nova iorque 0,15 % de mortos

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Traduzo, em benefício de todos: “0,15% da cidade de Nova Iorque morreu de coronavirus. Não é a percentagem dos infetados, mas de todos os residentes. Isto com base no número oficial de óbitos (13k) na cidade de Nova Iorque e respetiva população (8,4M).

A gripe tem uma taxa de mortalidade de infetados de 0,1% num ano mau. Ou seja 0,1% das pessoas que apanharam o vírus (não de toda a população) são casos fatais.

Para que a ideia asinina de isto ser “apenas uma gripe” estar correta, tinham de acontecer umas quantas coisas. Não só teria toda a população da cidade de Nova Iorque já ter apanhado o vírus (o que não aconteceu), mas seria preciso ter mais cerca de quatro milhões de pessoas a viver na cidade e a apanhar o vírus, para que a taxa de mortalidade descesse para igualar a da gripe.

Isto não é uma gripe. E com o número de pessoas em negação, literalmente mortinhas por ir comprar tinta, a segunda vaga disto vai rebentar com força.

%$¥$@€€& fiquem em casa.”

Eu acrescento: sairemos, mas saiamos com os cuidados necessários.

0.15% of New York City has died of coronavirus. Not infected cases in NYC, of all New York City residents. This is based on official numbers of fatalities (13k) in NYC and population data (8.4M).

The flu has a case fatality rate of 0.1% in a bad year. Meaning 0.1% of people who have gotten the virus- not of the entire population- have fatal cases.

In order for the asinine idea that this is “just the flu” to be accurate, a few things have to happen. Not only would everyone in NYC have to have already caught the virus (they have not), but you would need an additional ~four million people living in the city to also have caught the virus to bring the case fatality rate down to that of the flu.

This is not the flu. And with the number of people in denial literally dying to go buy paint, the second wave of this is going to hit hard.

Stay the fuck home.

Comments
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  • Antonio Araujo Nem imaginas as coisas que tenho ouvido. Num momento falam-me da necessidade de salvar a economia (o que se compreende), mas no instante seguinte percebes que estão prontos a sair pelos motivos mais frívolos. É pura negação. Estão cansados e pronto, que se lixe tudo. Agarram-se a qualquer teoria que o justifique. Isto de pessoas do mais inteligente que conheço. Quando batem os imperativos psicológicos o QI salta pelas orelhas.
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    • Antonio Araujo Ao nível individual eu percebo isto. Já corri riscos maiores por menos. Mas sabia que os corria, não o negava com teorias da treta, e fazia-o a nivel individual. A nível colectivo a coisa não pode estar sujeita ao “fuck it” de cada um.
    • Leonel Morgado Antonio Araujo imagino. Dois colegas que partilharam o post do André Dias são especialistas de sistemas de informação, dominam matemática. E mesmo assim… Foram atrás da retórica.
    • Antonio Araujo Leonel Morgado se ouvires o André Dias a correr e sem ser especialista, e logo depois de teres ouvido o tipo da Suécia, aquilo passa bem à primeira vista. Ele cola-se à tese da Suécia num certo ponto (que não é maluca do ponto de vista probabilistico, só o é do ponto de vista de gestão de risco – que não é o mesmo), mas depois sai numa tangente, e isso passa despercebido se estiveres para aí inclinado.
    • Antonio Araujo Aliás ele sai em *várias* tangentes, e é inconsistente consigo próprio. Há um momento em que ele diz que o efeito sasonal (que ele acha que é garantido) acaba com o bicho no verão. E ao mesmo tempo dá o argumento que não podemos estar fechados para sempre. Ora se aceitares a primeira tese então terias que ser totalmente a favor do lockdown, precisamente porque saberias exactamente do que estavas à espera: do verão.
    • Antonio Araujo Quem me dera que ele tenha razão acerca do efeito sasonal, seria ideal: ganhávamos meses para reabrir e para investigar medicamentos, protocolos, etc, antes do inverno. Mas infelizmente aquilo deve estar baseado no mesmo que tudo o resto: na pura imaginação e na assertividade de uma tese possível como se fosse certa.
    • Antonio Araujo Já agora: há um momento estranho em que ele fala da normal enquanto curva temporal (e não enquanto distribuição de probabilidade). Eu não percebo nada de epidemiologia, mas para mim aquilo soa muito estranho. Confirmas que é uma grande confusão? Eu vi um colega de física fazer umas brincadeiras com uma normal enquanto curva temporal, mas ele próprio dizia que era um toy model…
    • Leonel Morgado Antonio Araujo há uma normal / gaussiana usada para analisar alguns fenómenos causados por um impulso inicial (outbreak) de curta duração (epidemias muito mortais, por exemplo, ou contidas agressivamente).
      https://www.sciencedirect.com/…/pii/S0025556417303644
      Gaussian process approximations for fast inference from infectious disease data
      SCIENCEDIRECT.COM
      Gaussian process approximations for fast inference from infectious disease data

      Gaussian process approximations for fast inference from infectious disease data

    • Antonio Araujo >epidemias muito mortais, por exemplo, ou contidas >agressivamente
      Mas então os pressupostos para esse modelo não são os dele (?)
    • Leonel Morgado Mas para epidemias normais, com grande propagação pela população, não é um modelo útil. Isto porque tens de a tornar assimétrica.
    • Leonel Morgado Se bem que ainda nessas, Antonio Araujo, possa ser útil enquanto aproximação: o artigo faz algumas simulações interessantes.
    • Antonio Araujo Obrigado, Leonel. 🙂 Eu devia olhar mais para essas coisas, mas é engraçado que o bicho não me levou de todo a interessar-me pela epidemiologia. Pelo contrário, tornou-me muito interessado na análise do ponto de vista do risco “puro”, isto é, naquilo qSee more
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  • Miguel Mira da Silva Amanha vou sa