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FALAR E ESCREVER EM BOM PORTUGUÊS
De há uns bons anos para cá, que se ouve, na televisão e na rádio, com razoável frequência, expressões como “melhor conservado”, em vez de “mais bem conservado”, “melhor imaginado” em vez de “mais bem imaginado”, e muitas outras, saídas da boca de pessoas ditas cultas, com responsabilidades no uso da nossa língua.
Recordo-me de ter aprendido na Escola primária, que a palavra “bem” é um advérbio e, como tal, é invariável. Aprendi igualmente que a palavra “melhor” é, sim, um grau aumentativo do adjectivo “bom”, este, sim, variável.
Com base nestes ensinamentos, desde criança que, nestes casos, digo e escrevo “mais bem” em vez de “melhor”.
Dado o suposto bom nível cultural das muitas personalidades a quem ouvi e oiço o uso de um português diferente daquele que aprendi, à mistura com muitas reguadas, tenho vivido na dúvida sobre qual é forma correcta.
Há meia dúzia de dias, no propósito de me esclarecer, coloquei a questão, por e-mail, à Drª Edite Estrela, reconhecida conhecedora da Língua Portuguesa.
Eis a sua resposta, que agora me chegou
“Tem razão, ouve-se frequentemente esse erro, de tal modo que já há quem estranhe a construção correta. Até já vi “melhor dito” escrito em artigo de opinião de pessoa “douta”. Na oralidade, surje na boca de pretensos eruditos, governantes, professores, comentadores televisivos, etc.”
Obrigado, Drª Edite Estrela
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