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Mortalidade nos Açores aumentou 7,2% nos Açores no ano passado
Comparativamente com o ano de 2019, o número de óbitos aumentou 14,4% na região Norte, 10,1% na Área Metropolitana de Lisboa, 7,6% no Centro, 7,7% no Alentejo, 7,2% nos Açores, 5,1% no Algarve e 1,1% na Madeira, revelou ontem o INE.
Em 2020 ocorreram 39 976 óbitos na região Norte (32,4% do total), 30 209 (24,5%) na região Centro, 31 127 (25,2%) na Área Metropolitana de Lisboa, 11 251 (9,1%) no Alentejo, 5 379 (4,4%) no Algarve, 2 435 (2,0%) na Região Autónoma dos Açores e 2 708 (2,2%) na Região Autónoma da Madeira.
Comparativamente com a média dos últimos cinco anos, os maiores aumentos da mortalidade registaram-se na região Norte, mais 5 565 óbitos (16,2%), seguida pela Área Metropolitana de Lisboa, com mais 3 343 óbitos (12,0%) e pela região Centro com mais 2 185 óbitos (7,8%). No Alentejo o excesso de mortalidade foi de 823 (7,9%), tendo sido 226 óbitos no Algarve (4,4%) e 130 (5,6%) e 78 (3,0%) óbitos nas regiões autónomas dos Açores e Madeira.
Subida em todo o país
O número de mortes em Portugal durante 2020 foi 10,6 % maior em relação à média dos anteriores cinco anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística, que registou 123.409 óbitos, mais 12.220 do que entre 2015 e 2019.
No dia 31 de Dezembro, registavam-se 6.906 mortes atribuídas à covid-19, ou seja, 56% do excesso de mortalidade de 2020 em relação à média 2015-2019.
De acordo com dados preliminares do INE, durante os primeiros dois meses do ano passado a mortalidade foi inferior ao período de referência dos cinco anos anteriores, mas depois de terem sido diagnosticados os primeiros casos de contágio pelo novo coronavírus, todos os meses aumentou a mortalidade em excesso.
Desde Março até ao fim de 2020, houve 101.669 mortes em Portugal, mais 13.495 em relação à média do mesmo período medido entre 2015 e 2019.
Um quinto das mortes na primeira semana de 2021 foram atribuídas à Covid-19, indica o INE, que registou 3.634 mortes no total, mais 830 do que a média do mesmo período entre 2015 e 2019.
Nas semanas 53 de 2020 (28 de Dezembro de 2020 a 3 de Janeiro de 2021) e 1 de 2021 (4 a 10 de Janeiro) registaram-se, respectivamente, 3 071 e 3 634 óbitos, mais 470 e 830 óbitos que a média de 2015-2019.
O número de óbitos por Covid-19 nessas semanas foi de 519 e de 729, representando, respectivamente, 16,9% e 20,1% do total de óbitos.
Em 2020 ocorreram 61 441 óbitos de homens e 61 968 de mulheres, mais 5 643 e 6 578 óbitos, respectivamente, em relação à média de óbitos de 2015-2019 e mais 5 269 e 5 849 relativamente a 2019.
Do total de óbitos de homens e mulheres, 50 592 e 51 077, respectivamente, ocorreram no período Março-Dezembro de 2020, conduzindo a um excesso de mortalidade de 6 134 óbitos de homens e 7 362 de mulheres comparativamente com a média do período homólogo de 2015-2019.
Com excepção dos meses de Abril, Outubro e Dezembro, em que o aumento de mortalidade resultou maioritariamente de óbitos masculinos, a contribuição dos óbitos de mulheres para o aumento do número de óbitos foi superior.
71% das mortes acima dos 75 anos
Em 2020, 71,8% dos óbitos (88 634 óbitos) foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos e, destes, 59,9% (53 088) foram de pessoas com 85 e mais anos.
Relativamente à média de 2015-2019, morreram mais 10 206 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 8 032 com 85 e mais anos. Comparativamente com 2019, em 2020 morreram mais 9 151 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 5 889 com 85 e mais.
Considerando o período de Março a Dezembro de 2020, registaram-se 72 865 (71,7%) óbitos de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos, tendo 43 491 (59,7%) dessas pessoas 85 e mais anos.
O excesso de mortalidade em 2020 incidiu especialmente nas idades mais avançadas. O número de óbitos em 2020 foi superior à média de 2015-2019 em todos os grupos etários acima dos 55 anos, registando-se também um ligeiro excesso de mortalidade entre os 45 e 49 anos e nos grupos de idade entre os 15 e 29 anos.
Foi nas pessoas com idades iguais ou superiores a 90 anos que se verificou o maior excesso de mortalidade.
Neste grupo de idades registaram-se mais 5 085 óbitos que a média de 2015-2019, o que representou um aumento de 22,5%.
O segundo maior acréscimo de mortalidade registou-se no grupo etário dos 85 aos 89 anos, com mais 2 647 óbitos que a média, correspondendo a 13,1%.
Maioria das mortes em estabelecimento hospitalar
Do total de 123 409 óbitos em 2020, 74 966 ocorreram em estabelecimento hospitalar e 48 443 fora do contexto hospitalar (no domicílio ou noutro local), respectivamente, mais 5 347 (7,7%) e 6 873 (16,5%) óbitos que a média dos últimos cinco anos e mais 5 021 (7,2%) e 6 097 (14,4%) óbitos que em 2019.
Considerando o total de 101 669 óbitos registados entre Março e Dezembro, 61 476 ocorreram em estabelecimento hospitalar e 40 193 fora do contexto hospitalar (no domicílio ou noutro local), a que correspondem aumentos de 6 048 óbitos e 7 448 óbitos, respectivamente, relativamente à média em período idêntico de 2015-2019.
A contribuição dos óbitos fora do contexto hospitalar é importante ao longo de todos os meses para o excedente de mortalidade, mas especialmente nos meses de Março a Junho e Agosto. Nos meses de Novembro e Dezembro, o maior acréscimo de óbitos registou-se nos hospitais.
O INE divulga os valores preliminares de óbitos por semana para 2020 e 2021, com base em informação registada nas Conservatórias do Registo Civil até 19 de Janeiro de 2021.
Os dados relativos a óbitos são obtidos através de operações estatísticas de recolha directa e exaustiva relativa a estes eventos demográficos ocorridos em território nacional, recorrendo ao aproveitamento de factos obrigatoriamente sujeitos a registo civil (assentos de nascimento e de óbito) no Sistema Integrado do Registo e Identificação Civil (SIRIC).
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