aqui nestas “Leituras do Atlântico”, em 21 de Janeiro de 2019, referindo-me ao terceiro número da Revista GROTTA, salientei o quanto me tinha deslumbrado o conto “O Lastimoso caso de Valentino e Passareta”, escrevendo que nele, a palavra flui, as descrições cativam, os diálogos intercalam-se e a surpresa multiplica-se a cada parágrafo lido. Parece que se abre um palco onde a pacata vila de Fervença se torna centro de crime de cemitério e paixões escondidas na cama e no fundo de gavetas. Norberto Ávila, nos seus (então) 82 anos, tem a força de escrita prenhe de juventude e de vida. Confesso que foi, para mim, o melhor conto que li nos últimos anos. E por isso mesmo senti a necessidade de o referenciar aqui.
    Dias depois, Norberto Ávila dizia-me: “Tenho em grande apreço a sua elogiosa opinião. Considero-a um precioso estímulo à publicação do livro de contos que me falta. Alguns, disponíveis no meu site, têm seguramente a mesma exigência de escrita, a mesma qualidade. Um abraço, com votos de êxito nas suas funções jornalísticas”. Isto foi escrito em Janeiro de 2019. Norberto Ávila sonhava ainda publicar um livro de contos. Será, pois, tarefa meritória fazer com que sejam reunidos em livro os que andam dispersos e os inéditos. A melhor forma de homenagear este que é, sem dúvida alguma, um dos nossos maiores vultos literários de sempre, será cumprir este desejo.
    Como escrevi no início, não tenho coragem nem veleidade de escrever sobre Norberto Ávila. Por isso mesmo considero que melhor do que ninguém, e com a sua autoridade de escritor e dramaturgo, Álamo Oliveira, resume, de forma ao mesmo tempo simples e brilhante, o espírito desta edição de “Frente à Cortina de Enganos” quando escreve o que vem publicado na contracapa deste livro:
    «Não se pode lembrar Norberto Ávila sem recorrer à memória de um escritor (sobretudo) dramaturgo, que teve com a escrita urna relação de amor/ desamor, vivendo na cumplicidade de criar estórias com as pessoas de um imaginário quase sempre esotérico mas possível. A criatividade acaba por ser uma necessidade, ou melhor, uma condição para que se possa entender a liberdade que Norberto Ávila utilizou na construção das suas personagens.
    O departamento editorial da Imprensa Nacional-Casa da Moeda publicou, em quatro volumes, as dezenas de textos teatrais de Norberto Ávila, sabendo que estava a relevar um dos mais notáveis dramaturgos do século XX em Língua portuguesa. Foi essa a vocação principal de uma vida inteira, que soube desprender-se de pergaminhos «políticos» bem remunerados para, após frequentar a Universidade de Teatro das Nações (1963-1965) em Paris, ficar pela aventura de representar a vida no palco do seu quotidiano. Foi-lhe então possível conhecer a geografia que se deixa dominar pelo poder da ação através das palavras, em verdadeira babilónia de línguas, mostrando, porém, a unicidade dos valores da Humanidade.
    Frente à Cortina de Enganos resulta da transformação narrativa romanesca da peça Fortunato e TV Glória. Trata-se, porventura, de um exercício de escrita que Norberto Ávila sentiu realizado sob o mesmo esquema em A Paixão Segundo João Mateus – texto teatral que padece de um ostracismo lamentavelmente ignorante, uma vez que a sua representação traz a marca sensacional do sucesso. Norberto Ávila quedou-se pela morte enquanto colocava uma espécie de ponto final em Frente à Cortina de Enganos – texto a ser publicado pela Editora Letras Lavadas. É uma estória socialmente bem-humorada, pronta a ser lida sob a subtileza de uma escrita que ele oficinava em entrega sábia e paciente. Frente à Cortina de Enganos dá-nos este perfecionismo, dizimando as necessidades cénicas, conquistando o leitor para os domínios da ficção narrativa e para a quietude do que o romance tem de encantatório».
    Norberto Ávila, de projecção internacional, traduzido em várias línguas, com peças suas que atingiram centenas de encenações e com uma vivacidade de escrita única e muito própria, é ainda pouco conhecido nos Açores e merece chegar às escolas, por onde tudo deve começar. Estou a pensar na sabedoria popular que se encerra no livro “A Paixão Segundo João Mateus” e que recria costumes e falares da Ilha Terceira. Quem o conhece?
    Sobre ele escreveu Victor Rui Dores: “Livro sintomático da multividência açoriana, A Paixão Segundo João Mateus vale por essa experiência linguística que há muito se não via na produção literária açoriana, e vale, sobretudo, pela profunda humanidade das suas personagens. Eis um grande livro para quem o souber ler.”
    Por isso mesmo, e passados seis meses sobre a data da sua morte, é de saudar esta edição das Letras LAVAdas, esperando-se que outras se sigam, trazendo ao grande público a magia de um escritor universal mas que teve sempre presente a sua condição de ilhéu, açoriano e terceirense».
    May be an image of 1 person and text that says "Atlantico Expresso Segundo- fein, Noveabro 2022 Leituras Leituras do Allantico Norkertio grande Frente à Cortina de Enganos de2022) Lis- levar rotaveis dramatırga essa enc-sede Norbes NORBERTO AV AVILA LA FRENTE CORTINA ENGANOS มโล. ίασα Lavadas иcaT បុប ersonagens. criatividade para LRT que teve teve terozirense Impnenes rolamEs Moeda eda_ablie PIDICOL lexias cstrcik entendera libendade de Nozberto Avila, sabendo estava SaatusNartisu Fero: ALDOVESOACONES.COM"
    Jose Avila is with Santos Narciso and
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    Para recordar um grande escritor açoreano – Norberto Avila
  • toponímia pícara portuguesa

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    Pode ser uma imagem de mapa e texto

  • a crise (de valores)

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    May be a meme of one or more people and text that says "Primeiro eram os animais, agora também abandonam as mulheres à beira da estrada @ojayardo"

  • parimónio em perigo há anos

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    PORTO DE SANTA IRIA:
    Aos 20 de Maio de 1525 juntos na casa do concelho da Vila Ribeira Grande o licenciado António Macedo tendo estudado
    em Paris, Bolonha, e Salamanca sendo corregedor na ilha de São Miguel mais os Vereadores António Carneiro, Diogo de Sousa, Juízes ordinários e Fernando Anes, Álvaro Gonçalves.
    O responsável por esta magnifica obra é o licenciado António Macedo que superiormente orientou a empreitada que não foi nada fácil ao tempo mas está ainda de pé passados 491 anos um exemplo para ser estudado por engenheiros e arquitectos. O doutor Gaspar Frutuoso diz no capitulo XLV do Livro Saudade da Terra ” Obra que se parece de Romanos” Este lugar segundo Drº Gaspar diz que ” Um João do Outeiro e um enteado em tempos do inicio do povoamento queriam fazer uma ermida de Santa Iria mas o mar arrebentou com o ilhéu e agora se vai a nado”. É por isso que se chama Porto de Santa Iria. A obra custou na época 200 mil réis a um Fernandalves ” O grande “. Atenção aos
    governantes este porto precisa de uma grande reparação Urgente porque é uma ” Obra de Arte este Porto de Santa Iria “
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    Maria Stuart, Lusa Ponte and 10 others

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  • Do genocídio linguístico à literatura açoriana (e a Daniel de Sá) 2008

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    Do Genocidio Ling à Lit Açor E DS

  • Timor-Leste “foi enganado” com ‘ferry’ mas dá 2ª chance a Portugal, diz PR Ramos-Horta – Primeiro diário caboverdiano em linha – A SEMANA

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    Source: Timor-Leste “foi enganado” com ‘ferry’ mas dá 2ª chance a Portugal, diz PR Ramos-Horta – Primeiro diário caboverdiano em linha – A SEMANA

  • tanto tradutor sem trabalho

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    May be an image of indoor and text that says "do Canela Lower leg SOPHIA CAFE"