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  • ASEAN ROTEIRO DE ADESÃO DE TIMOR

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    Roteiro de adesão de Timor-Leste à ASEAN exige compromissos em várias áreas
    António Sampaio, da agência Lusa
    Díli, 11 mai 2023 (Lusa) – O roteiro da adesão timorense à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) exige o cumprimento de um conjunto de critérios e marcos, em aspetos tão diversos como acordos e tratados, missões diplomáticas, infraestruturas e compromissos financeiros.
    Detalhes desses compromissos estão definidos no “Roteiro para a adesão plena de Timor-Leste à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)”, aprovado na 42.ª cimeira da organização que está a decorrer em Labuan Bajo, na Indonésia, e a que a Lusa teve acesso.
    O roteiro prevê uma implementação faseada, colocando grande pressão não apenas sobre o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas sobre o resto do Estado, já que a integração regional obriga a amplos recursos humanos em várias vertentes.
    No que toca ao relacionamento com a organização, por exemplo, Timor-Leste tem de designar “agências nacionais de implementação, pontos focais e representantes para reuniões setoriais e grupos de trabalho da ASEAN como parte de um sistema mais amplo de desenvolvimento da coordenação interagências” sobre a organização.
    Timor-Leste tem ainda que “assegurar pessoal de língua inglesa suficiente em todos os ministérios e agências relevantes que participarão em todos os níveis das reuniões da ASEAN”, assegurando “uma representação significativa em todas as reuniões e atividades” da organização e junto da sua rede.
    O ‘peso’ da adesão implica que poderá ser necessário contratar milhares de funcionários e especialistas adicionais, já que o país terá de participar em mais de 1.300 reuniões da ASEAN, incluindo exercícios conjuntos de segurança, e a proficiência necessária para negociar e facilitar as relações com parceiros de diálogo como a China, a União Europeia e os Estados Unidos.
    Igualmente complexas são as exigências de que Timor-Leste precisa de ter “infraestruturas físicas e logísticas necessárias para acolher reuniões e acolher delegados, como faria um Estado-membro da ASEAN, sob uma presidência rotativa”.
    Exemplo disso são hotéis e salas de conferências de grande escala, infraestruturas digitais, um aeroporto capaz de receber delegações ao mais alto nível e “instalações de saúde adequadas para atender às necessidades de reuniões essenciais”.
    Fundamentais são igualmente os requisitos de segurança alargada, incluindo cibersegurança e “sistemas de informação adequados e seguros para garantir a confidencialidade dos documentos internos da ASEAN”.
    O contributo financeiro anual para a ASEAN é de 2,5 milhões de dólares (2,27 milhões de euros), com contributos obrigatórios “para uma lista de fundos e entidades da ASEAN, como a Fundação ASEAN, os seus próprios recursos humanos e custos de participação nas reuniões da ASEAN”.
    Somam-se as “despesas de participação e acolhimento das reuniões da ASEAN, contribuições para o orçamento operacional anual do Secretariado da ASEAN e todos os outros fundos que requerem contribuições anuais obrigatórias, todos baseados no princípio da partilha equitativa entre os Estados-membros da ASEAN”.
    O roteiro, cuja preparação foi concluída com a intervenção de Timor-Leste, determina sete “critérios e marcos” gerais que o país tem que cumprir até á adesão, prevendo missões de avaliação semestrais do seu cumprimento, a serem conduzidas pelo secretariado da ASEAN.
    Timor-Leste tem, por exemplo, que “demonstrar a capacidade e prontidão para implementar e cumprir a Carta da ASEAN” e outras obrigações associadas à adesão, incluindo compromissos financeiros.
    Exige um “plano claro do Governo” para esse processo, que inclui demonstrar a capacidade institucional para implementar e cumprir a “Visão Comunitária da ASEAN 2025” e pós-2025 e os “Planos Comunitários” da organização regional.
    Um dos aspetos mais complexos é a implementação de mais de 80 tratados, convenções juridicamente vinculativas, além de acordos e instrumentos da ASEAN no âmbito dos três pilares da comunidade regional (sociocultural, político e económico).
    Isso implica harmonizar as suas leis e regulamentos em aspetos tão diversos como a economia, o tráfico de seres humanos e contraterrorismo ou acordos sobre gestão de catástrofes e resposta a emergências.
    Neste caso em particular, o roteiro determina que Timor-Leste leve a cabo negociações e consultas com outros Estados-membros da ASEAN para preparar documentos e relatórios relevantes, “empreendendo reformas políticas, jurídicas e regulamentares e/ou promulgando leis relevantes”.
    Timor-Leste já tem missões diplomáticas em todos os Estados-membros da organização (Brunei Darussalam, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar (antiga Birmânia), Singapura, Tailândia e Vietname), sendo que apenas em dois (Filipinas e Myanmar) é que ainda não há embaixadores designados.
    É ainda necessário abrir uma missão diplomática dedicada à ASEAN em Jacarta, chefiada por um embaixador de Timor-Leste e que inclua “funcionários económicos e socioculturais relevantes”.
    No campo diplomático, terá que haver acordos bilaterais sobre o reconhecimento mútuo de passaportes oficiais e diplomáticos com os Estados-membros da ASEAN e “acordos para conceder facilidades de isenção de visto aos cidadãos da ASEAN, em conformidade com o Acordo-Quadro da ASEAN sobre a Isenção de Visto”.
    A ASEAN, por seu lado, compromete-se a dar apoio a Timor-Leste para a implementação do roteiro, incluindo no “reforço das capacidades” do país, cabendo ao secretariado avaliações sobre o cumprimento do documento.
    Relatórios semestrais serão fornecidos pelo Secretariado da ASEAN ao Grupo de Trabalho do Conselho de Coordenação da ASEAN (ACCWG) “sobre os progressos alcançados nas metas intermédias”.
    O relatório dos progressos alcançados será depois apresentado e aprovado pela Cimeira da ASEAN.
    ASP // CAD
    Lusa/Fim
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  • contas da TAP

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    Deste artigo bem pode dizer-se que são contas certas. Só um aperitivo:
    “3,2 mil milhões (6400 IAR) – A TAP tinha, em finais de 2021, cerca de 6600 trabalhadores. O montante que Pedro Nuno Santos enterrou na companhia seria suficiente para pagar a todos os trabalhadores uma indemnização equivalente à que foi acordada com Alexandra Reis. Foram 3200 milhões que demonstraram à evidência a visão estratégica e a capacidade de gestão de Pedro Nuno, o homem que percebe de aviação. Os 3,2 mil milhões permitiriam também indemnizar uma Alexandra Reis todos os dias ao longo de 17 anos. Ou pagar 100.000 euros a cada trabalhador e ainda sobravam 2,5 mil milhões (5000 IAR).
    Uma curiosidade: ao preço a que o Estado alemão vendeu as suas ações, o Estado português poderia ter comprado 59% da Lufthansa por 3,2 mil milhões de euros, obtendo a maioria do capital da empresa. Mudava-se o hub de Frankfurt para Lisboa e os alemães ficavam com as pernas a tremer. Como é evidente, esta ideia não teria pernas a tremer para andar. O Estado alemão e os restantes acionistas privados nunca aceitariam vender as suas participações a um dono completamente irresponsável.”
    Vale a pena ler. E reler, para assimilar bem os números.
    ABC dos Grandes Números
    OBSERVADOR.PT
    ABC dos Grandes Números
    O Estado português gastou 404 000 milhões de euros do dinheiro dos outros para chegarmos ao estado em que estamos. Mas para muitos portugueses o que é mesmo indigno é a indemnização a Alexandra Reis.
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  • a comissão da tap esquece 400 milhões

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    A Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP não inclui a investigação e verificação sobre a compra da empresa por parte de David Neelman e o seu sócio português Humberto Pedrosa, integrados no consórcio Atlantic Gateway, financiando-se os compradores através da aquisição em leasing de 53 aviões (a encomenda inicial era para 12 aviões A350, alterada pelo Neelman quando entrou na TAP) com um empréstimo de 90 milhões contratado pela própria companhia, pagando prestações 20% mais altas que outras companhias pelos mesmos aviões, e com um adiantamento de 190 milhões em fundos Airbus, ou seja uma compra de participação social maioritária que afinal terá sido paga “com o pelo do próprio cão” e com esquemas fraudulentos, que pode ter lesado a TAP em cerca de 400 milhões de euros, e realizada dois dias depois do Governo de Passos Coelho ter caído no Parlamento, e estar então em funções de mera gestão, pois não?
    É só para confirmar o que esta gente da Oposição, e também o Pres
  • açores com nova vaga de caravelas portuguesas

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    Nem tudo o que o vento sul traz, é bom 😞
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    Jose Lopes de Araújo and 16 others

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    Maria Liberia Ribeiro

    O que é? Tão estranho
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    Teresa Canto Noronha

    Maria Liberia Ribeiro são Caravelas de Portugal .. uma especie de alforreca mas muito mais perigosas.
    Gostam de águas quentes e aparecem quando o vento sul traz as correntes mais quentes
  • o barco e o sonho, para os mais novos

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    O BARCO E O SONHO (Agora para os mais novos)
    Por estes dias, considerando ainda a comemoração do “Mês do Livro”, dinamizou-se um conjunto de atividades na minha escola, tendo como base o conto açoriano «O Barco e o Sonho», escrito por Manuel Ferreira, no ano de 1970. Os mais velhos recordar-se-ão, com certeza, do sucesso alcançado pela sua primeira edição ou da sua posterior adaptação para televisão, mas, quando questionados, os mais novos pouco ou mesmo nada sabem sobre esta aventura, o que é lamentável, já que ali se encontram muito bem ilustrados a vontade, a força, o arrojo, a tenacidade, no fundo alguns dos traços e valores mais intrínsecos ao Ser português, e ao Ser ilhéu açoriano, em particular, sempre afoito, sempre em busca do garante de uma vida melhor, mais digna, assim a necessidade o dite.
    Não sendo original na demanda, parece-me que o estudo deste conto deveria ser encarado, pelo menos, como fundamental no percurso académico dos alunos da região (em Português ou História, Geografia e Cultura dos Açores, por exemplo), por isso, foi com imensa satisfação que tomei conhecimento da existência de uma recente adaptação para crianças e jovens, da responsabilidade da professora mariense Sandra de Sousa Bairos, e muito bem ilustrada por Beatriz Arruda, talentosa “designer” micaelense.
    Não havendo aqui lugar a exageros, falo de uma admirável edição: fresca, atrativa, fiel à façanha vivida pelos destemidos Vítor e Evaristo e, acima de tudo, perfeitamente acessível ao público mais jovem, seriamente arredado destas andanças literárias.
    Esta adaptação chega-nos integrada num projeto mais amplo, “Palavras da Minha Terra”, que, harmoniosamente, procura despertar o interesse dos mais novos pelos textos e pelos autores açorianos de qualidade reconhecida. Muitos parabéns aos dinamizadores deste projeto! Oxalá encontrem sempre os apoios de que necessitam e muito obrigado por levá-lo até à Maia e aos nossos alunos.
    Manuel Ferreira, «O Barco e o Sonho», adaptado por Sandra Sousa Bairos, Nova Gráfica, 2019
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    Elsa Cardoso Vicente, Natividade Ribeiro and 6 others

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  • TIREM CONCLUSÕES

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    O ex-líder do Novo Banco António Ramalho vai ser “senior advisor” da Alvarez & Marsal, uma consultora nova-iorquina a quem o mesmo gestor encomendou vários trabalhos no Novo Banco.
    António Ramalho vai trabalhar para a consultora que contratou no Novo Banco
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    António Ramalho vai trabalhar para a consultora que contratou no Novo Banco
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    Manuel Bernardo Campos Costa and 973 others

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  • Orquestra do Algarve regressa a Lagoa para mais um concerto promenade

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    O maestro convidado é Henrique Constância e o anfitrião é Rui Baeta

    Source: Orquestra do Algarve regressa a Lagoa para mais um concerto promenade