ontem morreram 535 pessoas e de covid eram 95….

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Ontem morreram em Portugal 535 pessoas, num dia normal teriam morrido 250 (média), embora de Inverno este número tende a subir na fase gripal. A questão fundamental é esta – das 535 menos de 100 – precisamente 95 – morreram de COVID. As outras por outras razões. Temos um problema grave de visão sistémica. Mais medo, mais pânico, mais confinamento e nada se resolve.
O SNS tem as urgências normais abaixo da utilização, pese embora a abertura de notícias com “caos nas urgências” (algumas estão muito abaixo de anos anteriores); há menos médicos no SNS; mesmo os privados estão abaixo da capacidade porque com a crise económica seguros foram suspensos; parou actividade “não urgente” no SNS (o que é exactamente “não urgente” neste contexto?); a electricidade é uma das mais caras da Europa, as casas não têm condições para o frio, etc., etc. O Primeiro Ministro propõe? Confinamento. Não é muito difícil governar assim, com superficialidade e medo, ignorando a realidade, e partindo do pressuposto que a maioria do país não tem conhecimentos que lhe permitam conhecê-la com densidade. Dentro da casa (e do lar) juntinhos, confinados, recolhidos obrigatoriamente, com 14 graus e uma mantinha…gelados, eis a receita, mais um milagre português. Vem aí em breve a justificação sazonal: mortes por “onda de frio” e “onda de calor”. Quando no século XXI ninguém morre por frio ou calor – morre-se por falta de condições para combater o frio e o calor e por um SNS sem capacidade de dar reposta. Além das mortes por COVID em lares, que quase 1 ano depois continuam sem parar.
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