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JUAN CARLOS EM TOUR I Faz parte da deambulação de um guia avisado discretear sobre tudo e um par de botas. Por exemplo, a relação do Estoril e arredores com os Condes de Barcelona, o menino Juan Carlos, Ian Fleming, James Bond, Humberto Coelho, Cristiano Ronaldo, Oliveira Salazar, Gloria Swanson, Lord Byron, Aleister Crowley, Pessoa, Cristóvão Colombo, Damásio e Prieto ou Judas e um rol de iscariotes apostados em conspurcar as possibilidades de o paraíso ser um lugar de todos. Gosto de recuar ao tempo dos meninos e moços Juan e Francisco (Balsemão) e contar desses tempos de vela e sedução. Todos se pelam por uma boa história de alcofa ou de bandidagem. Tal como por um enredo bem urdido de espionagem e ajuste de contas. Tende-se a fazer dos afortunados um escol de meninos mimados a brincar aos ricos. De infantes a velhos sem tino. Do rei posto castelhano diz-se que ganhou o gosto pela vela e o gineceu nas águas do Atlântico, ao virar da esquina do Guincho. Poderá ter perdido a virgindade ao largo da praia da Ursa e aprendido as artes da sedução num molhe da Roca entre um par de ninfas. Viajar faz bem à imaginação e o público agradece uma história que meta lençóis, vales e manhas para se sentir acima dos reis e apaziguar a sua mortalidade triste. Tudo isto para dizer que deixem lá o Juan e os seus fardos. Usemos os dardos com outras ganas. Por exemplo, como preservar a riqueza do torrão ou repartir o bodo por forma a não esbarrarmos com a pobreza que é também do espírito.