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Os “programas ocupacionais” carecem de verdade
É preciso dizer que os chamados “programas ocupacionais” não são “emprego”. Em muitos casos, são até uma forma encapotada de vergonhosa exploração de jovens à procura de emprego e que precisam de auferir algum rendimento.
Os Governos – da República e Regionais – inventaram os “programas ocupacionais”, derramam sobre eles uns milhares ou mesmo milhões de euros e ficam com a consciência política tranquila. Para cúmulo, quem usufrui dos tais “programas ocupacionais” não conta para as estatísticas do desemprego, quando na verdade são desempregados, embora temporariamente “ocupados”. Grande manipulação das estatísticas, para não dizer coisa pior.
Só cerca de 18% (números oficiais) dos que participam nos “programas ocupacionais” são depois contratados pelas empresas, que vão sucessivamente recebendo jovens através desses “programas ocupacionais”, sem ficarem com qualquer responsabilidade sobre eles em termos de contratação efectiva. E, entretanto, os milhares ou mesmo milhões a “correrem”…
Os partidos, quando estão na oposição, criticam os Governos, por os participantes dos “programas ocupacionais” deixarem de contar para as estatísticas do desemprego, mas, chegados ao poder, a “receita” é precisamente a mesma. Sem pôr nem tirar!
É preciso desenvolver, sim, uma política de inserção no mercado de trabalho de muitos jovens, mas com reais condições, com absoluta verdade e sem baixa politiquice à mistura, para tentar mostrar “serviço”, que, afinal, não é tão grande como se apregoa.
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- Crisóstomo PonteFalsificação e manipulação de estatísticas e dinheiros públicos
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