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Newsletter diária • 17 abr 2020
Na América é assim
Edição por Rute Sousa Vasco
Tentar comparar a realidade americana e a europeia é tentador, mas esbarra com vários obstáculos reais. O primeiro é o facto de se comparar um país com um governo próprio com 27 países com 27 governos e um acordo transnacional. O segundo é o facto de esse país ser governado por Donald Trump – vale para quem o admira e para quem o detesta – com todas as ilações daí resultantes e, já agora, em ano de eleições.
A meio da semana provavelmente mais caótica de conferências de imprensa protagonizadas por Donald Trump, milhões de norte-americanos começaram a receber as transferências diretas de dinheiro, que integram o pacote de estímulo económico aprovado pelo Congresso, para amortizar o impacto da pandemia do novo coronavírus.
São 1200 dólares por pessoas, o equivalente a cerca de 1.100 euros, para todos os que têm rendimentos anuais inferiores a 75 mil dólares (2.440 dólares no caso de casais casados, acrescidos de 500 dólares por filho menor de 17 anos).
A maior parte das pessoas vai receber o dinheiro direto na conta bancária, mas Finanças dos EUA também vão enviar cheques, tendo sido divulgado que o Tesouro ordenou que os mesmos incluíssem a assinatura do Presidente norte-americano, Donald Trump. A decisão inédita – nunca um inquilino da Casa Branca tinha assinado cheques neste tipo de reembolsos por parte do Governo – motivou uma forte polémica.
Cerca de 17 milhões de pessoas perderam o emprego em apenas três semanas São números que assustam qualquer governo, com ou sem eleições à vista. E Trump está com os olhos postos na reabertura da economia, mesmo que os números de infetados e de vítimas de covid-19 estejam longe de dar tranquilidade.
Enquanto isso, pela Europa vive-se ainda tempo de vésperas, à espera da reunião de dia 23 de abril em que se decidirá sobre os vínculos dos apoios concedidos – ou, em linguagem mais conhecida, o quanto vão impor medidas futuras de austeridade aos Estados. Bruxelas quer ter versões simplificadas dos programas de estabilidade: a Comissão Europeia espera que, apesar do contexto de “elevada incerteza”, os Estados-membros enviem até final de abril os programas de estabilidade e convergência, mas admite documentos simplificados centrados nas políticas orçamentais adotadas em resposta à pandemia covid-19.
Por cá, António Costa espera que esta seja a última vez que parlamento aprova estado de emergência. “Espero sinceramente que esta seja a última vez na nossa vida que estejamos aqui [no parlamento] a debater o decretar do estado de emergência”, declarou António Costa no discurso que encerrou o debate sobre o pedido de autorização do Presidente da República para a prorrogação por mais 15 dias, até 02 de maio, do estado de emergência em Portugal.
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