abiam que uma das canções brasileiras que mais faz sucesso em todo o mundo, “Garota de Ipanema”, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim existiu mesmo?

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A musa da canção, Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, mais conhecida como Helô Pinheiro, (…) precisou apressar o seu casamento quando o namorado descobriu que a canção havia sido escrita para ela. O rapaz explodiu de ciúmes, e com toda a razão. Afinal de contas, Tom chegou a pedi-la em casamento por diversas vezes.

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“Ele estava apaixonado por mim (Tom), chegou a confundir minha cabeça, mas no final terminámos como amigos numa relação de afecto e reconhecimento” (…).

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Tudo começou no ano de 1962 no bar Veloso. Sentados, Tom Jobim e Vinícius de Moraes encantaram-se com a beleza da jovem Helô Pinheiro, que passava por ali rumo à Praia de Ipanema.

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Da admiração dos compositores surgiu Garota de Ipanema, uma das mais conhecidas músicas do planeta e que, mesmo após quase seis décadas, continua sendo regravada e actualizada por cantores da nova geração. Composta em Agosto de 1962, foi lançada somente em Março de 1963, tornando-se o maior sucesso da Bossa Nova.

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Poucos sabem, mas a canção escrita por Vinícius de Moraes e com a melodia elaborada por Tom Jobim chamava-se originalmente Menina que Passa.

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A verdadeira musa

Não demorou para várias mulheres se apresentarem como a verdadeira inspiração. A especulação só acabou em 1965, quando Vinicius de Moraes esclareceu que a sua inspiração fora a adolescente Heloísa Pinheiro.

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Nascida na Bahia, a cantora Astrud Gilberto deu voz à versão em inglês em 1964. Com arranjos do consagrado Stan Getz, a música estourou nos Estados Unidos e encantou o mais importante cantor da América, Frank Sinatra, que a regravou em 1967.

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Calcula-se em 170, as versões para a canção. E continua a ser regravada por grandes nomes (…).

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A bossa carioca conquista Nova York. O sucesso foi tamanho que, três meses após lançada no Brasil, a música foi apresentada em concerto do Carnegie Hall, prestigiado palco para shows em Nova York.

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A volta. Em 1985, 23 anos após o estouro da música, Tom Jobim voltou a se apresentar no Carnegie Hall. No espectáculo de encerramento após longa turnê pelo Brasil e Europa, foi ovacionado pelas 3.000 pessoas presentes. Tom voltaria ao palco novamente em 1994, realizando espectáculos ao lado dos ingleses Sting e Elton John, e do tenor italiano Luciano Pavarotti.

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