O MASCOTE EM SANTA MARIA

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Interior do antigo Café Mascote, em Santa Maria, permanece como sempre foi…
Rui Rodrigues gere o Mascote Wine que era do avô Manuel de Moura
O tempo foi passando e, motivados por revelar ao mundo a grandiosa paixão pelo vinho e por oferecer selecções prestigiadas das melhores colheitas, surge a Mascote Wine e o Wine Bar como complemento.
Rui Rodrigues, de 49 anos de idade gere o Mascote Wine, com esplanada, desde o ano de 2012. O espaço começou como garrafeira e loja de produtos regionais, na Rua Teófilo Braga, 23, na Vila do Porto, na vizinha ilha de Santa Maria.
E porquê? “Vim para Santa Maria, porque este edifício era dos meus avós. Meu avô tinha um café que já estava fechado há 26 anos e após a minha avó falecer decidimos pegar no espaço dando-lhe uma nova vida”. Os netos tentaram fazer isto. Rui Rodrigues ficou com a garrafeira e o irmão do nosso entrevistado abriu o café, que era o Café Mascote, muito conhecido na ilha de Gonçalo Velho.
Entretanto, no ano passado, em Julho, Rui Rodrigues expandiu o negócio para o Café, surgindo assim o Wine Bar e Garrafeira, distinguido com a Marca Açores.
Muita procura
Sobre a aderência dos marienses à abertura do novo espaço, o nosso interlocutor relevou, que “a aceitação foi gradual, que depois começou a funcionar muito bem. Agora com o Wine Bar tem tido muita procura, tanto no Verão, com os turistas, como na época mais baixa, porque é um espaço diferente e um conceito que não havia em Santa Maria, porque oferecemos, para além do vinho, tapas e petiscos, inclusivamente trabalhamos muito com enlatados regionais, entre eles, o atum de São Jorge, o pão caseiro de Santa Maria, o doce e a meloa de Santa Maria, no Verão, passando também pelo queijo regional do Faial ‘O Morro’ Médio, ou o peixe fumado da ilha Terceira, entre outras iguarias”.
A Mascote Wine elege, diariamente, a melhor selecção de vinhos regionais.
Dedica-se com a finalidade de servir os seus clientes com a maior entrega e devoção.
Por valorizar o vinho e por querer que o valorizem de igual forma, revela os melhores sabores, adegas e diversos produtos gourmet.
Como complemento, o Wine Bar surge com a missão de proporcionar uma experiência única e completa, apresentando o seu bar de vinhos, para que possa, calmamente, degustar os melhores vinhos regionais antes de proceder à compra.
Uma garrafeira com cerca
de 300 referências
Nem de propósito, surge “uma garrafeira com cerca de 300 referências de vinhos diferentes”.
Mais disse, que “trabalha com muitas marcas directamente com adegas, algumas delas, que nem sequer estão nos supermercados e que nem estavam em Santa Maria, São marcas completamente diferentes, de pequenas produções e de pequenas adegas, algumas maiores, mas que nem estão no mercado horeca. Para além disso, estamos no centro Vila do Porto, que antigamente chamavam o rossio de Vila do Porto”.
De referir, que entre as marcas de vinhos disponíveis, surge o magnífico Volte Face tinto, da Azorean Cellar.
Em tempos Rui Rodrigues já tinha trabalhado com o Volte Face, através de um distribuidor do continente, que ao nível dos transportes era complicado, mas quando soube que a Azorean Cellar distribuía esse vinho, começou então a trabalhar com eles, por entender que se trata “de um vinho, que está num patamar preço/qualidade muito bom.”
Rui Rodrigues é natural de Santa Clara
Rui Rodrigues é natural da freguesia de Santa Clara. Estudou na Escola Secundária Antero de Quental e na Escola Secundária Domingos Rebelo, passando pela Universidade do Algarve, apesar de não ter concluído o curso de Gestão e Economia.
Entretanto, foi trabalhar para o ramo da informática, onde esteve durante alguns anos, mas acabou por “desistir da para se dedicar à bebida”, como costuma dizer.
“Criei o gosto pelos vinhos, mas vai-se sempre aprendendo e todos os dias aprende-se coisas novas”.
E porque fala quem sabe, Rui Rodrigues diz, que os “vinhos tintos são mais para carnes no Inverno, porque até pode acompanhar pratos de peixe, se for um atum ou um polvo. Com o vinho branco, antigamente dizia-se que era mais para os peixes, mas não só, porque pode acompanhar carnes mais leves, mas tudo tem a ver com a nossa disposição, inclusivamente com o estado do tempo”.
A Mascote Wine tem duas colaboradoras, “uma em horário diurno e outra a tempo parcial para fazer o final do dia, até às 21h00. Abre às 09h30 e não fecha à hora do almoço, de Segunda-feira a Sábado. Domingo é dia de descanso, mas está aberto em dias feriados da parte da tarde.
Rui Rodrigues é casado com uma mariense, que vivia na cidade invicta do Porto, mas que agora está em Santa Maria.
O Café era do Moura do Mascote
O Mascote Wine era conhecido por Café Mascote e é de 1954, onde todo o seu interior permanece como sempre foi. Era um café, que todos os marienses conheciam, onde todos os emigrantes recordam-se do seu avô, Manuel de Moura, mais conhecido por ser o Moura do Mascote.
“O Verão correu muito bem, com muitos turistas, mas no Inverno, os nossos clientes são os marienses, que não nos deixam ficar mal”.
Em termos de perspectivas para o futuro, “são as melhores, porque temos capacidade para continuar a fazer um bom trabalho, porque para fazer um mau trabalho não vale a pena evoluir. Quando se faz, faz-se bem, se for para fazer asneira, mais vale dar um passo atrás e voltar novamente ao que tínhamos”.
Marco Sousa
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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
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