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Hoje de manhã, numa escola perto de si, preparando profissionais que daqui a uns 2 anos estarão no mercado a pedir-lhe o seu dinheiro a troco do serviço que lhe estarão a oferecer:
Um professor A vinha a subir as escadas quando ouviu algum estudante, num grupo destes, a dizer “O professor B é um sismado*”. O professor A disse-lhes que era ofensivo dizerem isso de um colega dele, que não acreditava que fossem capaz de o dizer em presença do professor B (ambos estes professores têm um longo treino de artes marciais e/ou desportos de combate), e que até daria 200€ ao estudante que repetisse o dito ao colega no gabinete da diretora da escola.
Imediatamente um dos estudantes (acompanhado por outro) se dispôs a fazê-lo.
O professor B encontrava-se precisamente com a diretora no gabinete dela. Onde o professor A levou os 2 estudantes, fiado que não chegariam a bater à porta, ou que acabariam por se retrair…
Ao contrário, depois de entrarem o 1º estudante encarou o professor B e, sem mais e olhando-o de frente, disse “O professor é um sismado*!”.
Depois do governo ter estabelecido que uma expulsão por excesso de faltas injustificadas (nomeadamente em consequência de processos disciplinares) constitui dupla penalização, logo é inconstitucional, o professor B ou a própria diretora pedagógica não perderam tempo a gerar um processo ao estudante.
O professor B limitou-se a apontar ao estudante (e ao acompanhante) que a informação que lhe caberá prestar aos empregadores sobre a oferta de trabalho por estes candidatos é que eles serão imprestáveis para um posto de trabalho que, no caso do curso desses estudantes, requer como principal competência precisamente a comunicação (!).
Perante o espanto/indignação do professor A, os 2 estudantes declararam que na verdade não tinham sido eles a dizer a frase nas escadas. E o primeiro explicou: “Faço tudo por dinheiro!…”.
No entanto não reclamaram ou sequer manifestaram surpresa quando o professor A não pegou na carteira para lhes pagar os 200€. Não terá sido pois por dinheiro que foram ao gabinete da diretora para invetivar o professor B. Dispuseram-se a tudo isso pela mera encenação, designadamente perante a plateia de todos os outros estudantes. Descredibilizando assim por inteiro os 2 professores, a diretora pedagógica, e por arrasto toda a escola.
* “Sismado”, em micaelense, significa um estado mental ou mesmo personalidade entre o tarado e o tolo.
É nestas escolas, é entre estes estudantes, que se estão a preparar hoje os diplomados ou certificados que, nos próximos anos, se candidatarão a postos de trabalho para as próximas décadas.
Caberá agora a cada escola disponibilizar informação que faculte aos empregadores decisões apropriadas de contratação.
Caberá agora a esses empregadores reconhecer que um mero diploma não tem já qualquer significado, e servirem-se de outros meios para a seleção dos respetivos colaboradores. E caberá a cada cliente selecionar os produtos das empresas que se não enganem na seleção anterior.
Entretanto, cabe a cada mãe/pai evitar o mais possível colocar os filhos em escolas onde terão colegas como esses, onde contarão com professores e diretores pedagógicos cujo grau de exigência (quando não mesmo o empenho) apenas pode ser o que se pode imaginar. Ou cabe-lhes pelo menos compensar o melhor possível, na sua educação familiar (e eventualmente poupando dinheiro para explicações etc.), a “educação” (!!) escolar que, ainda hoje de manhã, foi ministrada numa escola perto de si.