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Excerto de EM LOUVOR DAS FAJÃS
Prefácio ao álbum fotográfico AS FAJÃS DE SÃO JORGE, de Norberto Ávila
Edição da Câmara Municipal da Calheta / São Jorge / Açores, 1992
Aqui e ali se despenham da rocha altíssimas quedas de água, que animam azenhas e alimentam plantações de inhame. Há as casas simples, com suas lojas de rés-do-chão transformadas em adegas; há também adegas que em pequenos períodos (particularmente em fevereiro e setembro) servem de residências. Há os lagares, que em tempo de vindimas reduzem a vinho, tinto e branco, as uvas que amadurecem no suave calor das pedras. Há os alambiques, que pacientemente destilam o espírito desse mesmo vinho. Há as casas de tear (na Fajã dos Vimes), de que saem umas colchas bem representativas do artesanato jorgense. Há o enxadrezado típico dos telhados de telha regional. Há deslumbrantes panoramas de recortes da costa sobre o mar, com inesperados enquadramentos de araucárias e dragoeiros, com ilhas quase imateriais ao fundo: Pico e Faial para as fajãs do sul; Terceira e Graciosa para as fajãs do norte. Há ainda aspetos muito particulares, como as das lagoas de beira-mar, na Fajã da Caldeira de Santo Cristo e na Fajã dos Cubres, sendo a de Santo Cristo o único sítio do Arquipélago onde se reproduzem amêijoas, justamente cobiçadas.
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