o banco mau

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Tomás Quental
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“Novo”?

O “Estado Novo” não era “novo” coisa alguma. O “Novo Banco” também não é “novo” coisa alguma. É um banco “velho”, cheio de “artroses” e outras graves “enfermidades”…Parece que não há “médico” que o salve, apesar das “consultas” custarem milhões…
Separaram o antigo BES em banco “bom” e em banco “mau”, mas, afinal, não sabemos qual é o “bom” e qual é o “mau”. Uma confusa operação de “cosmética” financeira, portanto!
Estamos perante um dos maiores embustes, talvez mesmo o maior, do regime democrático português. O BES tinha encerrado e ponto final. Os clientes passavam para outras instituições financeiras, nomeadamente para a Caixa Geral de Depósitos.
Os antigos donos tiveram procedimentos alegadamente fraudulentos, que estão sob a alçada judicial, mas o processo nunca mais chega ao fim, pelo que eventuais condenações, a existirem, só daqui a um século…
Entretanto, o Estado continua a colocar milhões nessa “mesa” de interesses, desculpem “banco”, onde se senta gente bem remunerada.
Disseram inicialmente que esse “Novo Banco”, que seria o “herdeiro” alegadamente “bom” do BES, não representaria encargo para o erário público, mas, como temos visto, foi “peta” de muito mau gosto.
Muito estranho é que Governos de direita e de esquerda, apoiados por um “estupefacto” Presidente, alimentem tamanho “cancro” da vida portuguesa. Não se compreende!
O chamado “Fundo de Resolução”, criado para o “caso BES”, é um tremendo equívoco de expressão: é um “fundo” de decisões muito questionáveis e quanto a “resolução” não “resolve” nada ou faz muito pouco. Mais uns cargos bem remunerados, com certeza.
O “Novo Banco” foi vendido em 75% do capital, mas o Estado continua a “entrar” com mais capital. Até quando?
Esse triste exemplo, que enfraquece ainda mais os cofres públicos, parece estar a fazer “escola”. Segue-se a TAP a receber do Estado mais uma “carrada” de milhões e já se anuncia que o Montepio também poderá precisar de uns milhões de apoio estatal.
Para o Serviço Nacional de Saúde, que tanto precisa, muito mais agora, restam umas “migalhas”.
É preciso mudar a forma de funcionar do regime democrático português. O sector financeiro parece mandar mais do que o poder político e desafia, por vezes, o poder judicial. Não pode ser!

Comments
  • Teresa Tavares Tomás, concordo em absoluto com a análise que fazes. Posso estar errada, mas acho que a transição do governo para o Banco de Portugal não é “inocente” nesta geringonça bancária e engenharia financeira…
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