Abertura da estância de esqui da Serra da Estrela foi adiada por tempo indeterminado – NiT

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A 8 de novembro, foi anunciado que a reabertura da estância de esqui da Serra da Estrela aconteceria este sábado, 10 de dezembro. Para desilusão daqueles que contaram os dias para deslizar numa das 21 pistas que compõem a unidade, pensada para servir tanto os fanáticos pelo desporto como os que nunca o praticaram, a … Continued

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PRESÉPIO SÉC XXI

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O presépio de uma amiga…

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GARCÍA MARQUÉZ MEMÓRIA DAS PUTAS TRISTES

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“Vamos às putas, que hoje é sábado”.
Falsos moralistas desandai, pudicos passai adiante, doidinhos da bola ide carpir para outro lado.
Vamos escrever sobre Portugal e os Portugueses.
No Alentejo, quando acabávamos a escola primária, os da minha geração, íam quase todos guardar rebanhos ou a caminho das oficinas.
Alguns descalços, todos com mau agasalho. Na barriga e no esqueleto.
Passávamos da escola da Dona Elsa e da sua menina dos 5 olhinhos, para a convivência áspera e bruta e a linguagem crua dos maiorais e dos mestres.
Era assim.
E a primeira pergunta que nos faziam, ainda o buço mal vicejava no lábio superior, era:
“já pintas?”
Nós, que nunca tínhamos ouvido falar no Dali, no Miró ou no Picasso.
E riam-se muito.
Depois começava a preparação.
Ouvíamos as narrativas das suas proezas, com imagens coloridas e abundâncias gestuais.
Era a febre de sábado à noite.
Sim, nesse tempo a semana de trabalho tinha 48 horas, 6 dias por semana.
 E os mestres, diziam uns para os outros:
“temos de levar lá o gaiato”.
Sim, naquela corporação existiam aprendizes, ajudantes e mestres.
E mais dia menos dia,
cotizavam-se entre eles, para levar lá o “gaiato”. Cinquenta escudos.
Era ponto de honra para um mestre iniciar um aprendiz.
Nos dias antecedentes, assustavam-nos e contavam histórias.
De alguns que tinham fugido porta fora, e nunca mais tinham aparecido, de outros que não tinham sido “capazes” e eram motivo de risota geral.
Mas o orgulho deles, era a patroa
vir dizer que o rapaz se
“portara bem…”
Temos homem!
Diziam os mestres, dando-nos palmadas nas costas, e obrigando nos a pagar a primeira rodada de cálices de aguardente, com a curta féria da semana, guardada no bolso da jaqueta.
Ascendíamos assim à mestria.
Hoje em dia, toda essa gente seria invectivada, mas eles estão todos aí e podem contar que foi assim.
A malta dos 13, 14 anos, conversava livremente e narrava os sucessos e os desempenhos que existiram apenas na sua imaginação.
Coitados dos que nunca lá tinham sido levados pelos mestres.
Eram uns coitaditos, uns pobrezinhos…
Bem sei que agora já não há disto. Podemos calcorrear à vontade a recta de Pegões, a Estrada de Manique do Intendente, a rua artilharia um, o cruzamento da Picheleira, ou a Fernão de Magalhães, que já não se lobriga nada disso…
E os jovens de 12, 13 anos, já não vão para trás dos rebanhos levar varadas dos maiorais, como o Constantino guardador de vacas e de sonhos, para as oficinas levar chapadões dos mestres e ser iniciados no sábado à noite, com putas tristes…
No Alentejo também já não há rebanhos. Nem oficinas.
Nem órfãos do Soeiro Pereira Gomes, “filhos dos homens que nunca foram meninos”
Agora só há estufas.
E os adolescentes que lá trabalham, vêm todos da Índia… Descobriram o caminho terrestre para Portugal.
E o Gabriel Garcia Marques, nunca escreverá sobre a sua iniciação.
Ao sábado.
Com putas tristes.
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Expresso | Portugal é um país “de monumentos fechados”- dos 4500 imóveis classificados só 250 estão abertos, e podiam gerar 224 milhões de euros

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A atual gestão estatal do património está a “expulsar os turistas” e a privar o interior de aproveitar esta “riqueza diferenciadora”, revela estudo inédito apresentado no congresso da APAVT.

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Um lugar onde não fazer nada

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Parabéns aos amigos de Évora, que serão Capital Europeia da Cultura em 2027. Deste lado da planície azul, a revista 9 Bairros continua, pelo menos, até final do ano. E oxalá a sua lógica colaborativa entre ilhas possa ficar por muitos mais. Respondendo ao convite gentil da Andreia Fernandes, escrevi, espreguiçadamente, estas linhas.
“Escrevo-lhe, caro leitor, em nome do direito a descansar depois do ponto final. Em nome da preguiça, que como dizia o Quino, é a mãe de todos os vícios, mas uma mãe é uma mãe e há que respeitá-la. Em nome da certeza antiga de que a cultura nascia do ócio.”
Um lugar onde não fazer nada
AZORES2027.EU
Um lugar onde não fazer nada

Um lugar onde não fazer nada

Alexandre Borges
#Crónica

Escrevo-lhe, caro leitor, em nome do direito a descansar depois do ponto final.

Em nome da preguiça, que como dizia o Quino, é a mãe de todos os vícios, mas uma mãe é uma mãe e há que respeitá-la.

Em nome da certeza antiga de que a cultura nascia do ócio.

Os Açores foram, final e fatalmente, apanhados pelo mesmo vento encanado positivista que obriga a contemporaneidade a estar sempre a fazer alguma coisa – e a tirar fotografias que o comprovem, ou terá sido o mesmo que não ter feito nada. O mesmo que não ter existido.

O contemporâneo tem horror ao nada. Ao tédio. À ideia de perder tempo. E é precisamente por isso que se entedia. É por isso mesmo que o perde.

Desde criança, o cidadão do século XXI tenta empanturrar as suas crianças com tudo o que lá couber: a escola, o ballet, a música, a natação, os patins, a pintura, a meditação, o ténis e o inglês. Mais as explicações e todos os brinquedos e todos os jogos de computador e todas as festinhas e todos os passeios. Planos B, C, Y e Z que evitem a todo o custo a tragédia máxima de o petiz se aborrecer.

Naturalmente, o espécime adulto leva a vida da mesma forma. Não se contentando com o trabalho e o ginásio e o “tempo de qualidade” em família, mas precisando também do workshop e do padel e do pilates e de sete plataformas de streaming, e do programa cultural, e do restaurante novo a que ainda não foi e do brunch e do rooftop e do fim-de-semana fora e da escapadinha e do retiro e do team building. Tudo, é claro, para culminar nas férias, onde há que aproveitar o mais possível, e ir, e fazer, e consumir, e tirar muitas fotografias, e pôr muitos pins no mapa.

Agora, as ilhas que-já-não-são-desconhecidas parecem apanhadas na mesma vertigem. Não é o problema de se ser um sucesso turístico, que não é problema algum, antes reconhecimento e oportunidade para criar empregos, gerar desenvolvimento e subir a fasquia da exigência connosco próprios; é o problema de sentirmos que temos de nos fazer interessantes. Como se não o fôssemos já. Para responder à expectativa do contemporâneo cheio de estrica e pavor a perder alguma coisa.

Dizem que já não basta o destino. Que, hoje, o consumidor procura “experiências” e “storytelling” e coisas “disruptivas”. Pois, eu sonho com o momento em que o copo, finalmente, transborde e possamos fazer campanhas turísticas com motes como: “um sítio onde não se passa nada”. “Venha não fazer nenhum”. “Açores: a melhor ponta dum chaveiro da Europa!”

Quando eu crescia, uma pessoa não tinha de subir ao Pico só por ele estar ali. Não tinha de ir fazer mergulho nem trilhos. Escrevo-lhe em nome do direito a continuar a viver nesse tempo, se me apetecer. A voltar de férias sem se envergonhar de não ter nada para contar. Pelo direito a perder tempo. A ficar a ler com a chuva a bater na vidraça. A ver o mar rebentar contra a costa. A parar no café. A que nem tudo tenha de ter sex appeal (o sex appeal, às vezes, consegue ser muito cansativo). Pelo direito a não ter de encolher a barriga na praia. À desobrigação moral de fazer coisas novas. À não inscrição no momento. A não ser interessante.

Proponho, caro amigo, que criemos a indústria do turismo do nada. Pistas para fazer nada, lojas que vendem todo o equipamento para o nada, guias, roteiros, vídeos de gente a não fazer patavina. E vereis quanta literatura, música, teatro, pintura, escultura, quanta fotografia e cinema e dança e banda desenhada sairá daqui.

Percebo que se vá a Nova Iorque e a Paris e haja muito para fazer. Mas a minha ilha? A minha ilha costumava ser um dos melhores sítios do mundo para não fazer pevide. Ser folha, secar e cair. Ir de férias pastar, ruminar os dias como as vaquinhas, ficar de molho, amolecer com o capacete, desinchar, desmontar do comboio frenético do tempo. Pôr a vida que levamos temporariamente no cabide. Escapar.

Quero uma aplicação que me motive a dar o menor número de passos possível nas férias. Muitas entradas do Google e do Tripadvisor a recomendar: “10 sítios que pode absolutamente perder”, “15 coisas que se pode dar ao luxo de ignorar completamente”, “tudo aquilo para o qual se pode estar positivamente a borrifar” e outros opúsculos que nos libertem antecipadamente da culpa de não esgotar tudo quanto existe.

E depois, vamos dar um mergulho, comer umas cracas e discutir qual a melhor ilha para uma pessoa se sentar a ler.

@ Luís Godinho
@ Luís Godinho

Alexandre Borges

Escritor e argumentista natural de Angra do Heroísmo (1980). Trabalha habitualmente em televisão, teatro e na imprensa escrita. É director criativo de uma agência de comunicação e formador de argumento. Lançou, em 2021, Atenção ao Intervalo entre o Caos e o Comboio (Ponta Delgada, N9na Poesia / Letras Lavadas).

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bela ilha das flores

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Incansável dança .
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