Ordem dos Enfermeiros pede intervenção urgente sobre condições dos postos de testagem

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Ordem dos Enfermeiros pede intervenção urgente sobre condições dos postos de testagem à covid-19
Após ter reunido de urgência com o Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel, a Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros dirigiu-se ao posto de testagem drive-thru em Ponta Delgada, no seguimento de vários relatos que denunciavam condições de trabalho insustentáveis agravadas pelo estado do tempo.
Atendendo à gravidade dos relatos recebidos acerca das condições em que os profissionais estavam a desempenhar o seu trabalho nas tendas sob chuva intensa, a Ordem dos Enfermeiros considerou ser indispensável uma visita ao local, bem como a obtenção de esclarecimentos junto dos responsáveis. “Não tínhamos como não vir ao terreno, não estar com os enfermeiros, que continuam em condições péssimas a fazer este trabalho fundamental para a Região”, afirmou o Presidente da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros, Pedro Soares.
Nesse sentido, a Ordem dos Enfermeiros procurou, em primeiro lugar, obter resposta junto da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel (USISM), cujo Conselho de Administração (CA) se comprometeu, a resolver do problema, tendo sido de imediato identificada uma solução provisória. “Apesar de não ser a solução ideal, foi demonstrada vontade em encontrar uma solução definitiva e digna, tanto para os profissionais como para a população”, lê-se no comunicado enviado às redacções.
“Pudemos conversar com o Presidente do CA da USISM e a sua equipa e perceber que têm tentado remediar com aquilo que têm, no sentido de melhorar as condições tanto para os enfermeiros como para as pessoas. Agora é preciso quem de direito olhar no imediato para esta situação e corrigi-la, ou amanhã não temos enfermeiros para esta luta!”, avisou Pedro Soares.
Contudo, a Ordem dos Enfermeiros adianta que a situação em São Miguel “não é caso único, havendo registo de inconformidades graves na Terceira e no Faial.
No que diz respeito ao cenário que encontrou na ilha Terceira, Pedro Soares afirma que se conseguiu “uma boa solução”, mas que “não podem os enfermeiros chegar para iniciar as testagens e encontrarem o espaço completamente sujo, com dejectos de animais espalhados pelo chão. Estes espaços têm de ser dedicados exclusivamente ao fim a que agora estão destinados. Isto não vai parar tão cedo, portanto há que criar espaços exclusivos, com todas as condições”, alertou, adiantando que “na Horta recebemos várias denúncias, inclusive o drive ficou inundado sendo que a Unidade de Saúde da Ilha do Faial teve que remediar da melhor maneira, mesmo assim nesta nova solução temporária, em tempo de chuva, acumulam-se pessoas na rua, sem as mínimas condições para aguardar, como nos mostra as fotos que recebemos. Temos a informação que vão mudar para um pré-fabricado num parque de estacionamento em bagacina em frente ao Hospital, nem queremos imaginar como será em tempo de chuva”, relata Pedro Soares a propósito dos relatos recebidos da ilha do Faial.
Para a Ordem dos Enfermeiros, estas situações revelam uma “manifesta falta de planeamento, reflectindo-se de forma grave nas condições de trabalho dos profissionais. “Tivemos tempo de sobra para preparar o Inverno, estas testagens são fundamentais para a nossa segurança. As equipas de enfermagem estão para lá do seu limite, o que me preocupa já que ao cansaço se junta as péssimas condições. Assim não podemos continuar”, conclui Pedro Soares.
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  • Uma coisa é a organização, o profissionalismo, agora, o que é que passou pela cabeça da Autoridade Regional de Saúde? Que isso só durava uns dias_semanas? Que os profissionais de saúde iam continuar calados ou que ninguém ia dar conta? Que falta de res…

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  • Só comprova a falta de planeamento, com a experiência da primeira vaga já era tempo de terem condições dignas para os profissionais de saúde e para os utentes.
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