na católica entra-se por mérito do dinheiro

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Ahahah 😝
Meritocracia ‘sui generis’
May be an image of text that says "Poligrafo MENU Aluno entrou em Medicina na Católica com média inferior a outros candidatos? Sim, é descendente de um benemérito da instituição"
Tenho recebido inúmeros pedidos para falar sobre mais este grande hino à meritocracia. O curso de medicina da Católica já era o curso mais meritocrático, porque só lá entra quem tem 100 mil euros para pagar propinas. Antes só entrava em medicina quem tivesse boas notas e isso era injusto para pessoas que até tinham dinheiro, mas não conseguiam ter boas notas. É injusto que só possam entrar os melhores a estudar em medicina, excluindo aqueles que podem não ser tão bons a estudar, mas são os melhores a pagar cursos. Qual o incentivo de uma pessoa para criar riqueza quando existe a hipótese de ser ultrapassada por alguém só porque tem melhores notas?
Mas o valor das propinas não é suficiente para fazer a triagem dos melhores alunos, por isso há que garantir que os descendentes dos beneméritos também entram, independentemente das notas. Ao financiar a Católica, as pessoas conquistam um lugar no Céu, mas também um lugar para os seus descendentes no curso que quiserem. É uma forma de retorno do investimento já que nem o Dr. Papa consegue arranjar um recibo que prove que o investimento na Universidade Católica garante um lugar no Céu. Supõe-se que sim, já que o Dr. Jesus era liberal, mas não há como ter a certeza de que o além não é governado por socialistas que colocam as boas acções das pessoas à frente da sua capacidade de patrocinar universidades. Tem de haver um equilíbrio. O Dr. Jesus gosta que se pratique o bem, mas também gosta de ver a sua estátua pendurada em catedrais bonitas.
Já imaginaram a injustiça se este estudante não pudesse entrar em medicina? Ele compensa a sua média de 15 com a meritocracia do seu antepassado. Felizmente a Universidade Católica honra a meritocracia dos seus financiadores. Não podemos ser individualistas e olhar para as pessoas apenas por aquilo que são ou pelas suas capacidades. Nós somos mais do que isso. Não é por acaso que temos apelidos. Uma pessoa com um apelido com muitas consoantes seguidas nunca pode ser ultrapassada por um Carvalho genérico. Até é bom para o Carvalho, que se esforça mais para se tornar um De Carvallo e Mello e não cria demasiadas expectativas para o seu futuro. E é justo para as famílias com consoantes nos apelidos, porque vêem o seu mérito geracional reconhecido.
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  • Belarminoaraujo Castro

    É assim nas privadas,,,, por isso é que há muita gente contra a privatização de cursos importantes para a saúde dos portugueses,,, direito,, não há problema,,,são só aldraboes,,,,mas saúde,,,,, cuidado,,,,,,