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Morreu um amigo.
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Morreu o José António Freitas Sousa. Era um tipo interessante. Actor, produtor de rádio e de televisão, trabalhou comigo na SIC durante os 3 anos em que fiz o programa “Casos de Polícia”. Era assistente de estúdio, uma espécie de diretor de cena, coadjuvante do realizador que estava sentado na régie.
O Zé António coordenava tudo o que se passava ali. O programa tinha uma abordagem especial à temática da segurança e da criminalidade. Muitas vezes, os criminosos eram os próprios polícias, tivemos várias histórias desse tipo. Numa das vezes, um comandante da PSP foi ao estúdio para responder a umas questões melindrosas sobre a atuação da polícia. O comandante em questão era proveniente do Exército e apresentou-se fardado a rigor e de pingalim na mão. À entrada do estúdio, o José António disse-lhe que não podia entrar de pingalim. O outro empertigou-se. O José António apenas o avisou que “armado, não o deixo entrar”. E desarmou o arrogante.
O José António era um homem de carácter.