LEONEL MORGADO ANALISA AS CURVAS COVID 6ABR

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No rumo certo.
Hoje tivemos muito mais resultados de testes do que ontem. Mas o aumento… voltou a abrandar. Retomámos o ritmo de sigmóide, pelo que ontem – à partida – o ligeiro desvio terá sido um habitual ruído nos dados.
A curva de casos totais continua a aplanar. E se olharmos para as datas de início de sintomas nos relatórios da DGS, vemos que estão a cair a pique há uma semana, pelo que neste momento vou arriscar afirmar: mantendo a contenção de idas à rua, não vamos chegar à situação de falta de ventiladores e explosão de mortes. Os casos vão estabilizar entre os 14000 e 15000. Em breve valerá a pena juntar ao gráfico a distinção entre esses e os casos ativos (os que afetam os serviços de saúde, ou seja, sem óbitos e sem os recuperados).
Uma última nota para dizer que se torna cada vez mais óbvio que olhando para a nossa população estamos a crescer mais devagar que Itália desde há 4 dias. Isto é, recordemos, o resultado do nosso comportamento coletivo face ao comportamento coletivo de Itália. Recorda-me as imagens de ontem dos mercados napolitanos, ativos, enquanto os nossos estão encerrados. Recorda-me as imagens de Londres, com a polícia a tentar explicar ao súbditos de sua majestade para saírem dos parques e ruas, das imagens da Suécia, com lojas abertas e pessoas nas esplanadas, enquanto a contagem de mortos aumenta. De facto, os portugueses têm demonstrado ter uma responsabilidade coletiva social fantástica. Seremos os “asiáticos da Europa”, além dos africanos da Europa? Pelo menos dizemos chá em vez de té, o que nos recorda que a ligação não é de hoje…

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  • Maribel Santos Miranda Pinto 👏Hoje sorri ao ver os números e pensei que podemos ter uma luz ao fim do túnel… Estava a perder a esperança. Estou há 30 dias em casa e só sai 2 vezes para compras. Penso que se todos fizermos isto ajudamos a abrandar e até a desaparecer em breve os contágios. Sonho com isto. Mais uma vez, obrigada!