neorrealismo em são miguel

Neorealismo em São Miguel
Com filhos, muito bons rapazes, na droga, um ainda na cadeia, uma filha na vida, chamemos-lhe simplesmente Maria,
foi pedir dinheiro emprestado para comprar, em segunda mão, um vestido de noiva.
Para oferecer à afilhada que irá casar com um primo direito de ambas.
A afilhada, apesar dos seus dezasseis anos, parece quem tem uns trinta.
Já abortou três vezes.
Partilham a “password” da “Netflix” e do “Spotify”.
Cresceu com a Autonomia política dos Açores.
“Deram frutos a fé e a firmeza”, talvez o pior poema da Natália Correia.
Votava no Bloco de Esquerda mas hoje é do Chega.
O noivo da afilhada já foi condenado:
por crimes contra a Autonomia, ninguém sabe bem, e as famas que tem serão má língua de quem tem inveja e não sabe o que é a felicidade dos outros.
O noivo da afilhada votou em quem lhe deu emprego.
Diz que está recuperado.
O turismo é que foi a nossa salvação.
Não é má pessoa mas aquele problema com o esposo é caso sério.
Bebe por causa do marido.
Que desde que lhe deixou de lhe dar “enxertos de pancada” arranjou uma amante no Campo de São Francisco, em Ponta Delgada, que depois de uma breve inspeção já não era uma amante, mas um amante.
E já cumprimentou uma deputada. Ou deputado.
Sem a nossa felicidade qual seria o assunto do dia?
Nem só de futebol e Espírito Santo vive um povo.
(ele a esposa fizeram muito pelos pobres, diz o jornalista subornado com uns subsídios)
As indústrias dos Açores:
foi ainda tirar as varizes para um hospital dos alegados ricos através de uma cunha.
As histórias aspirações autonomistas.
Roubou que se fartou. Heróis da liberdade de expressão.
Deixou descendência.
Ou a ressurreição do neorealismo açoriano.
A preocupação com os sem-abrigo.
O turismo será sempre a nossa salvação. Repete três vezes.
(antes exportávamos mão-de-obra barata)
Foto: Sete Cidades, via Lonely Planet.
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Mario Freitas
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dantes é que era bom?????

Retrato de uma familia em meio rural, em frente de uma casa tradicional de Santana, Ilha da Madeira, construida em madeira e com cobertura em colmo de três
águas
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POVO DE PÉ DESCALÇO

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  • Nuno Mendes

    E ainda há quem diga que antes é que era bom. Era bom para quem vivia bem, muito provavelmente às custas de famílias como a da fotografia.

timorenses em lisboa

Associação quer Governo e sociedade civil a resolverem a questão do fluxo de timorenses
Lisboa, 25 out 2022 (Lusa) – A Associação Renovar a Mouraria defendeu hoje a criação de um grupo de trabalho que envolva instituições governamentais e organizações da sociedade civil para responder à “situação de emergência social” causada pelo recente fluxo migratório de timorenses para Portugal.
“Consideramos essencial a elaboração de um grupo de trabalho que inclua não só as instituições governamentais, mas também as organizações da sociedade civil que acompanham de perto e diariamente as pessoas nos seus territórios de intervenção”, sublinha a associação num comunicado hoje divulgado.
A Renovar a Mouraria tem prestado apoio a dezenas de timorenses que se encontram em Lisboa em situação de sem-abrigo.
No comunicado, a associação defende também que o grupo seja “transparente quanto à sua composição e atuação, bem como tenha uma visão de médio e longo prazo” quanto ao trabalho a desenvolver com os imigrantes de Timor-Leste.
“Esta construção de um plano de ação estruturado, articulado e transparente será essencial para o acolhimento digno dos timorenses no nosso país”, acrescenta.
Em declarações à agência Lusa, Rita Madeira, da Renovar a Mouraria lamentou que não exista um “plano coordenado de médio e longo prazo para acolher” aqueles imigrantes e frisou a importância de se trabalhar nesse plano para se fazer face ao “fluxo migratório que já se percebeu que vai continuar”.
“Estamos a atuar para dar ajuda de forma pontual e emergencial e de curto prazo. Um plano de médio e longo prazo para este fluxo migratório é necessário”, sublinhou.
Fazendo um retrato dos timorenses que têm aparecido nos últimos meses em Lisboa, vítimas de redes de tráfico humano, que os atraem com a promessa de trabalho, Rita Madeira disse que são sobretudo rapazes, jovens, entre os 20 e os 25 anos e que se concentram no eixo Martim Moniz/Baixa-Chiado/Intendente.
Apesar de ser uma população com alguma rotatividade, a dirigente associativa afirmou que têm sido em média 50 os imigrantes timorenses que estão nas ruas de Lisboa.
Alguns vêm com o objetivo de entrar no Reino Unido, mas a “questão do Brexit impossibilita esse fluxo”, o que estes imigrantes desconheciam, afirmou.
Afastada está a possibilidade de regresso a Timor-Leste porque, apesar de tudo, “veem Portugal e a Europa como forma de encontrarem melhores condições socioeconómicas”, explicou.
“A maior parte não quer regressar a Timor. Há um contexto sócio-económico bastante complicado para os jovens timorenses lá”, afirmou Rita Madeira, acrescentando que, além disso, há a questão de terem contraído “dívidas altíssimas em Timor, algumas com juros muito elevados” para virem para Portugal, por isso, “o regresso a Timor é uma questão sensível”.
“Apesar de estarem nesta situação, sentimos que há uma esperança de que, ainda assim, consigam encontrar uma situação melhor”, acrescentou.
Com a ajuda de intérpretes voluntários de Tétum, a Renovar a Mouraria tem prestado apoio a estes jovens no sentido de lhes dar agasalhos, mantas, sacos-cama e roupa, “necessidades que eles identificaram porque estão a passar frio”.
A Renovar a Mouraria trabalha com a Refood e com carrinhas que distribuem refeições pelos sem-abrigo.
Através do CLAIM Mouraria – Centro Local de Apoio à Integração Migrante tratam das questões mais burocráticas, como apoio à verificação de documentos, informação sobre os seus direitos, identificação de necessidade de inserção no mercado de trabalho.
“Vamos criar em breve novas turmas de ensino de português”, referiu Rita Madeira.
A dirigente associativa disse ainda que a Renovar a Mouraria tem feito uma tentativa de articulação com outros serviços públicos, como a Câmara Municipal de Lisboa, mas não tem recebido resposta.
Nesse sentido, Rita Moreira lamentou que não haja “transparência”, nem uma “resposta coordenada”.
“A nível de coordenação e transparência temos sentido essa lacuna”, afirmou à Lusa.
Por estar ciente de que a sua “capacidade de intervenção é limitada, quer geograficamente, quer a nível de recursos”, é que a Renovar a Mouraria quer cooperar com entidades competentes.
“Um plano de ação estruturado, articulado e transparente será essencial para o acolhimento digno dos timorenses no nosso país”, defende a associação no comunicado.
“A par com ele, devem aprofundar-se as investigações e o desmantelamento das redes de imigração ilegal e tráfico humano que beneficiam com a violação de Direitos Humanos destas pessoas, assim como se deve refletir sobre uma forma ética e responsável de dignificar fluxos migratórios e políticas de acolhimento através de acordos, neste caso, entre o Estado Português e o Estado Timorense”, acrescenta.
MCL/GYM // VAM
Lusa/Fim
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A CADEIA “CHOCANTE” osvaldo cabral

OSVALDO CABRAL A CADEIA CHOCANTE

 

A CADEIA “CHOCANTE”
Um grupo de deputados nacionais, que constitui a Subcomissão para a Reinserção Social e Assuntos Prisionais da Assembleia da República, veio esta semana a Ponta Delgada para visitar a cadeia da Boa Nova.
Depois da visita, a sua presidente comentou que o sentimento de todos os deputados era de “choque; as condições são chocantes”.
Os senhores deputados deviam saber que “chocados” andamos nós, açorianos, há mais de 15 anos, com a incompetência dos
políticos e dos governantes para resolverem o problema do estabelecimento prisional de Ponta Delgada.
As soluções milagrosas são propostas em todas as campanhas eleitorais, mas depois de empoleirados no parlamento de Lisboa,
esquecem-se completamente das promessas de campanha.
Alguns dos responsáveis por toda esta situação estavam naquele grupo que visitou a cadeia, que se deviam envergonhar por serem coniventes com a situação escandalosa que se vive ali dentro e que algumas instituições internacionais não tiveram dúvidas de se tratar de uma violação dos direitos humanos.
Os sucessivos governos em Lisboa têm-se revelado incapazes para solucionar as condições degradantes na cadeia de Ponta Delgada e os últimos dois governos de António Costa tiveram até a ousadia de se envolverem num negócio misterioso para a construção do novo edifício, num terreno sem condições, mas que dava garantias de adiar o processo para as calendas gregas.
O processo está envolto num grande monte de bagacina, onde se vai enterrar quase 3 milhões de euros só para retirar de lá o cascalheiro.
Entretanto, porque tudo foi mal conduzido (o mais provável intencionalmente) o processo está parado nos tribunais devido às trapalhadas habituais da governação central.
A cadeia de Ponta Delgada tornou-se num símbolo da incompetência dos poderes centrais e não admira que sirva, agora, como relíquia visitável para quem andou a dormir este tempo todo em Lisboa.
Esperemos que desta excursão dos senhores deputados surjam resultados na capital do Império.
Até lá vamos esperar.
Provavelmente sentados… no monte de bagacina.
Osvaldo Cabral
Editorial Diário dos Açores 30-10-2022
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PONTA DELGADA JÁ TEVE GRANDES PRESIDENTES DE CÂMARA

Aprender com o passado
A Câmara Municipal de Ponta Delgada já teve grandes presidentes. Vou citar alguns: dr. Francisco de Athayde Machado de Faria e Maia (apesar de oriundo de famílias aristocráticas, era republicano e presidiu com notável serenidade à edilidade após a implantação da República); dr. Alberto Paula de Oliveira (brilhante advogado, oriundo do Algarve, estabeleceu-se em Ponta Delgada, aqui constituiu família, era um institucionalista e deu grande dignidade ao município em pleno Estado Novo); Carlos de Aguiar Rego Costa (empresário, já em democracia, eleito por um partido, deixou o partido à “porta” dos Paços do Concelho para melhor servir todos, o partido, aborrecido, tentou criar-lhe dificuldades); João Gago da Câmara (recebia todos no seu gabinete sempre de porta aberta, teve o grande mérito, entre outros, de acabar com um velho bairro de lata nos arredores da cidade, realojando todos os moradores) e João San-Bento (no seu estilo despachado e popular, ouvia todos na rua e tentava resolver todos os problemas com impressionante pragmatismo).
É preciso olhar para o passado, aprender com o passado, para melhor servir no presente.
You, João Câmara, Henrique Schanderl and 10 others

blogue de tudo e nada para mentes pensantes

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