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Recados à Atlanticoline
Já saíram os horários da Atlanticoline (linha amarela) para as viagens de Sta Maria às Flores.
A primeira viagem inicia-se no dia 9 de maio com o navio A. Em 16 de junho junta-se-lhe o navio B, provavelmente o catamaran que já cá andou e que, sendo embora mais rápido, não proporciona viagens agradáveis, dadas as caraterísticas do navio. Não recebe a aceitação dos passageiros porque as ligações inter-ilhas são turbulentas, agitadas e tormentosas.
O ciclo das ligações termina para os passageiros do grupo central que pretendam voltar a São Miguel e Terceira no dia 22 de setembro – terça-feira, o que penaliza a estadia dos que regressam a casa ( o ano passado aconteceu na viagem de 27 de setembro).
O navio em questão, regressando na terça-feira a Ponta Delgada realiza até domingo – 27 – TRÊS viagens a Santa Maria (23,25 e 27) ficando parado nos intervalos.
Se a administração da Atlanticoline conhecesse os motivos por que os passageiros vindos das “ilhas de baixo” querem regressar quanto mais tarde possível, teriam tido em conta isso. Mas não. Muda-se o que está bem…
Merece-me também reparo o fato de, este ano, e pela primeira vez, os horários da linha amarela não referirem a realização da Semana dos Baleeiros nas Lajes do Pico, na última semana de agosto – um dos festivais mais antigos e mais conhecidos dos Açores. Nessa mesma semana, porém, menciona-se uma Festa de Sto António da Vitoria, na Graciosa, de menor dimensão. É grave esta lacuna pois revela a duplicidade de critérios na promoção das festividades e eventos mais importantes da época de verão.
Não sei se os autarcas lajenses deram pelo lapso, ou se foram consultados para o efeito. No entanto, ainda se está a tempo de corrigir este lapso, bem como o reparo anterior para que os passageiros das “ilhas de baixo” desfrutem do prazer de ficar mais uns dias na terra onde nasceram.
Já agora, aproveito para sugerir à administração da Atlanticoline que aproveite as potencialidades enormes das novas tecnologias para dar uma imagem mais apelativa ao site da empresa. Quer os horários, quer o próprio site têm uma apresentação muito pobre e ultrapassada. Cabe a esta empresa pública, promotora da mobilidade e da atividade turística facilitar também links relacionados com a atividade.
Para quê a publicação de revistas se as plataformas digitais são mais acessíveis e baratas?
José Gabriel Ávila
jornalista