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Os dados de hoje, divulgados pela DGS, quanto ao estado da pandemia, não me merecem especiais comentários. A evolução quer dos novos casos (agora, 3.544), quer de mortes (agora, 60), continuam infelizmente dentro do previsível. É facto que houve uma redução da taxa de progressão de novos casos, que se reflectiu até, de novo, num número diário de casos novos inferior a ontem, como se vê no terceiro gráfico. Mas estas variações só são relevantes se tiverem continuidade ao longo de vários dias, permitindo interpretações de alteração para melhor da curva de evolução dos contágios e da epidemia.
Até hoje, já houve outras ocorrências destas a 10, 19 e 24 de Março, mas sempre sem continuidade, nem efeitos na curva de evolução da pandemia. Portanto, registemos e aguardemos.
O pior é ter havido novas mexidas nos relatórios dados a público, o que só serve para abalar a confiança pública, sobretudo quando não há explicação sólida e credível. Já tinha havido, anteontem, mexidas no número cumulativo de mortes: primeiro, eram 29; pouco depois, subiram para 30; e, horas depois, foram corrigidos para 33.
Hoje, também tivemos duas versões do Relatório, cuja primeira página reproduzo nas quarta e quinta imagem. As diferenças estão assinaladas: no primeiro, havia 16.568 casos não confirmados e 2.145 a aguardar resultado laboratorial; no segundo, os números passaram, respectivamente, para 16.718 e 1.995. A diferença é de 150 casos, que passaram de repente, certinhos e redondinhos, de um lado para outro: soma de um lado, subtrai do outro. Isto é muito mau e mina a credibilidade dos relatórios, que é o que não pode acontecer a Portugal.




