MARGARIDA VICTÓRIA BORGES DE SOUSA JÁCOME CORREIA

  • MARGARIDA VICTÓRIA BORGES DE SOUSA JÁCOME CORREIA

    – Marquesa de Jácome Correia –

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    Relato duma exposição ocorrida este ano na Biblioteca Nacional (Lisboa) sobre a intervenção literária desta ilustre açoriana :► [ A presente mostra reúne edições de Amores da Cadela «Pura», o autógrafo do prefácio de Margarida Jácome Correia, o texto da badana da primeira edição preparado por Vitorino Nemésio, além de cartas deste sobre o assunto. Expõem-se ainda manuscritos, originais, a 1.ª edição de Cadernos de Caligrafia, de Vitorino Nemésio, e outros poemas em que Margarida Jácome Correia é a musa, complementados com fotografias de ambos. São também evocadas as origens de Margarida Vitória, com fotografias e bilhetes-postais ilustrados de casas de família, fotografias da própria em várias fases da vida.]

    ►[Detentora de grande beleza, de forte personalidade, e de considerável fortuna familiar, Margarida Vitória Borges de Sousa Jácome Correia, Marquesa de Jácome Correia ou, para o povo da Ilha de S. Miguel, A Marquesinha, era filha de Aires Jácome Correia, marquês de Jácome Correia, e de Dona Joana Chaves Cymbron Borges de Sousa. Cultivou relações com personalidades importantes do meio cultural português, designadamente os escritores Armando Côrtes-Rodrigues, com quem foi casada, Domingos Monteiro, Hernâni Cidade, Natália Correia e Vitorino Nemésio.

    ►A sua vida afetiva, recheada de acidentes por vezes dramáticos, por vezes pitorescos, atingiu contornos escandalosos para os padrões portugueses e sobretudo insulares da época. Foi através de Côrtes-Rodrigues que Margarida Vitória conheceu Vitorino Nemésio, que por ela se apaixonou, vivendo os dois uma relação amorosa de enorme intensidade que durou até à morte de Nemésio e que este registou nos poemas que viria a reunir no livro Caderno de Caligraphia. Encontram-se ecos desta relação nas memórias de Margarida Vitória, o polémico Amores de Cadela «Pura»: confissões, cujo primeiro volume (1976) foi escrito com o apoio de Vitorino Nemésio – e sobretudo no segundo volume, concluído pouco antes da morte da autora e que só viria a ser publicado em 2004.]

    @ Ryc