OSVALDO CABRAL APOIAR SÃO JORGE

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Apoiar S. Jorge
A crise sísmica na ilha de S. Jorge já vai longa e
ninguém sabe como e quando irá terminar.
Até lá, os jorgenses já podem contabilizar uma
série de custos e contratempos, que se tornarão
insuportáveis para muita gente.
O Governo Regional tem estado muito bem na
prontidão e eficácia quanto às medidas preventivas face a uma eventual catástrofe, mas também
já é tempo de dar um sinal ou uma resposta cabal
àqueles que mais estão a ser prejudicados nas suas
vidas – famílias e empresas -, no sentido de, pelo
menos, minorar os prejuízos.
Em termos de turismo este será, certamente, um
Verão perdido, o que se vai reflectir em quase todos
os sectores de actividade, assim como nas outras
indústrias da ilha, a braços com a falta de mão de
obra devido à saída de alguns trabalhadores e a uma
menor capacidade de produção.
Para estes há que criar linhas de apoio específicas. Sabemos que algumas secretarias regionais já têm preparado o desenho de apoios específicos, faltando agora a decisão final do Conselho do Governo.
Há que encontrar, também, um modelo de
apoio a famílias que, temporariamente, perderam
o trabalho, não se encontram nas suas habitações
e algumas não tiveram outra solução senão sair da
ilha.
Aliás, logo que foram aconselhadas a abandonar as suas casas devia-se ter criado, de imediato, um
gabinete de acompanhamento, que fizesse o levantamento sobre a situação de cada uma das famílias, o seu destino e o grau de necessidade.
Talvez ainda se esteja a tempo, em colaboração com as autarquias da ilha, de elaborar um retrato fiel de cada uma das localidades mais atingidas pela crise e estudar uma forma de ajudar as famílias e as empresas.
A solidariedade açoriana nunca faltou a nenhuma ilha em situações semelhantes.
Não poderá faltar agora.
Novo governo
António Costa tomou posse como Primeiro-Ministro do seu novo governo de maioria absoluta.
Dele espera-se um relacionamento diferente com
as Regiões Autónomas, porque o mandato anterior
foi uma desilusão em relação aos Açores.
O facto de integrar na equipa de secretários de
Estado um destacado dirigente do PS madeirense,
ignorando qualquer socialista açoriano, pode ser
um sinal de que o futuro relacionamento com a
nossa região é para continuar com promessas não
cumpridas.
São muitas, que até vêm do tempo do governo
de Vasco Cordeiro, e que talvez tenham contribuído
para a queda eleitoral dos socialistas nos Açores.
O tempo o dirá.
Estaremos em alerta.
Editorial Diário dos Açores 03-04-2022
Osvaldo Cabral
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