o novo tukatula na ribeira grande em s miguel açores

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Como estão a decorrer as obras de remodelação do Tukátulá? Será um Tukátulá completamente novo ou vão manter alguma coisa?
Começando pela segunda parte da vossa pergunta, o novo Tukátulá está a sofrer uma grande intervenção, modernização e melhoria de capacidade técnica. O grande objetivo destas obras é a ampliação da cozinha e a criação de umas instalações sanitárias para os nossos clientes. Para além destes dois pontos, estamos a modernizar e a atualizar toda a estrutura existente, criando melhores condições de trabalho a todos os colaboradores e sequencialmente a todos os que nos visitam.
A estrutura base está a ser mantida, mas toda remodelada, devido à sua degradação que já começava a ser preocupante.
As nossas obras, como quaisquer outras, estão a decorrer num bom ritmo, embora o arranque das mesmas sofreram alguns atrasos, devido à obtenção de licenciamentos, às condições atmosféricas e a algumas burocracias, normais nesta área da construção civil.
Quando pensam reabrir e com que conceito? Muitas alterações no restaurante?
A reabertura está atrasada, devido ao problema de fornecimento de materiais, conforme todos sabem, mas contamos abrir em inícios do mês de Junho, apanhando o inicio da época balnear que se aproxima.
O novo conceito do Tukátulá, será surpresa.
A nossa cozinha será inovadora e criativa, mas sempre utilizando os produtos regionais que são de muita qualidade.
O futuro será diferente, visto as condições serem agora melhores.
Temos sempre duas vertentes de funcionamento. Queremos ter um espaço agradável, com uma óptima paisagem, boa comida, mas também temos o serviço de apoio de praia e há que pensar nessa segunda vertente do nosso espaço.
Sendo um espaço ícone na ilha, que reacções é que tem tido do turismo internacional?
O turismo tem aumentado nestes últimos anos na nossa região. O feedback de quem nos visita tem sido muito positivo. Adoram provar o que é da nossa terra. O cenário paisagístico aonde estamos localizados, é só por si um grande ponto a nosso favor, para além da comida que confeccionamos ser, na opinião dos nossos clientes, de qualidade. O areal de Santa Bárbara, já é um ponto de visita obrigatória no circuito turístico de São Miguel nos últimos anos. Não esquecendo que a Ribeira Grande é a capital do surf dos Açores e que é nesta praia que se realizam os vários campeonatos deste desporto, o que ajuda muito na divulgação desta praia e do nosso estabelecimento.
Um dos problemas no sector é o de recursos humanos. Como é que vê este problema?
Depois das obras esta vai ser a minha maior preocupação da época alta que se aproxima.
O Tukátulá tem uma gestão muito particular neste ponto. Somos um bar de praia e a sazonalidade é muito maior do que um outro qualquer restaurante tradicional. Temos a nossa equipa fixa que é suficiente na época baixa, mas depois temos que arranjar o dobro de colaboradores para a época alta. Aliando este problema à falta de mão de obra, o problema agudiza-se ainda mais. Como disse, o turismo nos últimos anos tem vindo a crescer nos Açores, logo nesta área económica recente a falta de mão de obra competente tem vindo a ser uma preocupação.
Não é uma vertente de trabalho fácil, devido a alguns conhecimentos básicos, como por exemplo falar o inglês, etc. A nossa população ainda não está vocacionada para trabalhar no turismo, visto que os horários não são os convencionais.
Queria eu ter uma equipa para o verão que trabalhasse apenas oito horas por dia, mas dada a falta de mão de obra nunca será possível isso acontecer.
Este problema não é só a nível regional, mas sim nacional.
Estou a pensar recorrer este verão a mão de obra importada.
Vamos ver como se resolve este problema. Parte deste problema sei eu qual é, mas isto são histórias para outras praças.
Como encara a retoma depois da pandemia e agora com uma crise provocada por conflito militar?
O Verão passado foi já de recuperação. Os Açores são geograficamente muito bem localizados, a indústria do turismo vê os Açores como um destino seguro, por estar no meio do oceano Atlântico, longe dos grandes destinos, isso só nos ajuda.
Depois da pandemia e desta absurda guerra que assola a Europa, este cantinho paradisíaco no meio do mar, irá beneficiar desta situação que vivemos, penso eu.
Agora é preciso gerir muito bem. Os Açores são lindos, paisagens de cortar a respiração, mergulhos de tirar o folego, passeios de barco lindíssimos e depois os serviços não acompanham o resto…
Este destino não pode ser um destino de massas, temos que ser um destino de qualidade para quem nos visita, ter umas férias de natureza e inesquecíveis.
Com a reabertura do Tukátulá a Ribeira Grande fica mais enriquecida. Acredita no futuro do turismo neste concelho?
Sem ser presunçoso, acho que o Tukátulá marcou a vida social, turística e gastronómica da minha querida cidade. O que ouço com mais frequência neste período de obras é que fazemos falta. Recebemos mensagens do estrangeiro a perguntar quando reabrimos. Mas essa falta será compensada por melhores condições no futuro recente.
O concelho da Ribeira Grande em geral e a cidade em particular, tem um dos maiores potenciais turísticos dos Açores. Sei que a Câmara Municipal tem intenções de criar mais condições para que a cidade ainda tenha mais potencial. Na minha opinião, esta é a altura ideal para o denominado Passeio Atlântico arrancar e de uma vez por todas virar a cidade para o mar, como diz o nosso Presidente da Câmara.
Acho que chegou a altura do GRA olhar para a Ribeira Grande como um enorme potencial económico dos Açores.
A Ribeira Grande tem tudo para ser o concelho de futuro para o turismo da Região.
jornal@diariodosacores.pt
(Diário dos Açores de 03/04/2022)
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