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Ontem foi-me impedida a entrada na loja da Pepe Jeans do CascaiShopping. Pediram-me para pôr álcool gel nas mãos e eu disse que não podia, porque fazia reacção alérgica. Não menti, coloquei no início do estado de emergência, em pouco tempo fiquei com as mãos cheias de bolhas e logo a seguir em ferida. Reviraram os olhos com a minha resposta e disseram-me que era obrigatório. Disse-lhes que o que estava prescrito era higienização das mãos e que as minhas estavam lavadas. Também não menti, lavo as mãos com regularidade por hábito antigo.
Veio outra colabora da loja juntar-se à conversa, com aquele ar autoritário e arrogante de quem se acha com poder para comandar sem ser questionada. As normas são do CascaiShopping disse ela. Acrescentou que tal como em minha casa as regras são feitas por mim, ali as regras são determinadas pelos responsáveis das lojas e eu se não quiser obedecer, não vou lá! Perfeito! Nem agora nem nunca mais, mas a minha casa não é um espaço aberto ao público e estes também não podem fazer o que lhes apetecer sem regra. O livro de reclamações, por favor!
Ficou feita a reclamação ontem, estou a elaborar reclamações para a gestão do CascaiShopping, seguir-se-ão todas as outras de que me lembrar e aceito sugestões de entidades a quem as poderei endereçar.
Não estou doente, não conheço ninguém que esteja ou tenha estado sinalizado como positivo com o “coiso”, nem sequer toquei em nada, o ar de agressividade defensiva com que fui recebida deixou-me perplexa. Fui objectiva na forma como comuniquei, firme, embora sem ser ostensiva. Reparei que para escrever no livro de reclamações não houve receio de que este ficasse contaminado, com o imenso potencial que eu supostamente tinha de estar infectada. Pegaram na caneta e no livro depois de eu ter terminado, sem qualquer tipo de preocupação. O curioso é que durante a conversa me tinham dito, que o problema é que se eu mexesse nalguma coisa, elas depois íam tocar nas mesmas peças e ficavam logo contaminadas.
Retiro deste episódio que as pessoas interiorizaram que se taparem as vias respiratórias com um pano e se desinfectarem as mãos, estão seguras, quem não o fizer é uma ameaça e mais nada importa. Posso usar uma máscara toda suja e cheia de porcaria, posso atirar para as mãos seja lá que mixórdia for que tenha metido dentro de um frasco de álcool gel, desde que faça o teatro, sou segura e saudável. Se depois de besuntar o álcool nas mãos, baixar a máscara para esfregar o nariz, não faz mal, já dei sinal antes que sou uma pessoa responsável e confiável.
Obedeço e sou aceite ou não obedeço e mereço ser maltratada. É isto que se está a interiorizar.
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