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  • 30+ Questionable Photos From Real Estate Agents on the Job – Simply Urbans

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    Source: 30+ Questionable Photos From Real Estate Agents on the Job – Simply Urbans

  • Destruir património na Horta

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    Jornal Incentivo, 18.05
    “Mais de mil cidadãos assinaram uma petição contra a destruição do passeio da avenida marginal que foi entregue na Câmara Municipal da Horta (CMH) a 19 de setembro de 2022. Até hoje a Câmara não respondeu aos peticionários”
    Em 19 de Setembro de 2022, apresentámos formalmente à Câmara Municipal da Horta uma petição em defesa do atual passeio de calçada portuguesa da Avenida Marginal, património modernista da Cidade da Horta.
    Para além de mais de 1000 assinaturas, o movimento cidadão que se mobilizou contra a destruição do passeio da avenida marginal, viu associar-se a esta causa apoios de peso entre arquitetos, meios de comunicação social, a Associação da Calçada Portuguesa, a DOCOMOMO Internacional (associação dedicada à documentação e conservação do património do Movimento Modernista) e sobretudo muitos faialenses na ilha ou na diáspora e amigos do Faial incrédulos e inconformados com a destruição deste património cultural e identitário que nos acompanha há mais de 60 anos na Cidade da Horta.
    Oito meses mais tarde, questionámos a CMH em sessão pública, fomos ouvidos pela Comissão Permanente da Assembleia Municipal e pelo Presidente da Câmara Municipal, mas continuamos sem resposta à petição que dirigimos ao Presidente da CMH, enquanto as obras avançam eliminando memórias e identidade e apagando sinais de um dos períodos mais gloriosos da história da cidade.
    Habituei-me a olhar para o poder local como a instância política de maior proximidade com os cidadãos. Sobretudo numa cidade pequena como a Horta e com um presidente filho da terra, é incompreensível que uma autarquia não tenha a perceção do que é importante para a identidade da cidade e para o sentimento de pertença e de memória dos seus habitantes.
    Habituei-me a acreditar, numa democracia consolidada ao longo de 50 anos, que os órgãos do poder autárquico respeitem os pareceres emitidos pelas pertinentes autoridades regionais em matéria de património. Ao invés, em carta recente, de 10 de Maio corrente, a DRAC, interpelada sobre o assunto pelos peticionários, admitiu que embora tenham sido efetuadas (em 2016) recomendações à CMH, visando a melhoria do projeto, “procurando-se soluções mais adequadas e ajustadas à realidade local, sem desvalorizar, destruir ou apagar a marca do passado” (…) “verifica-se que as mesmas não foram tidas em consideração no que diz respeito em particular, à preservação do passeio do pavimento em calçada da Avenida Marginal”, concluindo nada ter a acrescentar por tratar-se “de um projeto da total iniciativa e responsabilidade da Autarquia”.
    Habituei-me, por fim, a esperar que, num Estado de Direito como o que vivemos no nosso país, uma autarquia à qual foi apresentada uma petição pública cumpra o dever imposto pela Constituição portuguesa de informar “em prazo razoável, sobre o resultado da respetiva apreciação” (artº 52, nº1 da Constituição).
    Uma autarquia que não cumpre o dever legal que lhe incumbe de proteger e valorizar o seu património cultural; uma autarquia que não observa as recomendações do órgão regional competente em matéria de salvaguarda de património cultural; uma autarquia que não respeita o dever constitucional de resposta às petições que lhe são dirigidas, afinal responde perante quem?
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    Humberto Victor Moura, Isabel Nolasco and 41 others

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    António Rosa

    o Jornal “Incentivo” refere, numa das suas recentes edições, e com honras de 1ª página, a total ausência de resposta, ao fim de tanto tempo!
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    Manuela Bairos

    António Rosa sim é a edição de ontem… faz hoje 8 meses que apresentámos formalmente a petição … soubemos depois disso que a Direção Regional da Cultura emitiu um parecer em 2016 apontando para a melhoria do projeto de forma a encontrar “soluções ma…

    See mor
  • /cretinos-digitais/

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    A estupidificação digital.
    Os números são inquietantes.
    Uma criança de 3 anos está cerca de três horas diárias em frente a um ecrã; aos 8 anos, está cinco horas; na adolescência, sete.
    Entre a infância e os 18 anos, os miúdos de hoje, pequenos “junkies” eletrónicos, passam o equivalente a 32 anos letivos em frente do ecrã.
    As contas são do neurocientista francês Michel Desmurget, que estuda o fenómeno há quase duas décadas e que põe as coisas de forma crua mas clarividente:
    os ecrãs são uma “fábrica de cretinos digitais”.
    No livro que escreveu com este nome, explica as inúmeras razões pelas quais os nativos digitais – ou seja, as nossas crianças – serão os primeiros a ter um QI inferior ao dos pais, e documenta-o bem:
    apresenta 45 páginas de bibliografia em que cita centenas de estudos científicos que atestam porque esta tendência é preocupante.
    Se este livro foi lido em São Bento e no Ministério da Educação, terá sido depois posto de lado.
    É caso para dizer que valores mais altos se levantam.
    O Governo está apostado numa rápida digitalização da educação, que pode ter os resultados inversos ao que se propõe, que é melhorar o ensino.
    Este caminho vem dar seguimento a um processo que se acelerou, por força das circunstâncias, na pandemia, e que é estimulado agora pelo objetivo do aproveitamento das verbas do PRR, com uma forte componente obrigatória de digital.
    É preciso separar as águas.
    Há, claro, uma parte deste percurso que faz sentido, como a entrega de computadores a alunos e professores, a instalação nas escolas de laboratórios de educação digital para robótica e multimédia e a distribuição de painéis interativos para sala de aula.
    Tudo isto permite um acesso a ferramentas de trabalho complementares, importantes no século XXI.
    O problema está em fazer do digital o principal recurso de ensino, com a prevista digitalização dos manuais escolares e dos testes de avaliação, o que inevitavelmente leva a que as crianças passem a estar ainda mais horas em frente a ecrãs do que aquelas que já passam fora da escola.
    Nesta semana, o tema impõe-se, porque as provas de aferição do 2º, 5º e 8º anos, sob protesto de pais e professores, começaram a decorrer digitalmente.
    Estamos a falar de crianças que fazem testes eletrónicos mal sabendo reconhecer as teclas.
    O Governo quer que, em 2025, todas as provas e exames nacionais sejam neste suporte.
    O que se ganha na redução da burocracia perde-se na apreciação efetiva.
    A questão essencial, quanto a mim, é um ponto de partida errado.
    Está longe de estar provado que uma desmaterialização integral dos recursos educativos traga vantagens inequívocas para as crianças no longo prazo, e muitos estudos dizem precisamente o contrário.
    Um cérebro digital tende a ser mais disperso e impaciente e, por isso, tem mais dificuldade em acionar os circuitos de leitura profunda, que são fundamentais para a inferência, análise crítica e reflexão.
    Não é por acaso que muitos cérebros de Silicon Valley recusam dar tecnologia aos filhos pequenos.
    Como explica a neurociência, tudo o que não for usado e estimulado perde-se em anos críticos de formação.
    O resultado é já notório: as competências linguísticas e a capacidade de concentração estão a diminuir.
    Sim, estamos mesmo, como espécie, a ficar mais estúpidos.
    Tudo isto acontece numa altura em que se vive uma revolução no mercado de trabalho, quando mentes brilhantes discutem os perigos da Inteligência Artificial (IA), que vem substituir funções até agora exclusivas dos humanos.
    Certo é que cada vez teremos mais máquinas a desempenhar mais tarefas diferentes – não se trata apenas dos trabalhos mecânicos ou repetitivos, mas de todos os que possam ser relacionáveis ou programáveis, inclusive através de machine learning.
    Sabe-se que 60% dos trabalhadores estão, hoje, em ocupações que não existiam em 1940, mas estima-se que a IA possa vir a substituir 300 milhões de empregos.
    Neste mundo digital, as escolas têm de apostar naquilo que nos distingue verdadeiramente das máquinas.
    O saber escolástico e os métodos expositivos já não fazem sentido.
    É preciso mudar tudo.
    O ensino deve estimular a interação humana, a criatividade, a empatia, a experiência.
    A sua tarefa principal não pode ser debitar informação – essa está por todo o lado –, mas criar cidadãos que reflitam, que relacionem, que acrescentem, que idealizem, que se mexam.
    Tudo o que um ensino feito através de ecrãs não oferece.
    P.S.: Há dois anos, partiu-se o tablet lá de casa, que era usado pela minha filha mais nova.
    Para seu desespero, optámos por não lhe dar outro.
    Hoje, com 9 anos, é ela a primeira a agradecer-nos: devora livros, pinta, pensa e está sempre a inventar coisas para fazer.
    Foi a melhor decisão educativa que tomei na vida.
    Mafalda Anjos.
    Revista Visão, 18 de Maio de 2023.
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    Chrys Chrystello

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  • Uma República de Garotos

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    Uma República de Garotos
    António Barreto, Público, 20 de maio de 2023
    Pelo carácter atrabiliário e irascibilidade adolescente. Pela palavra gratuita, pela moral que muda, pela crueldade, pela hipocrisia: muitas destas pessoas não deviam ter acesso a postos de comando.
    Podemos ter a certeza: neste caso da TAP, dos respectivos antecedentes e das devidas sequelas, há, entre os seus intervenientes, um ou vários malfeitores. O problema consiste em saber se são todos ou só alguns.
    Podemos ter outra certeza: há, neste processo, um ou vários mentirosos. Falta saber se são todos ou só alguns.
    É ainda certo que há alguém a preparar um roubo, a cometer uma fraude, a obter algo indevidamente, a tentar assassinar politicamente alguém, a liquidar um adversário e a destruir quem sabe segredos. Só não sabemos se é só um, se são vários ou se são todos os intervenientes.
    Sabemos também que estão envolvidos titulares de cargos políticos, altos funcionários do Estado e altíssimos responsáveis da Administração Pública, universo este que pode incluir um primeiro-ministro, vários ministros e ex-ministros, diversos secretários de Estado e ex-secretários de Estado, chefes de gabinete, adjuntos, assessores, auditores jurídicos e administradores de empresas públicas. Uma vez mais, não sabemos se todos ou só alguns têm culpas e responsabilidades.
    É seguro que algo está em causa, mais importante do que um computador, dois socos, três bofetadas e uma ameaça de agressão. Num ministério como este, das Infra-Estruturas, é difícil encontrar documentos confidenciais muito sérios. Também num país como o nosso, não é crível haver segredos de Estado vitais, ainda por cima gravados no computador de um adjunto! Muito dinheiro, muitos interesses, enormes favores e imensas negociações: eis o que pode estar em causa.
    Temos diante de nós a coreografia ou o cenário perfeito da mentira: do mesmo acontecimento, dos mesmos factos, com os mesmos protagonistas, existem pelo menos duas versões contraditórias, dois elencos factuais diferentes e opostos e evidentemente dois perpetradores.
    Um bando em funções de Estado, instituições supostamente respeitáveis, departamentos governamentais com responsabilidades, deputados eleitos e representantes directos dos cidadãos, empresas públicas, escritórios de advogados famosos, salteadores de capitais internacionais, funcionários de Estado obrigados a limpar as estrebarias e empresas internacionais de consultadoria estão atarefados à volta de um ministério. Este, por sua vez, ocupa-se de tudo quanto é importante na economia futura do país: aviões, aeroportos, comboios, caminho-de-ferro, portos fluviais e marítimos, grandes pontes, energia, rede eléctrica nacional, barragens e centrais térmicas e mais, tanto mais, em duas palavras, quase tudo, nas mãos de um ministro… É isso que está em causa! São decisões de muitos milhares de milhões! São os marcos da economia futura do país. É o maior investimento de que há memória e de que haverá crónica no futuro! É isso que está em causa, não é um computador, um telemóvel, uma ameaça contra quatro mulheres, um murro de um homem, uma grosseria de um ministro, um engano de um telefonema…
    Já se percebeu que houve mentira, traição, ciúme, engano, ameaça, violência e abuso. Mas porquê? O que estava em causa realmente? Dinheiro? Interesses estrangeiros? A companhia de aviação? O aeroporto? O lítio? Os comboios e o TGV? A rede eléctrica nacional? As “renováveis”? Uma coisa parece certa: para que os intervenientes se tenham deixado enredar em cenas ridículas próprias de telenovela, é necessário estarem de acordo sobre um ponto: o silêncio sobre o essencial. Fica-nos a certeza de que este silêncio e a zanga têm origem num passado de cumplicidade.
    Ao longo deste processo, pelo que se sabe, alguns ou todos se portaram mal, abusaram de poder e de funções, mentiram, esconderam, ameaçaram, agrediram, roubaram, destruíram, quebraram, negaram, tentaram liquidar, apagaram documentos, “limparam” telemóveis e computadores, sonegaram provas, esconderam fontes e acusaram falsamente outras pessoas. Todos? Só alguns? Quem?
    Raramente, nestas décadas que levamos de democracia, se atingiu um ponto tão baixo de miséria moral, de atentado político, de vilania, de imoralidade e de sem vergonha! Há gente que, por bem menos, reside actualmente na penitenciária, em Custóias ou em Pêro Pinheiro. Raramente como agora a justiça portuguesa esteve tanto em causa. Raramente como agora o Estado de direito esteve tão ameaçado.
    Na máfia, nos gangs de Nova Iorque, entre oligarcas de Moscovo, nas redes de tráfico de droga, no mercado do sexo e de trabalhadores clandestinos, nos serviços de imigrantes, no comércio de armamento, nos arranha-céus de magnates do petróleo ou nos resorts dos bilionários dos metais raros, há procedimentos parecidos com aqueles que se adivinham neste processo. Com a diferença de montantes e de pessoas envolvidas, com certeza. Mas com uma similitude moral indiscutível.
    Parece a República dos Garotos. Pelo que se julgam superiores e infalíveis. Pela superioridade moral de que crêem usufruir. Pela inteligência sistémica com que tratam as estratégias de longo prazo e nada entendem da vida real. Pelo desprezo com que avaliam os outros, a opinião pública e os eleitores. Pelo modo como substituem as regras e as leis pelos seus gestos, os seus gostos e os seus valores. Pelo seu carácter atrabiliário e pela irascibilidade adolescente. Pela palavra gratuita, pela moral que muda, pela crueldade constante, pelo cinismo indisfarçável e pela hipocrisia como hábito e regra: por estes e outros atributos, estas pessoas, algumas destas pessoas, muitas destas pessoas não deveriam ter acesso a postos de comando, nem ter a capacidade de influenciar a vida de outros. Estamos perante pessoas que só têm regras claras e precisas: eles próprios, os seus amigos, os seus partidos, as suas famílias, as suas empresas e as suas auréolas de glória narcisista que designam por interesse público.
    Estes Garotos divertem-se com o mal dos outros, brincam e desprezam os inferiores e os menos dotados, odeiam e perseguem os superiores e mais capazes. E têm enorme consideração por si próprios.
    Como é possível que alguns ministros capazes, alguns governantes decentes, alguns altos funcionários competentes, alguns deputados honestos e alguns profissionais honrados se deixem enlamear por estes Garotos? Nunca se perceberá a razão pela qual académicos probos, professores dedicados, engenheiros competentes, autarcas responsáveis, sindicalistas empenhados, intelectuais com sentido moral da vida e políticos ciosos do bem comum se deixam envolver nesta história a todos os títulos tão sórdida.
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    Manuel Esmenio

    É verdade. Garotos !
    António Cunha Duarte Justo

    E o povo português esqueceu-se da sua sabedoria tradicional que o avisa: “quem dorme com garotos acorda molhado”!