OBITUÁRIO CUNHA DE OLIVEIRA

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Víctor Alves

Deixa marca profunda na liberdade de pensamento

FALECEU CUNHA DE OLIVEIRA.

Faleceu esta quarta feira em Angra do Heroísmo Artur Cunha de Oliveira, Contava 93 anos e era dono de um currículo invejável.
Licenciado em Teologia e Ciências Biblicas, sacerdote católico dispensado do ministério e casado, foi professor no Seminário Episcopal de Angra, cónego da Sé, assistente diocesano de vários movimentos, organismos e associações de apostolado e, na sociedade civil, diretor do diário A União, co-fundador do Instituto Açoriano de Cultura de cujas Semanas de Estudo dos Açores foi secretário permanente durante vários anos.
Foi também presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, diretor e fundador do Departamento Regional de Estudos e Planeamento dos Açores (DREPA), deputado ao Parlamento Europeu, presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz e da Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo. Desempenhou também diversos cargos em colaboração com instituições culturais e recreativas, na ilha Terceira.
O jornalista José Manuel Santos Narciso escreveu há pouco num post que publicou nas redes sociais: “foi um dos grandes pensadores culturais e teológicos do século XX nos Açores. Controverso quanto baste, foi um combatente, em todo o tempo e em todas as dimensões, contra o que ele mesmo chamava de psitacismo cultural e religioso (a repetição de ideias e frases feitas, sem assimilação e análise individual). Artur Cunha de Oliveira deixa uma marca profunda na liberdade do Pensamento, nos Açores, essencialmente porque foi capaz de cortar amarras com todas as instituições, nomeadamente com a Igreja, sem nunca as secundarizar, nem deixar de defender os seus valores. Professor, Político, Teólogo, escritor, desde os tempos de Seminário, Semanas de Estudo Açorianas, Instituto Açoriano de Cultura, DREPA, Parlamento Europeu e municipalismo, foi um interventor inesquecível”.