Margarita Correia no “Diário de Noticias” sobre a inexistência de uma política da língua

Views: 0

Muito oportuno (e bem atual) o mais recente artigo de Margarita Correia no “Diário de Noticias” sobre a inexistência de uma política da língua entre nós.
—————-
« (…) Países com estruturas de planificação linguística mais desenvolvidas, como a Finlândia, têm vindo a consubstanciar uma quarta vertente da planificação, a da tecnologia da língua, fundada na crença de que línguas que não se digitalizem terão tendência a morrer, num processo semelhante ao das línguas ágrafas aquando da invenção da imprensa. A Espanha, embora país do Sul, já lançou os alicerces desta vertente, com a atribuição de mil milhões de euros do seu plano de recuperação e resiliência à língua digital.
Em Portugal e na CPLP, tirando vozes de resistentes, progressivamente mais roucas, a gestão da(s) língua(s) e da sua planificação continua entregue a mangas de alpaca e outros curiosos, sem qualquer pensamento informado, nem sentido de Estado e de missão, nem visão de futuro. As diferentes intervenções que se conhecem continuam a mais não ser do que iniciativas ad hoc, desenquadradas, realizadas a despeito de, sem metas nem objetivos claros e não sujeitas a avaliação.
Ah! E na sexta-feira, lá passou um cinzento e deprimente Dia Mundial da Língua Portuguesa.»
{Margarita Correia, “Diário de Noticias”, 8/05/2023]
Planificação linguística – o que é, onde existe e onde não
DN.PT
Planificação linguística – o que é, onde existe e onde não
A planificação linguística (language planning) como área de estudo teve início na década de 1960, para responder a problemas linguísticos de países novos, em desenvolvimento e/ou pós-coloniais. O termo foi cunhado em 1959, por Einar Haugen, em artigo sobre a estandardização do norueguês,…
Like

 

Comment
Share