macau mátria

Ser de Macau.
Henrique de Senna Fernandes escreveu em tempos “Portugal é a minha Pátria e Macau é a minha Mátria”.
E dizia Armando J.Sales Ritchie:
Ser macaense não é somente ter nascido em Macau.
Ser Macaense é viver Macaense, é conhecer o cheiro, os sabores, é ter bebido a água do Lilau, e conhecer os sinais de ventos erguidos no Farol da Guia nas épocas de tufões.
É ter conhecimento da sua história e vivenciado cada acontecimento até ao presente e acompanhar o futuro, desde o momento em que a sua formação intelectual o permitiu.
É ter acompanhado e carregado o andor nas procissões de Nossa Senhora de Fátima até à Ermida da Penha, do Senhor dos Passos da Catedral da Sé, do Senhor Morte da Igreja de Santo Agostinho à Catedral da Sé, do Santo António da Igreja do mesmo nome.
É ter brincado de talú, triós, chiquia, in chai hap, piem piem koi, kun chai chi, queimado pau cheon, este último por ocasião das festividades do ano novo chinês, e brincado também de tan lou nas festas lunares chinês, quando ainda na adolescência.
É conhecer o patuá, o dialecto muito falado pelos nossos ancestrais e que hoje corre o risco de ser esquecido.
É ter estado na Fortaleza do Monte para ouvir o relato de futebol na ocasião do campeonato mundial de 1966.
É saber saborear a suculenta gastronomia Macaense e preparar alguns pratos tradicionais, tais como; o Minchi, o Tacho, a Cabidela, o Diabo e etc.
É ter orgulho de ser Macaense e saber transmitir aos seus filhos e netos, a tradição e costumes.
É ter participado activamente nos acontecimentos desportivos, administrativos, legislativos, representatividades, contribuindo com trabalhos sem medir esforços, muitas vezes sem remuneração, mesmo à distância, em prol da Terra que um dia lhe serviu de berço.
(Foto do Blog Projecto Memória Macaense).
No photo description available.
Like

Comment
0 comments