O PÚBLICO EMBARCA NO PLÁGIO E NEM DESCULPA PEDE…

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A banalização do plágio – um roubo normalizado
Eu fui um dos autores plagiados pelo José Bártolo, na sua História do Design Gráfico em Portugal, publicada pelo jornal Público como uma coleção de livros.
Esta história miserável é-nos aqui relatada pelo Nelson Zagalo. E eu partilho-a.
Quando me alertaram para o plágio, escrevi ao autor de tal façanha, José Bártolo, com conhecimento ao diretor do Público, Manuel Carvalho.
Do autor recebi umas desculpas pífias e inaceitáveis.
Do diretor do Público, Manuel Carvalho, não recebi resposta nenhuma.
A obra foi agora reeditada pelo jornal Público. Mas não resolveu o problema, tendo-o mesmo agravado.
Aconselho a leitura do post do Nelson Zagalo.

Plágio no Design Português: roubar à descarada
Em novembro de 2022 o jornal Público iniciou a publicação de uma coleção de livros — designada “História do Design Gráfico em Portugal” — criada pelo professor José Bártolo, um crítico e curador de referência do design português. Em dezembro 2022, dois professores da Universidade do Porto deram o alerta para problemas graves de plágio. Em poucos dias o Público retirou a coleção de venda e passados mais alguns dias anunciava que, em vez de abandonar a coleção e pedir explicações ao autor, iria ser realizada uma segunda edição com a revisão de todos os “erros”, leia-se plágios! Foi dito aos leitores que poderiam depois pedir a substituição dos primeiros livros. Não houve uma palavra do Público para com os autores plagiados. No final de fevereiro 2023, saiu a reedição, alegadamente revista, e desta vez com nomes do design português a assegurar, dizem, uma completa revisão por pares. Hoje, 4 de Maio, e para nossa total estupefacção, os mesmos professores da U. Porto publicaram os resultados da análise desta 2ª edição e não só uma boa parte dos plágios da 1ª edição continuam lá, como surgiram novos problemas! Irá o Público agora realizar uma 3ª edição e substituir todos os livros vendidos da 1ª e 2ª edições?
Estamos a falar de de páginas inteiras roubadas de livros e teses. São 9 livros, e todos, sem exceção, apresentam plágios, maiores ou menores. O capítulo IV do Volume 2 é praticamente decalcado da tese de doutoramento de Tiago Moita defendida em 2017. Como é que um autor, depois de lhe ter sido apontado o problema, mas mais do que isso, depois de a sociedade ter dado mostras de uma enorme complacência e de lhe ter oferecido uma rara segunda oportunidade, apresenta um trabalho assim? A única explicação possível aparenta ser a ausência de competências para dar resposta ao trabalho em questão.
Se os colegas do Design manifestam vergonha pela área, eu manifesto vergonha pela academia portuguesa.
Mas o jornal Público não fica melhor na fotografia. Apesar de avisado, e de lhe ter sido fornecido amplo material, limitou-se a fazer comunicados inconsequentes, demonstrando uma total inoperância, e confirmando a anuência do plágio, como já tinha acontecido no caso Belanciano. O Público até pode dizer que não é o editor dos livros que apenas os distribui, mas para todos os efeitos distribui-os a partir da sua loja, publicita-os amplamente nas suas páginas, tendo-se associado ao lançamento da obra. Tem de saber o que está a vender, e sabe, se não soubesse não teria apagado todo o rasto da primeira edição nas suas páginas online.
Para compreender toda a história e analisar no detalhe a documentação produzida pela análise das duas edições, sugiro a leitura do blog Uma História Grave, da autoria de Mário Moura e Maria José Goulão, ambos professores da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Publicado no blog com links para os factos: https://virtual-illusion.blogspot.com/…/plagio-no…
Deixo o link direto para o Uma História Grave: https://umahistoriagravedodesigngraficoemportugal.design….

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Manecas Tiane

inaceitável!

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