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Não sei porquê (retórica fácil :até sei, mas não digo), lembrei-me dos pastorinhos de Fátima e dos seus dizeres e da época em questão (mortandade geral da Grande Guerra, Revolução Soviética, República Portuguesa, crença/descrença, ascensão de certos regimes nos anos e décadas posteriores).
Creio que também os mitos devem ser refletidos.
Ora, os pastorinhos não iam à escola, pastoreavam as ovelhas (hoje chama-se trabalho infantil) e a alimentação deveria ter sido pouco rica, dado até que dois deles morreram precocemente. A resistente foi para um asilo ou orfanato, depois para vários conventos,onde foi instruída, passou a maior parte da vida em reclusão e mantinha-se como guardiã de segredos, ditos quase só ao Bispo de Leiria da época e a um Papa polaco. Mas parece que muitos mais sabiam, o que foi confirmado depois de acontecer.
Pouco falava e era ouvida pelas multidões à espera da Salvação. Diria que muitas destas multidões esperam que uma criança ou adolescente salve o mundo. Também dá jeito, pôr os outros mais novos a trabalhar para aquilo que muitos acham que é preciso, descansando depois de alguns entusiasmos, continuando à espera de milagres em vez de se atirarem às medidas necessárias e quotidianas.