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OS CICLOS DE MEDO
E O RETORNO DO IRRACIONAL
Acabada a leitura de uma obra de James Blish, intitulada “O Dia depois do Juizo Final” ( Col. Argonauta, nº402) retive dela algumas conclusões que aqui se partilham.
A história da Ciência não tem sido linear e dela pressupomos alguns ciclos de estagnação e dúvida. A seguir, eclodem renascimentos temporários e perídos de memos fulgor e mesmo de contestação. Do autor, retira-se a ideia de que “a mente humana passa por ciclos de medo….incapaz de aborser e aceitar um certo volume de conhecimentos que ela não absorve nem integra. Excedido esse limiar, a mente humana entre em pânico como que rejeitando novas aquisições e inventando motivos para as renegar e regressar a uma nova Idade da Escuridão. As justificações (desculpas) são do foro mítico, da (desrazão).
O autor susgere que estes ciclos podem ser milenares. De inicio, as pessoas vivem satisfeitas com os seus deuses ainda que os temam. Depois, emerge uma secularização imparável, o mundo seculariza-se e os deuses parecem ser cada menos relevantes. Os templos desertificam-se. Depois, subitamente, a secularização atinge os limites do suportável e as pessoas passam a adorar o Grande Satã ou a Grande Mãe Os primeiroa pânicos ocorreram cerca do ano Mil d.C. quando se aguardava a Segunda Vinda de Cristo, razão maior da ascensão do obscurantismo. Com a dealbar do novo milénio as mentes atemorizaram-se com o mesmo, a secularização a ele afetada, as nossas armas biológicas, os nossos computadores, as nossas tablets e smarthfones, a medicina regenerativa, a A.I. que desponta no alvor do “Dia Seguinte”… Medos novos, e de novo o retorno ao Irracional, deus antionómico de um Jeová punitivo. Cultos novos fundados em (in)certezas vistas como negativos dos dogmas originais. Novos demónios eclodem no horizonte dos dias…
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