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Parecia-nos eterna tal era o desejo que este dia nunca chegasse.
Morreu a juíza Ruth Bader Ginsburg .
Ruth Bader Ginsburg era a mais antiga juíza do Supremo dos Estados Unidos da América e dedicou a vida toda a lutar pela IGUALDADE.
Ruth – que acreditava no poder das convicções e da insurreição – fez missão da sua vida, a vida de cada uma de nós, mulheres. Hoje morreu uma mulher que se atravessou por cada uma de nós. Uma mulher feminista porque feminismo é Igualdade e Justiça.
Nos 27 anos como juíza do Supremo, destacou-se com as suas decisões favoráveis ao direito ao aborto e contra a discriminação de género.
Ruth ensinou -nos pelo exemplo a não ter medo de levantar a voz para defender o que acreditamos e foi isso que fez durante toda a sua carreira de Juíza, contrariando a opinião da maioria dos seus colegas do Supremo que ainda estavam a anos luz das ideias igualitárias que a moviam.
Ginsburg chegou ao Supremo depois “ de ter levado muita tareia”nas lutas feministas da década de 1970 nos Estados Unidos, quando foi co-fundadora e directora do Projecto dos Direitos das Mulheres na União das Liberdades Civis Americanas. E nunca deixou de levar tareia porque é isso que sucede às mulheres que têm convicções e que lutam por elas.
Antes de morrer, Ruth Bader Ginsburg pediu à neta para escrever a sua última vontade:
“O meu desejo mais ardente é não ser substituída até que um novo Presidente tome posse.”
Morreu nesse sobressalto de se ver substituída por alguém que fizesse tábua rasa de tudo o que lutou, de todos os Direitos que nos adquiriu.
Honraremos a sua vida. Continuaremos. Lutaremos sempre.
✊🏽
“Dissents speak to a future age. It’s not simply to say, ‘my colleagues are wrong and I would do it this way,’ but the greatest dissents do become court opinions.”
Ruth Bader Ginsburg