o colonialismo em Timor

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Escrevi há dois anos:
«Há quem acredite em “450 anos de ocupação e colonização brutal”. Estão enganados nos números, evidentemente. Timor convive com a cultura, religião e língua portuguesa há cinco séculos – foi essa influência que criou uma nação em TL com uma identidade distinta da dos povos de Timor Ocidental, das Flores, de Solor, de Róti, etc – mas a ocupação colonial existiu durante uma fracção desse tempo; por exemplo quando Dampier passou algum tempo em Lifau (que era então a “capital”) só encontrou lá três brancos, dos quais dois eram padres. É um insulto aos guerreiros timorenses de antigamente acreditar que esses três portugueses estavam a fazer uma ocupação e colonização brutal!… Mesmo durante a brutal conquista de Celestino da Silva as tropas portuguesas e moçambicanas de que dispunha eram relativamente reduzidas, mas teve nas suas campanhas 60 000 aliados timorenses, que não eram uma massa amorfa de guerreiros sem cérebro, o que significa que a História não é um conto de fadas de ogres contra unicórnios cor-de-rosa. Espera-se dos académicos, em especial, alguma objetividade.»