OSVALDO CABRAL, VACINAR OU NÃO

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O Secretário Regional da Saúde tem razão: as medidas sanitárias devem ser adaptadas conforme as circunstâncias.
Não se trata de recuar ou avançar precipitadamente, é tudo uma questão de avaliação do momento e da dimensão das implicações de cada medida.
É neste quadro de bom senso que faz todo o sentido avaliar profundamente os prós e contras de uma vacinação massiva em Rabo de Peixe.
Devem os prevaricadores serem vacinados?
É um prémio ou é uma precaução para estancar o contágio que nunca mais pára?
Esta questão não é propriamente uma originalidade nossa.
Ela decorre em todas as regiões onde o problema se coloca em matéria de prioridades de risco.
Por exemplo, a Ministra da Saúde veio esta semana alertar que a abertura da economia depende de muitos factores a considerar, tendo pedido uma reavaliação aos peritos, cientistas e profissionais de saúde, face à situação de “a quase totalidade da população em maior risco estar vacinada” em Junho para saber se haverá mudanças de regras de vacinação.
Depois de uma reunião dos ministros da Saúde dos 27, Marta Temido explicou que a estratégia, por exemplo, para o Algarve, que admite começar já a vacinar os mais jovens, faz parte das estratégias particulares a considerar.
Isto é, a comunidade jovem do Algarve está a concentrar-se neste início de verão nos locais mais frequentados pelos turistas, sendo uma autêntica “bomba” exposta ao contágio.
Se queremos uma imunidade rápida e um Verão tranquilo para receber turistas, é imperioso reflectir sobre todas as hipóteses, incluindo a vacinação de grupos ou comunidades onde o contágio se apresenta devastador, como é o caso de Rabo de Peixe.
Não é nenhum estigma. Trata-se de saúde pública e da defesa de uma ilha inteira.
Resta saber se esta é a solução para o problema. Os especialistas dizem que não, alegando que a imunidade de grupo só se consegue com a vacinação da ilha inteira.
Outra coisa é a sensibilização para a vacinação.
Não se compreende que, passadas tantas semanas depois do Governo Regional ter anunciado uma vasta campanha publicitária de sensibilização para as vacinas e combate à Covid, continue tudo na mesma.
Pelo que vamos sabendo, é mais uma prova de que a monstruosa máquina burocrática da administração pública regional não funciona, ou funciona tão mal, tão mal, que nem para pôr de pé uma simples campanha pública de sensibilização se mostra competente.
Uma vergonha para esta administração pública regional, que só alimenta burocracias, interesses particulares e faz desmotivar quem ainda acredita na política descentralizadora e autonómica da região.
Alimentaram o monstro durante anos e agora não sabem lidar com ele. É disto que também se faz o atraso destas ilhas.
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O Santa Clara voltou a fazer história.
No meio de tanta desgraça política e sanitária, ainda vamos tendo, de vez em quando, estas alegrias para consolo da alma açoriana.
Além da melhor classificação de sempre, conquistar um lugar na pré-eliminatória da Liga Conferência Europa é obra.
É verdade que a equipa açoriana já tinha disputado a Taça Intertoto, há quase duas décadas, mas a Liga Europa não é a mesma coisa, muito menos nesta conjuntura, com enormes dificuldades para os insulares, que nem um campo de treino possuem.
Estão de parabéns todos os jogadores, a equipa técnica liderada pelo mister Daniel Ramos e todos os dirigentes na pessoa do Presidente reeleito Rui Cordeiro.
É destes feitos históricos que se faz o orgulho em ser açoriano.
(Osvaldo Cabral – Diário dos Açores de 23/05/2021)
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