memórias do oriente

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“O domínio dos portugueses em Ormuz, durante aproximadamente um século, nem sempre foi pacífico nem sempre nos foi favorável mas já esquecemos qualquer momento menos agradável. Sabe porquê? Porque as outras potências europeias, que vieram depois, como os britânicos, foram bastante piores para nós. Por outro lado, se estudarmos bem a documentação existente, encontraremos, para além desses pontos de tensão, muitos vestígios de autêntica cooperação comercial, militar e política entre os dois países no período da dinastia safávida (1501-1722).”

“Nos séculos XVIII e XIX as relações comerciais com portugueses não eram tanto com a Europa, mas com o vosso antigo território de Macau. Na segunda metade do século XIX, a economia mundial mudou significativamente e o Irão tornou-se o principal produtor mundial de ópio. Ora, foi também nesse período que Macau se tornou o principal porto de entrada deste produto na China.”

Mohammad Ali Kazambeyki, professor do Departamento de História e Civilização das Nações Islâmicas da Universidade de Teerão esteve em Lisboa para participar no seminário “500 anos de relações Portugal-Irão”, realizado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. E falou ao DN.

Mohammad Ali Kazambeyki, professor do Departamento de História e Civilização das Nações Islâmicas da Universidade de Teerão esteve em Lisboa para participar no seminário “500 anos de relações Portugal-Irão”, realizado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. E falou ao DN.