os inúteis a subirem ao poder

A CAUSA DAS COISAS
Vi recentemente, aqui pelos meus lados, um clássico da literatura laboral. Um colega com um cv fraquíssimo, pouca ou nenhuma competência e uma mão cheia de nada para mostrar no lado dos resultados, a queixar-se de outro, de inquestionável competência, sincero na abordagem e livre no pensamento.
A notícia que surge no Público sobre a Raquel Varela, com chamada na capa, fez-me pensar nesta dança dos inúteis que se encobrem na sombra do anonimato. E honestamente é para mim uma desilusão. O jornal, note-se, que em tempos foi o meu diário preferido em Portugal.
Há duas coisas que no nosso rectângulo começam a ganhar alguma forma: julgamentos em praca pública e denúncias anónimas com crédito. Neste caso, “vamo lá a ver”, cheira a encomenda, não é?
A Raquel Varela coloca-se em posição de escrutínio todas as semanas. Defende as suas opiniões, que não serão consensuais certamente, em antena aberta. Na RTP, na Antena 1 e em todas as palestras que dá. Tem o CV espalhado por todo o lado, livros escritos e até as provas de agregação foram feitas em directo ( com stream disponível) para quem quisesse acompanhar. Ou seja, sujeita-se a um caminho cheio de cascas de banana, toda a santa semana.
E o mais incrível? Não cai. A mulher não cai. Dir-me-ão que é sorte, coisa do momento, uma espécie de aventureiro que se põe em cima de uma prancha de padel pela primeira vez e…não cai.
Tenho uma teoria diferente. Acho-a uma máquina. Estuda, aprende, trabalha e evolui. Vi e ouvi. Ninguém me contou.
E nisto, com um CV do tamanho do mundo disponível para consulta há anos, eis que dois investigadores anónimos alertam para irregularidades? Anónimos? E isso já faz capa no Público? E quais são as irregularidades? Que repete duas vezes o mesmo livro porque coordenou a edição e escreveu um dos artigos publicados? Por acaso são um e o mesmo trabalho?
O artigo do Público é escrito sem deixar a dúvida, sem qualquer presunção de inocência. Quem lê aquilo fica com a exacta imagem que os anónimos querem deixar. Um machadada na credibilidade de uma profissional competente e um julgamento em praça pública.
Curiosamente, ou não, a notícia sai um ou dois dias depois da Raquel, na TVI, ter defendido um manifesto que condenava a censura feita pelo Público a um artigo do Pedro Girão.
De uma só penada, a capa do Público valida a censura, a sombra do anonimato de dois inúteis e promove (mais um) julgamento em praça pública. Portanto, torna-se oficialmente um braço do Correio da Manhã.
E atentem, pelo número de partilhas, como os leitores do jornal procuram mais essa notícia do que qualquer outra. Claramente a voz dela deve chegar a qualquer lado que incomode…
A Raquel, ajudada pelo Garcia Pereira, terá que lutar agora para repor o bom nome num país onde, como se vê, ser filho-da-puta ainda é profissão.
Não estás só.
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A RAQUEL
Vi recentemente, aqui pelos meus lados, um clássico da literatura laboral. Um colega com um cv fraquíssimo, pouca ou nenhuma competência e uma mão che…

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