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O Líbano tem uma história extraordinária. Era considerado um paraíso até o azar da geopolítica lhe bater à porta. Em meados da década de 1970 os crescentes ataques muçulmanos contra os cristãos maronitas desencadearam uma violenta guerra civil, a que se têm seguido invasões e ocupações, outras guerras e o flagelo do terrorismo.
Têm sido escassas as janelas de estabilidade. E houve vários atentados em Beirute. Nada como a explosão catastrófica de terça-feira passada.
Desta feita, a tremenda violência resultou de incompetência, incúria, desleixo, possivelmente corrupção. Esta incompetência matou mais, feriu mais, destruiu mais do que se fosse um acto de guerra ou um atentado terrorista.
Não surpreende a ira dos libaneses. Precisam de um governo que governe, cuidando do país e das pessoas. Eleições terão que acontecer. Eleições que mudem todos os actores, se os libaneses disso forem capazes. É preciso ajudar o Líbano e os libaneses a reencontrarem a paz, a esperança, a reconstrução.