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Não, não é piada. Não, não é mito. É episódio recentíssimo e foi-me contado (e testemunhado) por um grande amigo meu que, desde sempre, tenho tido como muito rigoroso nas suas palavras…
Local: um dos cafés da Esplanada Silva Guimarães, na Avenida Marginal, de frente à Praia do Relógio, na bela (e próxima) cidade balnear da Figueira da Foz; Data: anteontem, sábado, 26 de Setembro; Os protagonistas: um grupo de 5 ou 6 turistas “Espanhóis” de que o meu amigo não conseguiu perceber a Região-natal;
Conversa entre eles (que chegou a ter tom elevado, típico da espanholada a conversar, e fruto de uma manifesta irritação de alguns deles com um “facto sucedido”) : argumentava uma das senhoras que – face à proximidade com Espanha, ao tamanho do mercado espanhol versus Portugal, ao facto de Espanha ser o maior emissor de turistas estrangeiros para Portugal – era incompreensível como é que em Portugal o “espanhol” não era, no mínimo, 1a língua estrangeira no ensino, obrigatória, ou, até, porque não, língua co-oficial!!! Assim, sem tirar nem pôr, com todas as letras.!! Pode parecer uma alucinação de uma senhora de meia idade… mas a verdade é que este é um sentimento crescente entre muitos espanhóis que nos visitam, mesmo quando têm pudor em o dizer de forma tão clara!
Ah, a causa de tamanha indignação? A senhora não conseguia perceber as etiquetas com o nome de diversas variedades de gelado/sorvete artesanal, existentes numa famosa gelataria da cidade (e que estão rotulados em Português e Inglês)!
A verdade é que começo a ficar farto até aos colh… com este tipo de sobranceria imperialista (e linguista) castelhano-espanholista, que tem vindo a aumentar consideravelmente nos últimos anos (sobretudo desde que Portugal se tornou um dos principais destinos turísticos a nivel mundial)!
— feeling irritated.